terça-feira, 13 de março de 2012

Viver mais com menos

Já todos nós estamos cansados de ouvir falar sobre a actual situação económica mundial, europeia, grega e, cá mais perto, a portuguesa. Pode-se mesmo afirmar que já nos enjoamos de ouvir sempre a mesma música, dita e repetida diariamente pelos pivôs televisivos, música esta que já não contrai impacto nos nossos ouvidos calejados de tanto do mesmo. Esta vida que começa já a mostrar sinais de palidez e de desespero para muitos seres humanos leva-me a perguntar se haverá outra forma de viver a vida sem que esta seja regida pela cor do dinheiro...
Descobri, após uma pequena pesquisa, que existe esperança (num cenário onde esta parece ser o fruto que menos floresce devido à "seca" de princípios e moral), podendo-se notar pequenos oasis onde a esperança se alia à verdadeira felicidade e natureza humana, recriando uma velha forma de estar e viver neste mundo que sempre teve tudo para todos. Falo de fenómenos contrários ao êxodo rural, fenómeno este que marcou profundamente a sociedade e geografia humana de Portugal. Este novo êxodo são casos de jovens casais, na sua maioria com licenciaturas e mestrados que procuram, no cenário em que os país e avós abandonaram, uma nova vida em harmonia com a natureza e tudo o que a integra.
Estes "novos rurais" procuram mudar a sua vida, num cenário onde regulam o seu próprio tempo, onde desenvolvem actividades económicas de forma ecológica retirando destas o necessário paras as necessidades que eles próprios não podem colmatar. Procuram assim fugir às amarras do capital, do quotidiano citadino e de todos os males inerentes à vida nesta suposta "sociedade moderna". Será este o verdadeiro caminho a seguir na busca da felicidade?

"Na falsa sociedade dos homens, por grandeza material, todos os confortos celestiais se desvanecem em ar."

George Chapman

2 comentários:

João Sabino disse...

Achei esta reflexão social muito interessante, devido à sua simplicidade aliada com a verdade das palavras. A questão analisada levou-me a ponderar seriamente a validade do capital no quotidiano e na felicidade do ser humano e a forma como este modela intimamente a vida diária do homem. Poderemos, como diz no titulo, viver mais e melhor sem o poder absolutista do dinheiro, de forma a vivermos com mais simplicidade e naturalidade o nosso dia-a-dia? Será o mundo alguma vez capaz de se libertar das amarras do material? Ninguém no mundo tem a capacidade de nos dar as certezas sobre o futuro, por isso o futuro está nas nossas mãos.

João Simas disse...

Há sempre alternativas. O mundo rural não é o mesmo de antigamente. Hoje é possível ter melhor qualidade de vida em zonas rurais e com acesso a estrutras e tecnologias que existem em zonas urbanas. Em muitos casos num país como o nosso faz ainda sentido a oposição rural/urbano ou litoral/interior? A sociedade de consumo tem que crescer continuamente?