quarta-feira, 21 de março de 2012


Organização das Nações Unidas - ONU

Após a sociedade das Nações unidas (SDN) ter caído, essencialmente por falta de força devido à ausência de apoio por parte dos Estados Unidos, Roosevelt com o mesmo espírito universalista, zelou pela criação de um novo organismo. Mais consistente, por ter o apoio das maiores potências vencedoras da segunda guerra mundial, foi criada a Organização das Nações Unidas (ONU). O Projeto foi acordado na Conferência de Teerão em 1943 e ratificado na Conferência de Ialta, iniciando a 25 de Abril de 1945, com a afirmação dos 51 delegados na Carta das Nações, a sua vontade de promover a paz e cooperação internacionais.

Segundo a Carta das Nações, a organização foi criada, essencialmente para: Manter a paz; Desenvolver relações de amizade entre os países do mundo; Desenvolver a cooperação internacional e funcionar como centro harmonizador, nunca perdendo de vista valores como a igualdade, a justiça e o respeito, quer entre os homens e as mulheres, quer entre as nações grandes e pequenas.

A ONU tomou uma feição profundamente humanista, como meio de impedir as atrocidades cometidas durante a Segunda Guerra Mundial. Esta ideia foi reforçada pela aprovação da Declaração Universal dos Direitos do Homem, em 1948, que passou a integrar os documentos fundamentais das Nações Unidas.

Esta nova declaração ultrapassa, em muito, a sua antecessora Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, aprovada pela assembleia constituinte francesa em 1789. Este documento não se limita a definir os direitos e as liberdades fundamentais pois os seus redatores atribuíram um espaço importante para as questões económico-sociais, por as considerarem imprescindíveis a uma vida digna e verdadeiramente livre.

A ONU agrega hoje todos os povos do mundo e embora tenha desenvolvido um importante papel em relação à cooperação internacional, a sua atuação ficou aquém das expectativas em relação à paz mundial: Ficou inúmeras vezes bloqueada pelo veto dos cinco membros permanentes ( EUA; Rússia; Inglaterra; França e China) e não consegue ainda chegar aos conflitos localizados, ficando então por resolver. No entanto devemos a resolução e a ausência de determinados conflitos a esta organização que embora não totalmente perfeita, é o guardião do mundo desde há muito tempo.

3 comentários:

João Simas disse...

De relevar que esta declaração obriga a todos, isto é, a falta de respeito dos direitos num país é um problema que não é só desse país mas de todos os estados e cidadãos, o que não pode ser mascarado com o respeito pela cultura de outros países.

Sebastião P. disse...

Professor embora concorde com o seu comentário, na verdade as Nações Unidas são muitas vezes palco de combates de política geoestratégica pelas grandes potências, em que estas, tanto propõem medidas e acções de acordo com os seus interesses como utilizam o seu veto como forma de atingirem esses mesmos interesses. As principais potências, por vezes, "usam" as Nações Unidas para fazer política económica. Por exemplo intervenções militares são realizadas de forma muito rápida em países nos quais existem grandes interesses económicos ( Exemplo do Petróleo)e noutros países não se dá a devida atenção aos Direitos Humanos nem se realizam intervenções militares mesmo que justificadas, pelo facto de não constituir um interesse económico das grandes potências.

João Simas disse...

As Nações Unidas frequentemente "fecham os olhos" perante situações gritantes. Repare-se no exemplo da Arábia Saudita (país que até tem no nome o apelido da família real, onde as mulheres são proibidas de quase tudo, onde se cortam as mãos aos pequenos ladrões, onde existe uma censura férrea, etc., etc. Um dos problemas que se põe é o do direito de veto de algumas potências com assento permanente no Conselho de segurança, o que impede que sejam tomadas medidas em relação a países considerados aliados por essas potências.