sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Mirandez generalizado

“Nos dez anos do mirandês como segunda língua oficial de Portugal, os estudiosos da "lhéngua" alertam: apesar de não estar em perigo, o mirandês está ameaçado pela modernização, sendo importante criar mecanismos para a sua manutenção.” In Jornal de Noticias
O mirandês sobreviveu ao longo dos séculos devido, principalmente, ao isolamento da região em que a língua estava inserida e ao facto de ser transmitida através da tradição oral. Com a globalização e consequente "ameaça" de outras línguas, mais faladas através dos mais diversos meios de comunicação, os riscos para este dialecto são iminentes. Após alguma pesquisa sobre o assunto descobri que mirandês dispõe de algumas circunstâncias favoráveis à sua manutenção, já que obteve um reconhecimento político e uma convenção ortográfica para a normalização da escrita. Agora, faltam medidas de preservação inerentes do reconhecimento pelo Estado, que já deveriam ter sido incrementadas como o ensino oficial do mirandês nas escolas.
Pequenas coisas como esta fariam enriquecer o nosso país ainda mais no que diz respeito ao turismo, mas este processo de reconhecimento tem-se mostrado lento , tanto este como o de limpeza de ribeiras, prevenção de incêndios e restauro e monumentos.
O nosso governo tem muito boas intenções, muito boas ideias, mas … a nossa cultura está MESMO muito bem marcada pelo sebastianismo.
Como sempre… lamento-me pelo Portugal que temos, cheio de mentes iluminadas mas sem pernas para andar por preguiça de uns e incompetência de outros, mas é o Portugal que temos!

quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Descubra as diferenças
















Em declarações ao Diário de Notícias , o inspector-chefe Olegário Sousa reconheceu que o caso Madeleine McCann tem sido uma «investigação muito cara, talvez a mais cara feita até agora relativamente ao desaparecimento de uma pessoa, neste caso de uma criança».
Nunca nos esquecendo que a Inglaterra é uma das maiores fontes para a única de duas rubricas superavitárias, da balança de pagamentos portuguesa, ou seja, o turismo, devemos perguntar-nos se todo este esforço, dinheiro e alarido que se gerou em torno deste caso não terá servido apenas para mostrar à Inglaterra (e a todos os países que vêm em Portugal um pequeno “paraíso”) que aqui os seus turistas se podem continuar a sentir seguros. Apesar deste incidente, Portugal reagiu prontamente ao primeiro sinal de alarme. Nas televisões o caso da pequena Maddie foi durante MESES o ponto alto dos telejornais, a cara da menina espalhou-se não só pelos centros públicos da zona, mas por todo o país, por todo o mundo… Foi feito o possível e o impossível para encontrar esta criança. E muito bem! Apesar de não se ter conseguido saber o que foi feito da criança fizeram-se esforços, grandes esforços para que a verdade viesse ao de cima. Agora vem a minha questão. Madeleine McCann foi a única criança que desapareceu em Portugal desde que eu nasci? É que desde que me lembro vejo o telejornal mas não está gravado na minha memória nada deste género a não ser uma tal Joana (que a mãe ao que parece depois de espancada pela policia lá admitiu que tinha matado e escondido o cadáver que tanto quanto me lembro nunca apareceu) e de um tal Rui Pedro (que nem vou comentar porque ainda me mete mais perplexa que o caso anterior), fora estas duas crianças não me lembro mesmo de mais nenhuma que tenha dado que falar, bem, já que estou quase a fazer 18 anos não é mau de todo neste espaço de tempo terem desaparecido só 3 crianças em Portugal. Há uma coisa que me fez acordar para a realidade, na internet correm quase diariamente mensagens de pais aflitos com o desaparecimento dos seus filhos a quem ninguém dá atenção…
Com isto tudo queria apenas dizer o seguinte: Em Portugal há direitos que integram a Declaração Universal dos Direitos do Homem que não são respeitados. Só neste campo e pelas ideias que tentei transmitir neste texto não vejo onde ficaram o direito à segurança e à igualdade. Todas as crianças são iguais, todas as pessoas têm o mesmo preço, não percebo porque é que só, parece-me, pelo facto de ser inglesa tem de valer mais.
Mais uma vez digo, é este o Portugal que temos!
Viciado, egocentrico,vendido e mais que tudo desigual …

A saúde... ou a falta dela.

Falamos muito na educação e no eu ministério, mas é importante dar algumas criticas, também ao ministério da saúde.
Por expriencia propria, falo da "boa" organização do Hospital do Espirito Santo.
Passando pela falta de almofadas para os doentes e pela péssima organização das entradas e saídas das visitas, chegamos a um problema ainda mais grave.
Uma doente operada á visicula com anestecia geral, é lhe dada alta nem 24 horas depois, será isto justo? Apesar da pessoa se queixar de tonturas e dores no corpo, é mandada embora.
A todos estes problemas, a ministra da saúde dá a culpa aos administradores dos hospitais, mas não é o proprio ministério que nomeia esses administradores?
Na minha opinião a escolha destes administradores ou gestores devia ser feita de maneira cuidada e nunca á toa, muitas vezes por prótotipos de médicos.
Para finalizar, falo da entrevista que Ana Jorge deu á Lusa, onde chamou mercenários aos médicos, agora pergunto eu, serão os médicos os únicos mercenários?
Bravo Srª Ministra.

quarta-feira, 28 de janeiro de 2009

Os pais e a educação

Qual é a razão porque quando crianças ou jovens fazem alguma coisa reprovável, ouvimos dizer que a culpa é dos pais?
A resposta é simples e de conhecimento geral: os pais têm um papel fundamental na educação dos seus filhos. Estes são responsáveis por lhes transmitir certos “valores base” que possibilitam o desenvolvimento das suas personalidades e os guiam para o resto da sua vida, fazendo com que aceitem ou rejeitem outros valores no permanente processo de integração na sociedade. Mas será que os responsáveis pela educação de uma criança ou jovem são totalmente os seus pais? Não. Também os colégios e escolas têm um papel importante na educação dos mesmos, não só a nível de matérias a leccionar, mas também a nível de valores morais. Por isso, os pais devem, e é importante que possam escolher para os seus filhos, principalmente, os colégios/jardins-de-infância ou escolas primárias de acordo com os seus ideais, pois é nestas instituições que a maior parte das crianças tem o primeiro contacto duradouro com pessoas, e outras crianças, fora da sua família que lhes podem transmitir valores diferentes do que os pais transmitem em casa. Após a escola primária a escolha de uma escola começa a ter menos importância em relação aos valores morais de um menor, pois este começa a moldar os seus “valores base” à sociedade em que se insere e ao que ele próprio acha justo ou injusto, bom ou mau, deixando-se cada vez menos influenciar por valores externos ao meio em que vive. Contudo, a educação de uma criança ou jovem não passa só por transmitir-lhe bons valores morais e conduzi-lo a um bom comportamento. É tão ou mais importante que também lhes sejam transmitidos conhecimentos específicos e gerais, e apesar de os professores terem um papel importantíssimo nesta área, a grande responsabilidade por essa aprendizagem continua a ser dos pais, pois não devem influenciar os seus filhos a seguirem o mesmo percurso escolar que eles ou o percurso escolar que gostariam que eles seguissem (como se verifica em algumas situações), mas sim incentiva-los a estudar e ajudá-los a manterem-se interessados.
Assim se pode confirmar a importância do papel dos pais na vida de um menor e o quão indispensáveis são, não só a nível monetário (como se pensa), mas também a nível educacional e afectivo.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Para aqueles que acreditam no 25 de Abril

Há dias, foi-nos proposta uma actividade em aula, cujo objectivo era criar argumentos e contra-argumentos à moção criada pelo grupo. Para tal fomos divididos em três sub grupos em que um era contra e os outros dois eram a favor da moção criada para o parlamentos dos jovens.
Sem ainda ter opinião bem formada, por mero acaso, acabei por ficar num dos grupos a favor, e qual não é o meu espanto que, de uma forma bastante interessante, todos os meus pensamentos à cerca de tais políticas como as que foram adoptadas no 25 de Abril sofreram alterações significativas.
Tudo se baseou na minha forma de defender o facto de haver cotas nas câmaras municipais para a participação dos jovens. Começámos a analisar a moção e de repente menciono o facto de a nossa sociedade necessitar de jovens mais reaccionários, mais empenhados, activistas, tais como os jovens comunistas. Espantadas com os meus comentários, as minhas colegas de análise notaram que os meus comentários não eram de pessoa que conhecesse de perto o que foi o25 de Abril.
Foi então que tudo na minha cabeça tomou forma e ficou mais claro.
Sou sincera, não fazia a mínima ideia que o 25 de Abril tivesse trazido tanto sofrimento para algumas pessoas. Para mim, o 25 de Abril foi algo de muito bom, o momento de libertação dos oprimidos. Mas infelizmente nem tudo foi assim. É certo que foi bom porque acabou o período de ditadura, mas momentos de terror se seguiram.
Pensava eu que apenas terrenos de pessoas com mais posses tinham sido "levados", mas pelo estado, mas estava errada. Movimentos comunistas apoderaram-se de terrenos, e utilizaram a violência para o fazerem. Mataram pessoas.
Numa onda de reacção, de revolução, esses grupos comunistas roubaram terras, destruíram terrenos, incendiaram casas, bateram em mulheres e homens inocentes, tudo para demonstrarem a sua "fúria" de querer ver o património de todos distribuído de igual modo por todos, ou seja, se o patrão tivesse 6 terrenos, antes do 25 de Abril os seus empregados tinham de trabalhar sem queixas, sem questionarem o seu poder, após 25 de Abril, esses empregados, gozando o seu estatuto de liberdade, invadiram os terrenos do seu patrão, destruindo e ocupando tudo sem quaisquer limites, tendo como ideais, tudo repartido, 3 para o patrão e para eles.
Segundo o descrito por elas, foi um momento de sofrimento, com consequências até aos dias de hoje. Por isso digo, este pequeno texto é para aqueles que acreditam no 25 de Abril, para aqueles que acham que a história se escreveu de uma maneira tendo sido descrita de outra completamente diferente. É certo que com o passar dos anos a informação que nos chega, aos mais jovens, não é muito fiel à realidade, mas é crucial saber o que marcou a nossa nação.

Liberdade

“Estamos sós e sem desculpas. É o que traduzirei dizendo que o Homem está condenado a ser livre. Condenado porque não se criou a si próprio, e no entanto livre porque uma vez lançado ao mundo, é responsável por tudo quanto fizer.”

Jean-Paul Sartre

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Carta constitucional de 1826

CARTA CONSTITUCIONAL DE 1826

DOM PEDRO POR GRAÇA DE DEUS, Rei de Portugal e dos Algarves, etc. Faço Saber a todos os Meus Súbditos Portugueses, que Sou Servido Decretar Dar e Mandar jurar imediatamente pelas Três Ordens do Estado a Carta Constitucional abaixo transcrita, a qual de ora em diante regerá esses Meus Reinos e Domínios, e que é do teor seguinte:

[...]

CAPÍTULO V
DAS ELEIÇÕES.
63
As nomeações dos Deputados para as Cortes Gerais serão feitas por Eleições indirectas, elegendo a massa dos Cidadãos activos, em Assembleias Paroquiais, os Eleitores de Província, e estes os Representantes da Nação.
64
Têm voto nestas Eleições primárias:
§ 1.° - Os Cidadãos Portugueses, que estão no gozo de seus direitos políticos.
§ 2.° - Os Estrangeiros naturalizados.
65
São excluídos de votar nas Assembleias Paroquiais:
§ 1.° - Os menores de vinte e cinco anos, nos quais se não compreendem os casados e Oficiais Militares, que forem maiores de vinte e um anos, os Bacharéis formados e Clérigos de Ordens Sacras.
§ 2.° - Os Filhos famílias, que estiverem na companhia de seus Pais, salvo se servirem Ofícios públicos.
§ 3.° - Os Criados de servir, em cuja classe não entram os Guarda-Livros e primeiros Caixeiros das Casas de Comércio, os Criados da Casa Real, que não forem de galão branco, e os Administradores das Fazendas rurais e Fábricas.
§ 4.° - Os Religiosos, e quaisquer que vivam em Comunidade Clausural.
§ 5.° - Os que não tiverem de renda líquida anual cem mil réis, por bens de raiz, indústria, comércio ou empregos.
66
Os que não podem votar nas Assembleias primárias de Paróquia, não podem ser Membros, nem votar na nomeação de alguma Autoridade electiva Nacional.
67
Podem ser Eleitores e votar na eleição dos Deputados todos os que podem votar na Assembleia Paroquial. Exceptuam-se:
§ 1.° - Os que não tiverem de renda líquida anual duzentos mil réis por bens de raiz, indústria, comércio ou emprego.
§ 2.° - Os Libertos.
§ 3.° - Os Criminosos pronunciados em querela ou devassa.
68
Todos os que podem ser Eleitores são hábeis para serem nomeados Deputados. Exceptuam-se:
§ 1. ° - Os que não tiverem quatrocentos mil réis de renda líquida na forma dos Artigos 65.° e 67.°.
§ 2.° - Os Estrangeiros naturalizados.
69
Os Cidadãos Portugueses em qualquer parte que existam são elegíveis em cada Distrito Eleitoral para Deputados, ainda quando aí não sejam nascidos, residentes ou domiciliados.
70 Uma Lei regulamentar marcará o modo prático das Eleições e o número de Deputados relativamente à população do Reino.

[...]

TÍTULO IV
DO PODER LEGISLATIVO

[...]
ARTIGO 13
O Poder Legislativo compete às Cortes com a Sanção do Rei.
14
As Cortes compõem-se de duas Câmaras: Câmara de Pares e Câmara de Deputados.

CAPÍTULO II
DA CÂMARA DOS DEPUTADOS.
34
A Câmara dos Deputados é electiva e temporária.
35
É privativa da Câmara dos Deputados a iniciativa:
§ 1.° - Sobre Impostos.
[...]
Os Deputados, durante as Sessões, vencerão um subsídio pecuniário, taxado no fim da última Sessão da Legislatura antecedente. Além disto se lhes arbitrará uma indemnização para as despesas da vinda e volta.
CAPITULO III
DA CÂMARA DOS PARES.
39
A Câmara dos Pares é composta de Membros vitalícios, e hereditários, nomeados pelo Rei, e sem número fixo.
40
O Príncipe Real, e os Infantes, são Pares por Direito, e terão assento na Câmara, logo que cheguem à idade de vinte e cinco anos.
(...)

quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Psico-economia

Como todos sabemos, na actualidade, Portugal e o mundo em geral estão a ser atingidos por uma grave crise económica que tudo afecta; afecta as empresas, o comércio, os bancos e as nossas cabeças.
A economia funciona como um sistema onde esta tudo interligado, ou seja, as dificuldades das empresas levam a despedimentos que por sua vez levam à perda de poder de compra e a mais dificuldades para as empresas. Para mim um dos aspectos mais negros desta crise é o pessimismo que gerou. As pessoas não têm confiança e por isso compram menos, ou seja, ajudam à estagnação da economia e não à sua recuperação.
Neste gigantesco sistema que é a economia, o nosso controlo sobre a maioria dos factores que a influenciam é muito limitado. Há no entanto um que é dos mais importantes e que nós podemos controlar - as nossas cabeças, que estão neste momento invadidas por uma onda de pessimismo. A nossa cabeça e o único ponto que podemos controlar neste sistema e para mim é por ele que tem que começar a recuperação.
É indiscutível que esta crise tem várias consequências negativas mas se em vez de vermos apenas o lado negativo, olhássemos para as oportunidades desta crise, tivéssemos um espírito empreendedor e inovador, provavelmente esta crise seria bem mais curta visto que pessoas mais confiantes consomem e empreendem mais, melhorando a economia. Em síntese, somos nós que consumindo e tendo iniciativas somos motor da economia. Se tivermos uma atitude positiva, pode ser que por aí que comece o fim da crise.

quarta-feira, 21 de janeiro de 2009

Discurso de Obama na tomada de posse

20.01.2009
Meus caros cidadãos:
Aqui estou hoje, humilde perante a tarefa à nossa frente, grato pela confiança que depositaram em mim, consciente dos sacrifícios que os nossos antepassados enfrentaram. Agradeço ao Presidente Bush pelo seu serviço à nossa nação, assim como a generosidade e a cooperação que demonstrou durante esta transição.
Quarenta e quatro americanos fizeram até agora o juramento presidencial. Os discursos foram feitos durante vagas de crescente prosperidade e águas calmas de paz. No entanto, muitas vezes a tomada de posse ocorre no meio de nuvens espessas e furiosas tempestades. Nesses momentos, a América perseverou não só devido ao talento ou à visão dos que ocupavam altos cargos mas porque Nós o Povo permanecemos fiéis aos ideais dos nossos antepassados e aos nossos documentos fundadores.
Assim tem sido. E assim deve ser com esta geração de americanos.
Que estamos no meio de uma crise, já todos sabem. A nossa nação está em guerra, contra uma vasta rede de violência e ódio. A nossa economia está muito enfraquecida, consequência da ganância e irresponsabilidade de alguns, mas também nossa culpa colectiva por não tomarmos decisões difíceis e prepararmos a nação para uma nova era. Perderam-se casas; empregos foram extintos, negócios encerraram. O nosso sistema de saúde é muito oneroso; para muita gente as nossas escolas falharam; e cada dia traz-nos mais provas de que o modo como usamos a energia reforça os nossos adversários e ameaça o nosso planeta.
Estes são indicadores de crise, resultado de dados e de estatística. Menos mensurável mas não menos profunda é a perda de confiança na nossa terra - um medo incómodo de que o declínio da América é inevitável, e que a próxima geração deve baixar as expectativas.
Hoje eu digo-vos que os desafios que enfrentamos são reais. São sérios e são muitos. Não serão resolvidos facilmente nem num curto espaço de tempo. Mas fica a saber, América - eles serão resolvidos.
Neste dia, unimo-nos porque escolhemos a esperança e não o medo, a unidade de objectivo e não o conflito e a discórdia.
Neste dia, viemos para proclamar o fim dos ressentimentos mesquinhos e falsas promessas, as recriminações e dogmas gastos, que há tanto tempo estrangulam a nossa política.
Continuamos a ser uma nação jovem, mas nas palavras da Escritura, chegou a hora de pôr as infantilidades de lado. Chegou a hora de reafirmar o nosso espírito de resistência, de escolher o melhor da nossa história; de carregar em frente essa oferta preciosa, essa nobre ideia, passada de geração em geração; a promessa de Deus de que todos somos iguais, todos somos livres, e todos merecemos uma oportunidade de tentar obter a felicidade completa.
Ao reafirmar a grandeza da nossa nação, compreendemos que a grandeza nunca é um dado adquirido. Deve ser conquistada. A nossa viagem nunca foi feita de atalhos ou de aceitar o mínimo. Não tem sido o caminho dos que hesitam – dos que preferem o divertimento ao trabalho, ou que procuram apenas os prazeres da riqueza e da fama. Pelo contrário, tem sido o dos que correm riscos, os que agem, os que fazem as coisas – alguns reconhecidos mas, mais frequentemente, mulheres e homens desconhecidos no seu labor, que nos conduziram por um longo e acidentado caminho rumo à prosperidade e à liberdade.
Por nós, pegaram nos seus parcos bens e atravessaram oceanos em busca de uma nova vida.
Por nós, eles labutaram em condições de exploração e instalaram-se no Oeste; suportaram o golpe do chicote e lavraram a terra dura. Por nós, eles combateram e morreram, em lugares como Concord e Gettysburg; Normandia e Khe Sahn.
Tantas vezes estes homens e mulheres lutaram e se sacrificaram e trabalharam até as suas mãos ficarem ásperas para que pudéssemos viver uma vida melhor. Eles viram a América como maior do que a soma das nossas ambições individuais; maior do que todas as diferenças de nascimento ou riqueza ou facção.
Esta é a viagem que hoje continuamos. Permanecemos a nação mais poderosa e próspera na Terra. Os nossos trabalhadores não são menos produtivos do que eram quando a crise começou. As nossas mentes não são menos inventivas, os nossos produtos e serviços não são menos necessários do que eram na semana passada ou no mês passado ou no ano passado. A nossa capacidade não foi diminuída. Mas o nosso tempo de intransigência, de proteger interesses tacanhos e de adiar decisões desagradáveis – esse tempo seguramente que passou.
A partir de hoje, devemos levantar-nos, sacudir a poeira e começar a tarefa de refazer a América.
Para onde quer que olhamos, há trabalho paraa fazer. O estado da economia pede acção, corajosa e rápida, e nós vamos agir – não só para criar novos empregos mas para lançar novas bases de crescimento. Vamos construir estradas e pontes, redes eléctricas e linhas digitais que alimentam o nosso comércio e nos ligam uns aos outros.
Vamos recolocar a ciência no seu devido lugar e dominar as maravilhas da tecnologia para elevar a qualidade do serviço de saúde e diminuir o seu custo. Vamos domar o sol e os ventos e a terra para abastecer os nossos carros e pôr a funcionar as nossas fábricas. E vamos transformar as nossas escolas e universidades para satisfazer as exigências de uma nova era.
Podemos fazer tudo isto. E tudo isto iremos fazer. Há alguns que, agora, questionam a escala das nossas ambições – que sugerem que o nosso sistema não pode tolerar muitos planos grandiosos. As suas memórias são curtas. Esqueceram-se do que este país já fez; o que homens e mulheres livres podem fazer quando à imaginação se junta um objectivo comum, e à necessidade a coragem.
O que os cínicos não compreendem é que o chão se mexeu debaixo dos seus pés – que os imutáveis argumentos políticos que há tanto tempo nos consomem já não se aplicam. A pergunta que hoje fazemos não é se o nosso governo é demasiado grande ou demasiado pequeno, mas se funciona – se ajuda famílias a encontrar empregos com salários decentes, cuidados de saúde que possam pagar, pensões de reformas que sejam dignas. Onde a resposta for sim, tencionamos seguir em frente. Onde a resposta for não, programas chegarão ao fim.
E aqueles de nós que gerem os dólares do povo serão responsabilizados – para gastarem com sensatez, reformarem maus hábitos e conduzirem os nossos negócios à luz do dia – porque só então poderemos restaurar a confiança vital entre o povo e o seu governo.
Não se coloca sequer perante nós a questão se o mercado é uma força para o bem ou para o mal. O seu poder de gerar riqueza e de expandir a democracia não tem paralelo, mas esta crise lembrou-nos que sem um olhar vigilante o mercado pode ficar fora de controlo – e que uma nação não pode prosperar quando só favorece os prósperos. O sucesso da nossa economia sempre dependeu não só da dimensão do nosso Produto Interno Bruto, mas do alcance da nossa prosperidade; da nossa capacidade em oferecer oportunidades a todos – não por caridade, mas porque é o caminho mais seguro para o nosso bem comum.
Quanto à nossa defesa comum, rejeitamos como falsa a escolha entre a nossa segurança e os nossos ideais. Os nossos Pais Fundadores, face a perigos que mal conseguimos imaginar, redigiram uma carta para assegurar o estado de direito e os direitos humanos, uma carta que se expandiu com o sangue de gerações. Esses ideais ainda iluminam o mundo, e não vamos abdicar deles por oportunismo.
E por isso, aos outros povos e governos que nos estão a ver hoje, das grandes capitais à pequena aldeia onde o meu pai nasceu: saibam que a América é amiga de todas as nações e de todos os homens, mulheres e crianças que procuram um futuro de paz e dignidade, e que estamos prontos para liderar mais uma vez.
Recordem que as primeiras gerações enfrentaram o fascismo e o comunismo não só com mísseis e tanques mas com alianças sólidas e convicções fortes. Compreenderam que só o nosso poder não nos protege nem nos permite agir como mais nos agradar. Pelo contrário, sabiam que o nosso poder aumenta com o seu uso prudente; a nossa segurança emana da justeza da nossa causa, da força do nosso exemplo, das qualidades moderadas de humildade e contenção.
Nós somos os guardiões deste legado. Guiados por estes princípios uma vez mais, podemos enfrentar essas novas ameaças que exigem ainda maior esforço – ainda maior cooperação e compreensão entre nações. Vamos começar responsavelmente a deixar o Iraque para o seu povo, e a forjar uma paz arduamente conquistada no Afeganistão. Com velhos amigos e antigos inimigos, vamos trabalhar incansavelmente para diminuir a ameaça nuclear, e afastar o espectro do aquecimento do planeta.
Não vamos pedir desculpa pelo nosso modo de vida, nem vamos hesitar na sua defesa, e àqueles que querem realizar os seus objectivos pelo terror e assassínio de inocentes, dizemos agora que o nosso espírito é mais forte e não pode ser quebrado; não podem sobreviver-nos, e nós vamos derrotar-vos.
Porque nós sabemos que a nossa herança de diversidade é uma força, não uma fraqueza. Nós somos uma nação de cristãos e muçulmanos, judeus e hindus – e não crentes. Somos moldados por todas as línguas e culturas, vindas de todos os cantos desta Terra; e porque provámos o líquido amargo da guerra civil e da segregação, e emergimos desse capítulo sombrio mais fortes e mais unidos, não podemos deixar de acreditar que velhos ódios um dia passarão; que as linhas da tribo em breve se dissolverão; que à medida que o mundo se torna mais pequeno, a nossa humanidade comum deve revelar-se; e que a América deve desempenhar o seu papel em promover uma nova era de paz.
Ao mundo muçulmano, procuramos um novo caminho em frente, baseado no interesse mútuo e no respeito mútuo. Aos líderes por todo o mundo que procuram semear o conflito, ou culpar o Ocidente pelos males da sua sociedade – saibam que o vosso povo vos julgará pelo que construírem, não pelo que destruírem. Aos que se agarram ao poder pela corrupção e engano e silenciamento dos dissidentes, saibam que estão no lado errado da história; mas que nós estenderemos a mão se estiverem dispostos a abrir o vosso punho fechado.
Aos povos das nações mais pobres, prometemos cooperar convosco para que os vossos campos floresçam e as vossas águas corram limpas; para dar alimento aos corpos famintos e aos espíritos sedentos de saber. E às nações, como a nossa, que gozam de relativa riqueza, dizemos que não podemos mais mostrar indiferença perante o sofrimento fora das nossas fronteiras; nem podemos consumir os recursos do mundo sem prestar atenção aos seus efeitos. Porque o mundo mudou, e devemos mudar com ele.
Ao olharmos para o caminho à nossa frente, lembremos com humilde gratidão os bravos americanos que, neste preciso momento, patrulham desertos longínquos e montanhas distantes. Eles têm alguma coisa para nos dizer hoje, tal como os heróis caídos em Arlington fazem ouvir a sua voz. Honramo-los não apenas porque são guardiões da nossa liberdade, mas porque incorporam o espírito de serviço; uma vontade de dar significado a algo maior do que eles próprios. E neste momento – um momento que definirá uma geração – é este espírito que deve habitar em todos nós. Porque, por mais que o governo possa e deva fazer, a nação assenta na fé e na determinação do povo americano.
É a generosidade de acomodar o desconhecido quando os diques rebentam, o altruísmo dos trabalhadores que preferem reduzir os seus horários a ver um amigo perder o emprego que nos revelam quem somos nas nossas horas mais sombrias. É a coragem do bombeiro ao entrar por uma escada cheia de fumo, mas também a disponibilidade dos pais para criar um filho, que acabará por selar o nosso destino.
Os nossos desafios podem ser novos. Os instrumentos com que os enfrentamos podem ser novos. Mas os valores de que depende o nosso sucesso – trabalho árduo e honestidade, coragem e fair play, tolerância e curiosidade, lealdade e patriotismo – estas coisas são antigas. Estas coisas são verdadeiras. Têm sido a força silenciosa do progresso ao longo da nossa história. O que é pedido, então, é o regresso a essas verdades. O que nos é exigido agora é uma nova era de responsabilidade – um reconhecimento, da parte de cada americano, de que temos obrigações para connosco, com a nossa nação, e com o mundo, deveres que aceitamos com satisfação e não com má vontade, firmes no conhecimento de que nada satisfaz mais o espírito, nem define o nosso carácter, do que entregarmo-nos todos a uma tarefa difícil.
Este é o preço e a promessa da cidadania.
Esta é a fonte da nossa confiança – o conhecimento de que Deus nos chama para moldar um destino incerto.
Este é o significado da nossa liberdade e do nosso credo – é por isso que homens e mulheres e crianças de todas as raças e todas as religiões se podem juntar em celebração neste magnífico mall, e que um homem cujo pai há menos de 60 anos não podia ser atendido num restaurante local pode agora estar perante vós a fazer o mais sagrado juramento.
Por isso, marquemos este dia com a lembrança do quem somos e quão longe fomos. No ano do nascimento da América, no mais frio dos meses, um pequeno grupo de patriotas juntou-se à beira de ténues fogueiras nas margens de um rio gelado. A capital tinha sido abandonada. O inimigo avançava. A neve estava manchada de sangue. No momento em que o resultado da nossa revolução era incerto, o pai da nossa nação ordenou que estas palavras fossem lidas ao povo:
“Que o mundo que há-de vir saiba que... num Inverno rigoroso, quando nada excepto a esperança e a virtude podiam sobreviver... a cidade e o país, alarmados com um perigo comum, vieram para [o] enfrentar.”
América. Face aos nossos perigos comuns, neste Inverno das nossas dificuldades, lembremo-nos dessas palavras intemporais. Com esperança e virtude, enfrentemos uma vez mais as correntes geladas e suportemos as tempestades que vierem. Que seja dito aos filhos dos nossos filhos que quando fomos testados recusámos que esta viagem terminasse, que não recuámos nem vacilámos; e com os olhos fixos no horizonte e a graça de Deus sobre nós, levámos adiante a grande dádiva da liberdade e entregámo-la em segurança às futuras gerações.
(Tradução: PÚBLICO)

terça-feira, 20 de janeiro de 2009

O desemprego entre 2008 e 2009

Que o desemprego sempre foi um problema em Portugal, toda a gente sabe.
Toda a gente sabe também que em tempo de crise, á mais fábricas a fechar logo o desemprego acaba por ser sempre mais, mas depois do engenheiro Sócatres afirmar publicamente que a taxa de desemprego ia descer neste novo ano ninguém esperava que o Ministério das Finanças declarasse á Agência de Noticias Lusa que a taxa de desemprego entre 2008 e 2009 vai traduzir-se num acréscimo de 45 MIL!
Fazendo contas, a taxa de desemprego vai aumentar dos 7,7 para os 8,5. Grave? Não, o governo ajuda.
Mas a questão nem é o desemprego, já que este é apenas uma consequencia do que se passa pelos principais bancos mundiais. No dia em que Barack Obama toma posse como novo presindente dos Estados Unidos, a bolsa de Nova Yorque encerrou em forte queda. As acções desvalorizam, e os titulos dos principais bancos britanicos descem fortemente.
É triste ver um mundo de esperanças no novo Martin Luther King. È triste ver as preocupações dos principais sistemas governamentais na segurança do 44ºpresidente dos Estados Unidos quando deviamos estar todos unidos para a resolução de um problema que se prevê mais grave a cada dia que passa.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Projecto de Recomendação-2

Exposição dos motivos
A democracia constrói-se no dia a dia e sem a participação de cidadãos activos, conscientes e esclarecidos corre o risco de se tornar essencialmente formal.
Em Portugal, nas eleições tem havido uma abstenção elevada e um deficit de participação dos cidadãos, em particular dos jovens. Por outro lado, é frequente uma tendência para se evitar temas políticos ou tratá-los apenas quando são notícias sensacionalistas, muitas vezes com ataques pessoais.
Apela-se frequentemente, sobretudo durante as campanhas eleitorais, aos jovens para se recensearem e votarem. Mas muitas vezes não são ouvidos nas decisões que os vão afectar, nomeadamente em relação ao ensino, o que os leva a recorrer a manifestações para se fazerem ouvir. Existem também preconceitos em relação às suas capacidades
Apesar de os jovens poderem estar representados em órgãos consultivos, como conselhos municipais ou, em princípio, no Conselho Nacional de Educação ou ainda em juventudes partidárias, estas estruturas revelam-se ainda frágeis e com pouco poder de decisão.
A tomada de consciência dos problemas e a participação também só se podem efectuar se os jovens forem estimulados a discutir e a participar na resolução desses problemas e a efectuar propostas desde cedo, nos locais em que vivem, em que estudam ou trabalham, em que releva a proximidade e o desejo de inovar e construir um mundo melhor para todos.Tem-se verificado também uma fraca renovação de gerações na actividade política. Sendo os partidos essenciais, mas não sendo a única forma de participação cívica e política, podem e devem incentivar os jovens e promover a formação destes. As escolas, onde estão a maior parte dos jovens, deveriam também formar melhor para a cidadania. Os órgãos de soberania, o Estado e as autarquias locais em particular, as juntas e assembleias de freguesias, as câmaras municipais e assembleias municipais, podem ser “escolas da democracia”, dando aos jovens a oportunidade de se assumirem como cidadãos e contribuírem para o enobrecimento das actividades cívicas e políticas.
Medidas propostas
1-Criação de quotas para jovens nas candidaturas para as eleições autárquicas. Os partidos políticos e os movimentos deveriam ter um mínimo de 20% de jovens nas suas listas.
2-Criação de conselhos consultivos regionais com a participação de jovens representantes das escolas junto das Direcções Regionais de Educação e reforço da participação no Conselho Nacional de Educação.
3-Obrigatoriedade de frequência de uma disciplina de educação cívica e política no ensino secundário, onde se estudasse as principais teorias políticas, a administração do Estado e das autarquias, as instituições internacionais e se promovesse a participação dos cidadãos nas actividades cívicas e políticas.

Projecto de recomendação-1

Parlamento de jovens

· Criação de um conselho de jovens, que apoie o Ministério na elaboração de medidas.

Escolhemos este tema pois achamos que a pedra fundamental da educação são os alunos, visto que foi para eles que o sistema foi criado e achamos uma contradição que eles não sejam ouvidos nas decisões que os afecta, principalmente a eles.
Visto que todos os outros intervenientes na educação estão representados através de sindicatos, têm mais facilidade em chegar aos centros de decisão: ministérios, administração regional, direcção da escola.
Assim, achamos que era pertinente criar um órgão de carácter consultivo que sirva de intermediário entre os alunos e o Ministério da Educação, de modo a que as ideias e/ou preocupações defendidas pelos alunos cheguem aos centros de decisão para evitar o descontentamento e a desmotivação que, por sua vez, leva ao mau funcionamento da escola.

Formação:
- Três representantes de cada escola (os que quiserem)
- Reuniões trimestrais com as administrações regionais
- Reuniões uma vez por ano com representantes do ministério em que estarão representados dois jovens de cada região

Argumentos:
- Os alunos não são ouvidos nas decisões que os irão afectar
- Com a criação deste órgão será possível uma maior participação dos jovens nas decisões a que poderá evitar alguns problemas
- Os alunos têm que recorrer a manifestações, entre outros, para tentarem serem ouvidos, o que prejudica o funcionamento das escolas e a aprendizagem dos alunos
- Com a criação deste conselho existe uma maior cooperação entre alunos e centros de decisão, evitando situações referidos no ponto anterior
- A participação dos alunos nas decisões enriquece-os enquanto cidadãos. A maior participação dos mesmos na vida política levará a uma melhor formação cívica


A função da escola é educar e preparar os jovens para o futuro. O seu sucesso depende dos jovens e, se os jovens participarem nas decisões, melhor eles se adequam e melhor será o seu impacto contribuindo para uma melhor educação. Uma casa não se constrói sem um pedreiro por muito tijolo que exista.

quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Obstáculos nos passeios

Apesar de hoje em dia as pessoas estarem habituadas a viver sempre dependentes dos seus veículos confortáveis, ainda há quem use, com bastante frequência, as pernas. Um exemplo dessas pessoas, sou eu.

Pensava que os passeios eram destinados para as pessoas circularem. Mas, com as várias experiências pedestres que tive oportunidade de vivenciar, concluí que essa ideia estava errada. Os passeios servem para nós, para os carros, para os postes de electricidade, para os anúncios e para sinais, entre outros exemplos normais.

Mesmo que um passeio esteja construído em linha recta, a probabilidade de o fazermos no mesmo sentido, é quase nula, visto que com tantos "objectos estranhos" a ocuparem espaço e,portanto, a impedir a nossa passagem, teremos de o fazer em zigue-zague.

Outro aspecto que, por acaso, me chamou a atenção, foi a limpeza dos passeios e das estradas. Se formos comparar, verificamos que: enquanto nas estradas o chão se encontra limpinho para os pneus não se sujarem, e sempre que há obras ou resíduos provenientes de acidentes, os responsáveis pela limpeza das mesmas quase que voam para as ir limpar, o que é compreensível para evitarem futuros acidentes, se for o caso de óleo derramado ou vidros partidos; nos passeios, para além dos pequenos obstáculos, ainda nos aguardam alguns presentes caninos, lixo (em que a culpa é das pessoas), certos materiais que, provavelmente, os responsáveis pelas obras públicas se esqueceram de levar, sem esquecer que quando há obras, por vezes temos que andar nas estradas para passar, entre outros casos interessantes.

Quanto ao comprimento dos passeios, não sei se foi para tornar as cidades mais bonitas mas, o facto é que há passeios para irem dez pessoas em linha, e outros em que só meia pessoa é que consegue andar em cima dele.

Por vezes, também lá vem um ramo ou outro das árvores que não são cortadas há um certo tempo e, portanto, vão-nos fazendo festinhas ao longo do percurso.

No fim deste enunciado de aspectos, coloco a questão: como é que é possível as pessoas incapacitadas ou com maiores dificuldades de mobilidade, circularem nestes?




terça-feira, 13 de janeiro de 2009

Fraude

Enganar hoje em dia para obter dinheiro o qualquer tipo de poder é uma coisa banal e que vêm desde os tempos remotos.
Devido a isto a lei para uns é um obstáculo pois a honestidade fala mais alto, mas para outros é vantajoso.
Nas últimas décadas isto teve consequências na economia e no tecido social, isto é nada é imune nem as empresas os bancos o estado ou mesmo o parlamento Europeu.
Desde adquirir e utilizar recursos indevidos, á corrupção, fuga ao fisco, branqueamento de capitais, documentação falsa, venda de imóveis ou qualquer bem que não exista, tudo isto é um exemplo de fraude.
Assim com a crise a fraude e a corrupção começou a desvendar-se e a aparecer cada vez mais, temos o caso madoff, e todos os dias aparecem casos de corrupção que envolvem milhões, como por exemplo bancos.
Podemos assim evidenciar que só em 2007 a «economia portuguesa» revista económica englobando diversos tipos de fraude apresentavam valores de 1,5% a 2% do PIB em fraudes, isto sendo 3 a 4 mil milhões de dólares, isto sento 10% das vendas e assim concluísse que no ano passado 500 das maiores empresas portuguesas foram alvo de fraudo ocupacional aproximadamente 9 mil milhões de euros.
Concluindo a fraude acontece, mas não é inevitável. É possível detectar, combater e condenar. É possível prevenir e restringir a sua amplitude.

domingo, 11 de janeiro de 2009

Pena De Morte

A pena de morte, também conhecida como pena capital, consiste na execução de um individuo (normalmente acusado de homicídio, espionagem ou corrupção), através do sistema judicial de um Estado.
Actualmente,a pena de morte encontra-se abolida em quase todos os países da Europa e da Oceânia. Apenas certos países de África e da Ásia e alguns estado norte-americanos mantêm esta forma de "homicídio legal"
Desde sempre que a pena de morte esteve presente na historia das civilizações, como os autos de fé realizados pela igreja e a inquisição. Graças ao desenvolvimento psicológico e social do homem, da sua consciencialização de que todos temos os mesmos direitos (este caso, o direito a vida) e à incompatibilidade desse acto com as normas de uma população civilizada, esta foi sendo progressivamente abolida.
A pena de morte e uma condenação que tem por base a lei do "olho por olho", ou seja, o autor de um crime horrendo deve sentir o mesmo que a(s) sua(s) vitima(s). Hoje em dia esta "lei" é considerada desumana.
Os apologistas da pena de morte consideram que desta forma a criminalidade e a violência vão diminuir. Contudo esta mais que provado que tal não acontece.
Nos dias seguintes a execução de Saddam Hussein houve por todo o mundo manifestações tanto de apoio como pelo contrario. No final dessas manifestações apenas restavam os incontáveis cadáveres humanos para contarem a historia. É assim que a violência vai diminuir? Não! e não e apenas a minha opinião pessoal, são factos!Para alem disso, a pena de morte, tendo por base o primeiro artigo da declaração dos direitos humanos ("todos os homens têm direito à vida"), deveria ser considerada ilegal.
As punições judiciais (prisão) servem para que durante o tempo de cárcere o recluso reflicta e se arrependa do que fez, para que mude e não cometa os erros do passado. Ao tirar a vida e essa pessoa, esta sequência e quebrada, tirando-se assim um outro direito fundamental: O das segundas oportunidades.
Como tudo na vida, os sistemas judiciais são vulneráveis e falíveis, e, por isso, não se pode correr o risco de tirar a vida a um inocente. Jesse Tafero e Wayne Felker são dois indivíduos condenados a pena capital, cujo a inocência ficou provada com recurso a analises de ADN. Será justo matar inocentes para tornar o mundo num lugar melhor? Não! mas o pior e que muitas das vezes estas pensas servem para demonstrar quem tem o poder. O que torna esta discussão ainda mais incompreensível, na minha humilde opinião.
Desde há algum tempo que se têm vindo a aperfeiçoar as técnicas execução. Desde a decapitação (revolução francesa, por exemplo) e o desmembramento (processo dos Tavoras) à injecção letal e cadeira eléctrica, tem-se tentado diminuir a dor física do recluso.
Em 1998, em Guatemala, um homem foi condenado à morte por injecção letal. A sua execução demorou 18 longos minutos. Apesar da horribilidade do acto em si, o momento mais desesperante e o chamado "corredor da morte". É o momento em que o individuo esta a espera que a morte lhe bata à porta, literalmente!
Assim sendo, penso que os países que ainda não aboliram a pena de morte deveriam reflectir profundamente sobre este assunto. Não e só a questão de morrer. e também a questao de ate morrer, o individuo perde a sua alma. tudo deixa de fazer sentido. É como se os reclusos morressem no dia em que as sentenças foram proferidas.


João Vinha

sábado, 10 de janeiro de 2009

Orçamento de Estado de 2009

Confirma-se que Portugal entrou em recessão.
Segundo as previsões de 2008, o crescimento do PIB seria de 1,3%, mas na passada terça-feira o Banco de Portugal divulgou que a economia portuguesa vai contrair-se 0,8%, alterando, simultaneamente, as previsões do défice. Inicialmente, previu-se uma défice de 2,2% mas, segundo o Primeiro Ministro, o défice provavelmente chegará aos 3%.
Deste modo, o governo foi “obrigado” a rever o Orçamento de Estado de 2009, pois devido às despesas provenientes do plano anti-crise, as despesas previstas serão superiores.
Para solucionar o problema, Portugal decidiu seguir o plano de combate à crise que se aprovou no Conselho Europeu para os Estados-membros.
O Banco Central Europeu afirma que a crise levará a um abrandamento global da economia e, consequentemente, à quebra do consumo, não esquecendo o desemprego que este ano se encontra com uma taxa de 7,8%.
Na oposição, Manuela Ferreira Leite diz que há medidas positivas no plano, mas que o mais importante é pagar as dívidas do Estado às empresas e baixar a taxa social única.
Quanto ao CDS-PP, a solução seria apoiar as pequenas e médias empresas e o investimento público e baixar os impostos, enquanto o PCP defende que se deviam prever medidas contra as offshores e reforçar o orçamento comunitário destinado a apoiar as economias mais frágeis.
Também o Bloco de Esquerda exige do Estado um controle do “ziguezague de capitais” que se tem gerado nos últimos anos, e de que os crimes no BCP e no BPN são os exemplos mais conhecidos. Segundo Luís Fazenda "as offshores não têm gerado qualquer efeito positivo no crescimento da riqueza, mas têm contribuído, isso sim, para o crescimento do Produto Criminal Bruto".

quarta-feira, 7 de janeiro de 2009

Autarquicas para Lisboa(Dr. Santana Lopes)

No final do ano passada a Dra. Manuela Ferreira Leite nomeou Dr. Pedro Santana Lopes para concorrer as autárquicas de Lisboa, na minha opinião um erro, um dos muitos a acumular por parte da Dra. Ferreira Leite, o Dr. Santana Lopes já mostrou aos munícipes de Lisboa que se aparecer algo melhor abandona os lisboetas como fez em 2004 quando pareceu a oportunidade para ser 1º Ministro, o seu Governo foi destituído pelo presidente da Republica, e nas eleições do ano seguinte levou o Partido Social Democrata a uma das maiores derrotas eleitorais de sempre.
Mesmo assim a Dra. Ferreira Leite nomeou Santana para as autarcias apesar deste historial todo, mesmo depois de Portugal saber e ser público as divergências entre eles, com isto tudo fico a pensar, para a Dra. Ferreira Leite nomear o Dr. Santana deve de significar uma coisa não haveria mais ninguém que quisesse este cargo ou tivesse coragem para o exercer já que toda a gente sabe do buraco financeiro que é a câmara de Lisboa muitos por causa dos seu antigos presidentes, entre eles Dr. Santana Lopes, assim estou bastante curioso para saber como é que iram ser as autárquicas de Lisboa, será que António Costa volta a ganhar, será que Santana Lopes perde novamente de uma maneira escandalosa, ou será que me surpreende a mim e a muitos e ganha…
Estas eleições iram ser bastante interessantes vamos ver como e que o PSD fragilizado por uma liderança fraca, sem expressão e no mínimo discreta se ira sair nas autárquicas, europeias e principalmente nas legislativas.

Um país Envelhecido

Já reparámos todos no estado deste país. Todos os dias vemos o notíciario, e com ele todas aquelas peças referentes a novos problemas que surgem em território luso. Eis uma notícia que em tempos causou dores de cabeça ao estado e hoje em dia quase que caiu em esquecimento devido à "invasão" de imigrantes no nosso país.
Falo pois do envelhecimento da população portuguesa. Se remontarmos aos anos 60/70, podemos dizer que se verificou um rejuvenescimento da população. De certo que não foram tempos áureos, mas permitiram à população portuguesa gerar mais e mais população. Tudo bem, na década seguinte, uns mil a mais, uns mil a menos e a população foi-se renovando. Mas olhemos agora para a década de 90. Não podemos dizer que o país se enterrou num clima de crise, que de algum modo influência a taxa de natalidade de um país, mas a verdade é que foi nesta década que começou um clima de "recessão" em relação à taxa de natalidade. Políticas como a influência ao uso do preservativo levaram a que o caso se agravasse.
Recordemos que quem estava à frente do "governo" era Jorge Sampaio e Guterres era o primeiro ministro. As suas políticas socialistas levaram a que as famílias começassem a ter menos dinheiro, recursos para sustentar mais pessoas no seu núcleo. Depois do seu mandato mais primeiros ministros vieram e nada de resultados positivos.
Entrámos no novo milénio, e verificámos ( e de acordo com o INE ) que nos anos futuros a taxa de pessoas idosas viria a ser superior a à taxa de natalidade. Era um facto que preocupava os políticos, mas nada de mais foi adiantado. Novas políticas foram tomadas e para além do clima de crise saíram novas leis de acordo com as licenças de maternidade, tanto para as mamãs como para os papás. As mães saíram prejudicadas e os pais beneficiados, o que no caso podemos dizer que é um "pau de dois bicos" pois, sem mães os bebes não têm "alimento natural", mas com a presença do pai em casa as mães já podem ir trabalhar mais cedo e claro, um pouco mais descansadas.
Logicamente e com algum bom senso, em algumas mais regiões mais afectadas, autarcas resolveram subsidiar os casais com mais filhos. Foi uma acção vista com bons olhos, mas não teve precedentes de maior.
Em modo de conclusão, digo que o nosso país está num estado caótico, poucas coisas vão melhorar o pior a que chegámos. Não há dinheiro, emprego, produção, pessoas e com isso tornámos-nos um país com mais de 35% de idosos, uma pequena percentagem produz para que estes tenham um "final" de vida digno de acordo com os anos de trabalho já prestados. Cabe-nos continuar o seu trabalho, mas sem "sangue novo" para isso, pergunto: Até quando irá o nosso país sustentar tanto a falta de novos como o excesso de velhos?