quinta-feira, 26 de março de 2009

Projecto TGV

O projecto TGV tem vindo a ter um grande apoio do actual governo para avançar e iniciar a sua obra num futuro próximo, pois consideram que Portugal tem que acompanhar a restante Europa no desenvolvimento e por isso tem que ter TGV. A grande questão é para que é que nós portugueses precisamos de um TGV, só para sermos igual ao outros? porque os outros têm e nos não temos? De facto Portugal não precisa de um TGV pois somos um país pequeno em que as distancias são relativamente curtas em comparação com o resto da Europa, então precisamos sim de um investimento (muito mais barato) que passa pela modernização das linhas férreas e pelo o aumento de um numero de comboios alfas que atingem uma velocidade bastante razoável de modo a se conseguir fazer uma viagem confortável e curta.
Outro ponto é que o TGV nunca conseguiria ser rentável pois o elevado custo de manutenção supera as receitas que se consiga fazer, pois existe companhias aérias low cost que transforma as viagens de médio curso, que se pode fazer com o TGV, muito mais económicas, ficando o TGV sem utilizadores.
E o ponto mais importante é que estamos no meio de uma grande crise, em que se vive dias difíceis. O nosso país nos últimos anos tem vindo a aumentar a sua divida externa, e que com este super investimento (super em termos monetários) podemos por em risco as gerações futuras pois estamos a endividar-nos ainda mais o nosso país.
De facto o TGV é um projecto que tem de ser muito bem estudado, e na minha opinião deve ser deixado de parte!

1 comentário:

João Simas disse...

É interessante que a discussão sobre a alta velocidade em Portugal é muito semelhante à que se fez no século XIX em relação à alta velocidade da época, o comboio a vapôr.
O problema não diz apenas respeito a Portugal; há também compromissos com a Espanha. Por outro lado, parte substancial é financiada pela União Europeia. O que não for gasto aqui certamente será noutros países. Ainda por cima temos a nossa localização, que nos afasta do centro da Europa, se não tivermos transportes rápidos.
Em todo o caso há que ver os custos: de se fazer ou de não se fazer.