segunda-feira, 23 de março de 2009

Adopção de crianças



Infelizmente, a adopção de crianças ainda é um problema grave no mundo.

O número de crianças que vivem em instituições, algumas quase sem condições e sem amor é-nos, totalmente, desconhecido.

É triste saber que existem crianças abandonadas à nascença que crescem em instituições e não têm oportunidade de saber o que é ter uma família e uma casa. Crescem num meio rodeado de pessoas com os mesmos problemas, onde há pouca felicidade, onde se partilha durante anos quartos e casas-de-banho. Não sabem o que é ter um pai e uma mãe.

Eu pergunto se custará assim tanto adoptar uma dessas crianças.

Sei que os processos de adopção são complicados, há muita burocracia, mas isso não é desculpa nem motivo para apostar.

Por vezes pensarmos nos outros faz-nos bem e ajuda-nos a nós e aos outros, principalmente, quando falamos de crianças. Elas precisam de condições para serem felizes e terem um bom futuro, porque como sabemos a maioria delas quando são obrigadas, por terem atingido os 18 anos, a sair nem têm para onde ir e, por vezes, nem o 12º ano têm realizado.

Culpo ainda mais os que têm essa iniciativa, mas depois, por diversos motivos, desistem dos processos de adopção. O problema é que muitas vezes esses motivos são absurdos e por falta de maturidade. Nessas situações as crianças ainda sofrem mais, “saltarem” de casa em casa ainda se torna mais complicado para elas, criam ilusões e acabam por voltar para as instituições.

Basta pensarmos ao que tivemos direito: roupa, amor, educação, natais, férias em família, brinquedos, coisas que para nós, às vezes, até eram banais, mas para estas crianças as pequenas coisas significam muito e agradecem com um sorriso na cara.


2 comentários:

inescalisto disse...

Realmente é bastante triste sabermos que hoje em dia ainda há um grande número de crianças que passam a vida em instituições e que, ao contrário de nós, não chegam a conhecer um lar onde encontram amor, carinho e apoio dos pais. Ainda mais triste é o facto de haver casais que tentam tudo por tudo para terem filhos e não são capazes, enquanto que outros os "enfiam" para instituições como se as crianças fossem um objecto que quando não se quer deita-se fora. Infelizmente também há que lamentar que muitos casais que querem adoptar filhos optam por querer os mais novos, esquecendo os mais velhos que vão ficando para trás.

pedrolopes disse...

O mais grave nestas situações é que a maior parte dos casais que pertende adoptar, quer bebes ou recem nascidos ou com menos de um ano, e quem quer crianças quer muitos novas e as mais bonitas ou bonitos ou sem nenhum problema de saude, e assim ficam o resto a sofrer ate fazer 18 e ter que ir trabalhar porque a maioria nem consegue pagar depois estudos, alimentaçao e habitaçao.