domingo, 16 de outubro de 2011

O dia em que 1453 cidades do mundo enchem as ruas de protestos



Um protesto multiplicado por 1453 cidades do mundo saiu ontem à rua para fazer ouvir a sua voz amplificada nos corredores do poder e da finança. A geração à rasca portuguesa, os indignados espanhóis e outros movimentos semelhantes da Europa e do mundo juntam-se ontem sob o lema Occupy Together, inspirado no Occupy Wall Street, a última destas iniciativas contra o sistema.
Este fenómeno mundial mostrou à humanidade o verdadeiro poder das massas ao demonstrarem ao poder instalado o descontentamento com a realidade actual. Após uma breve pesquisa encontrei dois testemunhos de realidades diferentes onde o descontentamento e a vontade de mudar a realidade os uniu.

O primeiro exemplo fala sobre o movimento Organização "Occupy Tokyo"
“Este acontecimento servirá para comunicarmos uns com os outros. Não temos um problema específico nem comum que nos una nesta manifestação. Cada um dos participantes trará um assunto ou problema e exprimir-se-á sobre isso. Consideramos isto sobretudo como uma oportunidade de descobrir os problemas dos outros. É mais para trocar informações e comunicar. Neste momento, os assuntos mais importantes no Japão são as centrais nucleares e o Acordo de Comércio Livre do Pacífico. O problema das centrais nucleares é evidente. Quanto ao acordo, irá permitir uma exploração cada vez maior por parte das grandes empresas. A maior parte dos japoneses está contra as centrais nucleares, no entanto, é um assunto que não surge muito nos media. Agora queremos trazer a nossa verdadeira voz para a rua. Em primeiro lugar, os japoneses precisam de comunicar mais entre eles. Conhecer os problemas dos outros é um primeiro passo. Até há pouco tempo, não tínhamos o hábito de falar com quem não conhecermos. A partir deste acontecimento queremos criar mais oportunidades para discutir e exprimir as nossas opiniões.”

O segundo exemplo fala sobre a Organização "Occupy Norway"
“Juntamo-nos para apoiar o movimento Occupy Wall Street e as suas exigências de um novo sistema económico. Não é justo que 1% das pessoas beneficie da crise de outros povos. A Noruega não foi atingida por esta crise financeira tão difícil, mas também há aqui um grande fosso entre ricos e pobres. Diz-se que a Noruega é um dos países mais ricos do mundo e a maioria vive realmente bem, mas vamos juntar-nos aos protestos por aqueles que não são, pelos estudantes, pelos idosos e pelos doentes, que estão a ser negligenciados em benefício dos políticos e da classe alta. Esperamos que o número de pessoas seja tão grande que os governos e os bancos se vejam obrigados a escutá-las.”

Apesar de realidades diferentes, estes dois exemplos mostram que a verdadeira natureza humana é forte em espírito e é capaz de se unir e lutar por um mundo melhor.

1 comentário:

Inês Rosa disse...

O titulo fala por si. 1453 cidades de todo o mundo ? Vamos à raiz do problema e ao porquê deste número tão grande. É notável que há um descontentamento da população a nível mundial, por diferentes motivos mas que no fundo acabam por ser os mesmos. A população quer fazer-se ouvir, e a maneira de o fazer é ir para a rua exigir os seus direitos. É algo positivo na minha opinião, cada um tem direito à liberdade de expressão e deve usar a mesma. Deve é só e apenas usar a mesma quando necessário e sem violência, ao qual Portugal é um bom exemplo já que fez uma revolução sem disparar um único tiro. Temos que acreditar que cada um faz o seu melhor, desde o governo a qualquer outra pessoa. Devemos unir nos e falar por aqueles que não podem, como é dito no texto a cima ''(...)vamos juntar-nos aos protestos por aqueles que não são, pelos estudantes, pelos idosos e pelos doentes (...)''.