quinta-feira, 27 de outubro de 2011
O medo
Do escritor moçambicano Mia Couto um texto sobre o medo e sobre os que aproveitam o sentimento de insegurança.
quinta-feira, 20 de outubro de 2011
Redes Sociais
A grande explosão de redes sociais começa a partir de 2003, altura em que nasce o Hi5, muito requisitado junto dos jovens portugueses. Milhões de pessoas em todo o mundo usam diariamente as redes sociais para todo o tipo de atividades: partilha de informação, notícias, fotos ou vídeos, para networking empresarial, para dar a conhecer uma empresa, um projeto ou iniciativa, privada, pública ou social. E, claro, para relacionamentos pessoais, de maior ou menor duração. Existem inúmeras redes sociais as mais conhecidas pelos portugueses são o facebook, twitter, e hi5. O top 10 das maiores redes do mundo (por utilizador) têm três que são específicas na língua de usam: a Qzone (400 milhões de utilizadores) e a Renren (160 milhões), ambas do mercado chinês e a russa Vkontakte. Para as empresas este tipo de redes é muito importante, para darem a conhecer o seu trabalho ao mundo. As redes sociais têm um grande poder tanto para as pessoas como para o mundo, hoje qualquer revolução que se faça tem de ser comunicada nas redes sociais, como foi o caso da Espanha com o "movimento 15 de Maio", mas também da Tunísia e no Egipto. Podem derrubar regimes, como o caso do governo nomeado pelo ex-presidente Mubarak, que levou a ameaça da convocação do facebook a sério e cortou o acesso à Internet no país durante cinco dias. Quando finalmente o acesso foi restabelecido, o número de utilizadores do Facebook registou o maior aumento de sempre. Foram contabilizados cerca de cinco milhões de utilizadores, em Portugal a manifestação mais conhecida e que teve uma grande adesão foi a da geração a rasca que levou 500 mil manifestantes a avenida da liberdade.
Hoje em dia as figuras públicas preferem fazer comunicados pelas redes sociais como é o caso do presidente da república Cavaco Silva, do Barack Obama e também mas mais recente do papa. As redes sociais geram muito dinheiro e tornam os seus fundadores milionários, é o caso do fundador do facebook, Mark Zuckerberg, um dos homens mais ricos do mundo aos 27 anos.
As redes sociais retratam o mundo actual, como tem adquirido importância crescente na sociedade moderna. As redes sociais são uma forma de comunicarmos com o mundo exterior, as distâncias tornam-se reduzidas, pode-se comunicar com as pessoas independentemente do local onde se encontrem, podemos também conhecer novas pessoas, encontrar amigos, mas nada se compara, em termos de sociabilidade, à relação direta e imediata, pessoa a pessoa. As redes sociais podem ter desvantagens que é o caso da falta de privacidade e da exposição das pessoas, mas isso também depende de cada um pois as informações que mostramos nos nossos perfis somos nos que as escolhemos, também a substituição das relações pessoais pode ser um grande problema. A nível profissional pode ser uma grande vantagem, mais oportunidades de empregos, facilidade de divulgar o currículo. Por enquanto as redes sociais continuam a crescer a uma grande velocidade e sem mostrar quaisquer indícios de abrandar.
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Deus, Donuts & Ignorância
Não, não encontrei uma única prova que os membros da Westboro Baptist Church, fundada por Fred Phelps em 1955, que concluísse que adoravam "donuts".
O que nos leva a uma de várias possíveis conclusões, decidi colocar a palavra porque até não soava muito mal, decidi colocar porque até gosto de "donuts", ou precisava de uma referência americana ou simplesmente precisava de queimar tempo. Sinceramente, estou mais inclinado para a última.
Mas colocando agora o foco principal nas palavras Deus e Ignorância (que por vezes, costumam ser vistas juntas), podemos começar por dizer que o Catolicismo é uma coisa bem engraçada (tal como as outras religiões).
É quase defendido como um jogo, cada um vai para o seu lado e defende o que consegue, pode e/ou quer.
Bela maneira de discutir algo em que os próprios "membros" acreditam ser universal mas que só vai provar que não é. Afinal acredito no quê? Chego a acreditar em alguma coisa ou isto é só para passar o tempo e para me desviar dos verdadeiros problemas que podem estar a acontecer neste preciso momento?
Enquanto alguns acreditam em histórias com baleias e seres humanos e outros na inocência a 100% da Igreja Católica em relação aos abusos sexuais registados nos últimos anos, outros acreditam que todas as tragédias no mundo estão ligados á homossexualidade e que quem seja homossexual devia ser condenado á morte...
Fundada na cidade de Topeka, no estado do Kansas, a Westboro Baptist Church não só odeia homossexuais, como também odeia o Catolicismo e o Papa Bento XVI, o Presidente dos EUA Barack Obama (acreditando que ele é o Anticristo e que se vai juntar ao Papa Bento XVI e Satanás) e os Judeus (tendo caracterizado o Holocausto como o castigo de Deus para com os Judeus).
E se há uma coisa do qual gostam bastante, é interromper funerais. (desde que em 1998 interromperam o funeral de Matthew Shepard, um jovem americano que foi brutalmente assassinado por ser apenas homossexual).
Mas mantém uma distância do racismo, dizendo que as escrituras não apoiam violência física e que os verdadeiros Nazis são os homossexuais.
O que nos leva a um outro patamar na história do fundador da igreja, Fred Phelps.
Fred Phelps foi na verdade um activista nos direitos dos afro-americanos, e podendo exercer advocacia chegou a formar uma firma e a defender alguns casos.
E deve ser por isto que até o Ku Klux Klan (com certeza, um tema para outro texto) anda atrás da WBC.
E saber que em pleno séc.XXI algo como a WBC (com 71 membros e 2015 "likes" no Facebook) e o KKK existem, só apetece comer qualquer coisa, fazer as malas e partir para uma viagem até Marte. Uma longa viagem até Marte.
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-Tiago Laranjo,
*Intolerância,
*Religiões
"Pedro Passos Coelho"
Pedro Passos Coelho ingressou cedo na vida política. Em 1978, começou a envolver-se activamente com o PSD, como membro dos órgãos locais e distritais da Juventude Social Democrata.
Em 1980 integrou o Conselho Nacional da JSD e do PSD, e em 1982 foi eleito membro da Comissão Política Nacional da JSD e seu secretário-geral em 1984. Exerceu o cargo de vice-presidente desta organização de juventude desde 1986, e quatro anos mais tarde, Pedro Passos Coelho candidatou-se a presidente da JSD, função para a qual foi reeleito duas vezes e que desempenhou até Dezembro de 1995.
Em 1991 foi eleito deputado à Assembleia da República, onde foi membro da Assembleia Parlamentar da OTAN (1991-1995) e vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD (1996-1999). Em 1997 foi candidato a presidente da Câmara Municipal da Amadora, tendo sido eleito vereador. Foi vice-presidente do PSD, na liderança de Luís Marques Mendes (2005-2006). É presidente da Assembleia Municipal de Vila Real desde 2005.
Pedro Passos Coelho é ainda fundador da Plataforma Construir Ideias e participou no livro “Juventude: que futuro em Portugal”, editado pelo Instituto Sá Carneiro, em 1981.
http://www.psd.pt/?idc=6&idi=82508
Declaração ao Primeiro-Ministro ao País: "No Orçamento do Estado para 2012, está inscrita a rejeição do colapso de Portugal".
Bruna Paulo
Pedro Passos Coelho nasceu em Coimbra, a 24 de Julho de 1964. Com cinco anos, foi viver com a sua família para Silva Porto, Angola, onde iniciou a instrução primária, que viria a completar já em Luanda. Em 1974, regressou para a terra dos seus avós, Valnogueiras, no concelho de Vila Real. Actualmente reside em Lisboa, é casado e tem três filhas. É licenciado em Economia, pela Universidade Lusíada de Lisboa. Começou a trabalhar como professor do Ensino Secundário, acabando por se dedicar ao sector empresarial, sobretudo na área do Ambiente. Ingressou em 2004 no grupo Fomentinvest, como director financeiro, sendo desde 2007, administrador executivo. Mantém essa função a par da presidência executiva de algumas empresas do grupo. Pedro Passos Coelho é também, desde 2004, Professor de Economia Aplicada e de Economia do Turismo, no curso de Turismo do Instituto Superior de Ciências Educativas, em Lisboa.
Pedro Passos Coelho ingressou cedo na vida política. Em 1978, começou a envolver-se activamente com o PSD, como membro dos órgãos locais e distritais da Juventude Social Democrata.
Em 1980 integrou o Conselho Nacional da JSD e do PSD, e em 1982 foi eleito membro da Comissão Política Nacional da JSD e seu secretário-geral em 1984. Exerceu o cargo de vice-presidente desta organização de juventude desde 1986, e quatro anos mais tarde, Pedro Passos Coelho candidatou-se a presidente da JSD, função para a qual foi reeleito duas vezes e que desempenhou até Dezembro de 1995.
Em 1991 foi eleito deputado à Assembleia da República, onde foi membro da Assembleia Parlamentar da OTAN (1991-1995) e vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD (1996-1999). Em 1997 foi candidato a presidente da Câmara Municipal da Amadora, tendo sido eleito vereador. Foi vice-presidente do PSD, na liderança de Luís Marques Mendes (2005-2006). É presidente da Assembleia Municipal de Vila Real desde 2005.
Pedro Passos Coelho é ainda fundador da Plataforma Construir Ideias e participou no livro “Juventude: que futuro em Portugal”, editado pelo Instituto Sá Carneiro, em 1981.
http://www.psd.pt/?idc=6&idi=82508
Declaração ao Primeiro-Ministro ao País: "No Orçamento do Estado para 2012, está inscrita a rejeição do colapso de Portugal".
Como podemos ver neste video publicado a 14 de Outubro de 2011, o Primeiro Ministro Pedro Passos Coelho é um homem bem ilucidado das suas funções e apesar de toda a crise que ultrapassamos, tenta deixar-nos uma mensagem de esperança, e de que as coisas irão melhorar. Na minha opinião é um político com um grande passado marcado pela positiva seja na JSD como também no PSD. É um político que assume responsabilidades e tenta fazer com que os seus ideais sejam seguidos, o que actualmente é um desafio, visto que o grande défice orçamental deixado anteriormente e as medidas implementadas pela Troika o fazem tomar atitudes que talvez não planeasse e ponha os portugueses em grande indignação. Apesar de não concordar com algumas das medidas implementadas sei que não há muitas mais opções a tomar sem serem estas. Estamos todos bem alertados que os próximos tempos não irão ser fáceis mas em vez de se contestar tanto todas as decisões tomadas pelo Senhor Primeiro Ministro que tal pensar que ele está a exercer o cargo por escolha dos Portugueses!
domingo, 16 de outubro de 2011
"Governo aumenta subsídio às escolas privadas"
"O Governo aumentou em mais de cinco mil euros por turma o financiamento público das escolas privadas com contrato de associação e facilitou as condições de acesso a esse financiamento, segundo uma portaria hoje publicada. (...)"
Fonte: Jornal de Negócios Online13 de Outubro de 2011
Sendo inevitável estar-se centrado na situação em que a proposta para o OE 2012 deixou o país e as repercussões adjacentes, achei relevante partilhar este excerto de notícia que quanto a mim revela o teor contraditório das medidas deste governo e as grandes dificuldades de organização do mesmo.
Nós, os jovens de hoje, ainda podemos afirmar que vivemos num sistema que nos disponibiliza uma escola e educação públicas, (parcialmente) gratuitas e para todos, mas o panorama tem vindo a sofrer alterações duvidosas no que diz respeito à durabilidade deste "dado adquirido". Simultaneamente temos uma oferta de escolas privadas, elitistas e onde é a capacidade financeira que passa o atestado de inteligência/competência a cada um; todas as estatísticas apontam para um ensino privado de melhor qualidade em relação ao público, em que se registam valores de aproveitamento bastante superiores. (Basta observar o Ranking das Escolas 2011 e verificar que nas primeiras vinte da lista de escolas secundárias, apenas figura uma escola pública, em 15º lugar.)
Após relacionar estes dados com a notícia acima, a questão que me surgiu de imediato foi: Andará o Governo a lutar contra si próprio? E porquê?
Seria óbvio que o governo deveria tentar tomar medidas para inverter a situação exposta pelo ranking; de um certo ponto de vista, até as tomou, mas parece que na direcção errada. Que justificações existirão para um aumento do financiamento do ensino privado, quando a contenção orçamental nas escolas públicas tem sido levada ao extremo? Poupa-se nas escolas públicas para se aumentar as ajudas a quem tem poderio económico? E a credibilidade do ensino público? Não deveria o governo preocupar-se com uma estrutura que é da sua responsabilidade, para que daí seja possível sair bons profissionais? Serão estas as prioridades correctas?
Com ausência de respostas ou verdades universais, resta-me concluir que a desestruturação do país é hoje um facto, em que as prioridades são definidas ao sabor de quem oferece mais dinheiro e que é urgente alterar esta situação.
Assunção Cristas e Jovens Agricultores V.S Terras "abandonadas" sem qualquer APOSTA futura.
A ministra da agricultura quer incentivar a utilização de terras abandonadas admitindo criar isenções ao nível do imposto municipal de imóveis para quem voltar a colocar as terras na agricultura.
Segundo a Ministra da Agricultura "quem trabalha a terra ganha um benefício com isso e quem não a trabalha pagará um imposto", ou seja, quem não trabalha as suas terras, quem nem sequer se preocupa com isso, das duas, uma, ou é muito rico ou não lhe pesa no orçamento. Assim é lhe indiferente pagar o imposto e tem o direito de continuar com o seu "direito" de te-las como quiser, mas se para essa pessoa lhe começar a pesar o imposto, com certeza que terá a oportunidade de colocar as suas terras à disposição de outros que a queiram aproveitar, nomeadamente os jovens agricultores que não tenham qualquer terra para poderem fazer a sua aposta ou que não tenham familiares que não herdaram, e que o gostariam de ter feito.
E porquê "dar" esta oportunidade aos jovens agricultores?
Assunção decidiu conceder esta oportunidade ao jovens agricultores porque estes são e serão o futuro no sector agrícola. Assim a Ministra tem como um dos principais objectivos incentivar e apelar aos jovens portugueses para apostarem na agricultura, visto que, com base no exemplo, de a média de idades das pessoas que trabalham neste sector é aproximadamente 63 anos.
O memorial mais que merecido...
Foi hoje, dia 16 de Outubro, que foi inaugurada a grandiosa estátua de homenagem ao líder negro Martin Luther King, pelo presidente americano Barack Obama.
Imagem 1 - O presidente americano, Barack Obama, com a sua família, na inauguração do memorial a Martin Luther King, "A Stone of Hope"
O presidente americano fez de facto um discurso inspirador e conseguiu demonstrar a sabedoria do homenagiado. Ainda hoje a luta de Martin Luther King se pode aplicar aos nossos dias. Obama lembrou o mundo da coragem, da força de vontade e da persistência do Sr. King, dizendo que mesmo em momentos de decepção, de falhas, de inimigos arrasadores nunca desistiu e "continuou seguindo rumo ao amanhã".
Ao mesmo tempo que decorria a inauguração da estátua, de aproximadamente 9 metros de altura, o Congresso norte-americano discutia a frágil economia do país. Obama encorajou assim milhares de pessoas dizendo-lhes para nunca desanimarem e referiu-se também aos indignados, que se encontram em revoltas por todo o mundo, dando-lhes razão ao seu protesto e dizendo que têm todo o direito a manisfestarem-se.
Martin Luther King, uma das personalidades que ganhou o prémio nobel da paz (em 1964), foi um importante (se não o mais importante!) activista pelos direitos civis negros, combatendo o preconceito e o racismo, pondo sempre em risco a sua vida. Adoptou (ao contrário de outros líderes políticos, como Malcom X) o método da não violência, onde defendia que: "O ser humano deve desenvolver, para todos os seus conflitos, um método que rejeite a vingança, a agressão e a retaliação. A base para esse tipo de método é o amor.". E todos os discursos que fazia à população tocavam os mais profundos sentimentos daqueles que o ouviam. Daí este grande homem merecer a homenagem que lhe fizeram hoje porque a sua bondade, esperança e preserverança conseguiram que os seus ideais e os seus sonhos de igualdade, justiça social e racial e liberdade triunfassem. Nos dias de hoje, onde tudo parece correr cada vez pior, devíamos ter sempre presente os seus discursos pois neles está o espírito da luta e encoraja-nos a nunca desistira dos nossos sonhos e de lutarmos por uma vida melhor!
O dia em que 1453 cidades do mundo enchem as ruas de protestos
Este fenómeno mundial mostrou à humanidade o verdadeiro poder das massas ao demonstrarem ao poder instalado o descontentamento com a realidade actual. Após uma breve pesquisa encontrei dois testemunhos de realidades diferentes onde o descontentamento e a vontade de mudar a realidade os uniu.
O primeiro exemplo fala sobre o movimento Organização "Occupy Tokyo"
“Este acontecimento servirá para comunicarmos uns com os outros. Não temos um problema específico nem comum que nos una nesta manifestação. Cada um dos participantes trará um assunto ou problema e exprimir-se-á sobre isso. Consideramos isto sobretudo como uma oportunidade de descobrir os problemas dos outros. É mais para trocar informações e comunicar. Neste momento, os assuntos mais importantes no Japão são as centrais nucleares e o Acordo de Comércio Livre do Pacífico. O problema das centrais nucleares é evidente. Quanto ao acordo, irá permitir uma exploração cada vez maior por parte das grandes empresas. A maior parte dos japoneses está contra as centrais nucleares, no entanto, é um assunto que não surge muito nos media. Agora queremos trazer a nossa verdadeira voz para a rua. Em primeiro lugar, os japoneses precisam de comunicar mais entre eles. Conhecer os problemas dos outros é um primeiro passo. Até há pouco tempo, não tínhamos o hábito de falar com quem não conhecermos. A partir deste acontecimento queremos criar mais oportunidades para discutir e exprimir as nossas opiniões.”
O segundo exemplo fala sobre a Organização "Occupy Norway"
“Juntamo-nos para apoiar o movimento Occupy Wall Street e as suas exigências de um novo sistema económico. Não é justo que 1% das pessoas beneficie da crise de outros povos. A Noruega não foi atingida por esta crise financeira tão difícil, mas também há aqui um grande fosso entre ricos e pobres. Diz-se que a Noruega é um dos países mais ricos do mundo e a maioria vive realmente bem, mas vamos juntar-nos aos protestos por aqueles que não são, pelos estudantes, pelos idosos e pelos doentes, que estão a ser negligenciados em benefício dos políticos e da classe alta. Esperamos que o número de pessoas seja tão grande que os governos e os bancos se vejam obrigados a escutá-las.”
“Juntamo-nos para apoiar o movimento Occupy Wall Street e as suas exigências de um novo sistema económico. Não é justo que 1% das pessoas beneficie da crise de outros povos. A Noruega não foi atingida por esta crise financeira tão difícil, mas também há aqui um grande fosso entre ricos e pobres. Diz-se que a Noruega é um dos países mais ricos do mundo e a maioria vive realmente bem, mas vamos juntar-nos aos protestos por aqueles que não são, pelos estudantes, pelos idosos e pelos doentes, que estão a ser negligenciados em benefício dos políticos e da classe alta. Esperamos que o número de pessoas seja tão grande que os governos e os bancos se vejam obrigados a escutá-las.”
Apesar de realidades diferentes, estes dois exemplos mostram que a verdadeira natureza humana é forte em espírito e é capaz de se unir e lutar por um mundo melhor.
O Estado e a Igreja
Gostaria de deixar aqui uma pequena conclusão minha sobre este assunto que referi no título, prometo que será rápido e ilustrará essencialmente a diferença entre dois conceitos que muitas vezes são baralhados ( e confesso que me traz uma certa irritação).
A Igreja desde sempre teve um papel muito influente no estado, aliás a igreja foi durante muito tempo o órgão máximo de um país e tudo girava em seu torno. Como foram elementos do clero os primeiros a terem um nível mínimo de educação, este tinha uma grande influência e era então a igreja que ”governava”. Acontece que ao longo dos tempos foi havendo uma tendência para separar estes dois, estado e igreja, como órgãos independentes criando uma cultura de laicidade, ou seja, estado e igreja assumem uma “independência” recíproca sem tomarem influência nas decisões um e de o outro, no entanto não deixando de poder ser demonstrada a opinião do que quer que seja relativamente a quaisquer assuntos. Isto é com certeza uma boa política se assim for aplicada, passa-se que muitas vezes não o é, deparo-me com uma sociedade em que vigora em determinados aspectos o laicismo e não a laicidade. E o que quero eu dizer com isto? Acontece que o laicismo é uma coisa diferente, esta maneira de “pensar” não olha à opinião da igreja, ou seja, nem sequer a assume como uma opinião que possa ser discutida. Estamos assim a por estado e igreja em duas esferas particulares que não devem sequer contactar, o que é um erro! Deve haver entre estas um contacto que permita um enriquecimento de ambas as partes.
Acabo referindo que é sem duvida essencial que estado e igreja estejam separados, no entando deve-se promover o diálogo tendo em conta que os dois têm um papel fundamental na sociedade.
Domingos Perloiro
Será que a luz ao fundo do túnel foi desligada para redução de custos?
Começo com uma frase de José Gomes Ferreira: "Quatro meses de Governo é que desequilibraram o país? Ou foram seis anos de mentira?" Eu não diria 6 anos, mas muitos mais anos para trás.
O país, como todos sabemos, não caminha em terrenos seguros, mas sim num túnel pantanoso onde existia no fundo uma pequena luz, que foi ligada quando entraram pela Praça do Comercio os senhores vestidos de preto da Troika. Ora neste momento a situação é diferente. Depois de medidas que já iriam ser severas para os portugueses impostas pela Troika, quinta feira o senhor Primeiro Ministro veio clarificar aquilo que já se especulava. Afinal isto está pior do que se imaginava. E é esse dia que pode ter adicionado uma "outra crise", a crise... social. Este Sábado assistimos provavelmente ao inicio, com a "Manifestação dos Indignados", que encheram a escadaria da Assembleia da Republica.
Embora vivemos tempos difíceis e de mudança em que se precisa de credibilizar o sistema politico, também é certo que são conhecidos na historia os ciclos económicos que nos pode trazer "esperança"( a esperança é a ultima a morrer). Não será possível mudar atitudes e comportamentos perante consumos e poupanças com cortes sem proporcionar ambição e esperança em desenvolvimento social e económico e logo em dias melhores. Até porque como diz o ditado " Depois da tempestade vem a bonança", e claro todos esperemos que aconteça o mesmo com Portugal. E a luz pode ter sido desligada para a redução da despesa, mas haverá sempre uma vela acesa no fundo do túnel, e essa vela não se apagará.
Portugal na UE: vantagens e disvantagens
Dia 1 de Janeiro de 1986, Portugal junto com Espanha adere à União Europeia. Sendo um acontecimento marcante e com grande influência política económica e social para o nosso país, ainda hoje é discutido.
Se sim ou não? Porquê?Quais as vantagens? Quais disvantagens?
Com a adesão à União Europeia, Portugal viu-se obrigado a realizar um conjunto de reformas a diversos níveis para estar de acordo com o conjunto de exigências fundamentais para poder integrar o grupo de Estados Membros, reformas que promoviam uma melhor organização da administração pública portuguesa, melhores serviços, maior crescimento económico, maior acesso à educação, entre outros.
Mas por outro lado a adesão à UE, e a substituição da nossa moeda nacional pelo euro, Portugal perdeu importantes instrumentos de política macroeconómica que passaram para a competência da Comissão Europeia. Assim, Portugal deixou de poder fixar livremente o défice orçamental adequado ao desenvolvimento do nosso país, que passou para a UE. O mesmo sucede em relação aos investimentos, nomeadamente os maiores, que passaram a ser condicionados pelo cofinanciamento comunitário. O que deixou Portugal indefeso perante situações de grave crise económica e social como é aquela que enfrenta actualmente. Outra disvantagem, devido à substituição da moeda nacional pelo Euro, é a incapacidade de desvalorizar a moeda que é um instrumento essencial em tempos de crise, pois desvalorizaria as importações, valorizaria as exportações e baixava os preços aumentando assim o poder de compra e consequentemente o consumo.
Como podem constatar é um assunto com diversos pontos positivos e negativos, como já referi, o que não me levou a nenhuma conclusão concrecta, o que me levou a perceber o porquê deste tema ser tão discutido.
Decidi publicar acerca deste tema pois sempre me questionei se a adesão terá sido realmente vantagosa ou não. E até gostaria de discutir este assunto nalguma das aulas se fosse possível.
Sebastião Perdigão
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-Sebastião Perdigão,
*União Europeia
Gente de corpo inteiro
Foi na 6º feira, dia 14 de Outubro, que enquanto andava pela cidade de Évora recebi um folheto. Folheto esse que se destacava pela dimensão da data “15 DE OUTUBRO”... continuei a ler, e percebi que se tratava de uma manifestação com o lema “A democracia sai à rua! Traz a tua voz!”.
O povo anda descontente, Portugal caminha para o desastre, e a Europa e o Mundo são escravos de um modelo económico ganancioso e ilimitado.
O trabalho, a competência e a honestidade são valores, agora, secundários. Pois, cada vez é mais importante votar, sujeitarmo-nos a quatro anos (de engano, segundo aqueles que se manifestam) e no final a unica participação activa que os cidadãos têm é numa democracia limitada por vozes, figuras e ideais (que quase sempre tendem a afectar o povo).
O trabalho, a competência e a honestidade são valores, agora, secundários. Pois, cada vez é mais importante votar, sujeitarmo-nos a quatro anos (de engano, segundo aqueles que se manifestam) e no final a unica participação activa que os cidadãos têm é numa democracia limitada por vozes, figuras e ideais (que quase sempre tendem a afectar o povo).
“Somos cidadão livres e empenhados, queremos que a nossa voz se oiça, ao contrário dos burocratas no poder, temos solução para crise!”.
São os subsídios de quem trabalha no público, são os cortes no IRS... mas às vezes há que protestar em nome da nossa condição e daquilo que somos: humanos!
Porque no final, so é necessário claridade na actividade política, sem floreados ou grandes discursos eloquentes... basta a verdade.
É altura de se pôr em prática a afirmação de Manuel da Fonseca, “Levanta os olhos do chão, que eu quero ver nascer o sol”... não é tarde para isso pois não?
sábado, 15 de outubro de 2011
Assunção Cristas – Uma economizadora de mão cheia!
Assunção Cristas,
Ministra da Agricultura, Mar, Ambiente e Ordenamento do Território faz frente a todo o estereótipo de governo: riqueza, maus hábitos e falta de coerência entre o que se defende e o que realmente se faz. Entra em campo com pequenas/grandes medidas que, não só, poupam milhões, mas também, servem de consciência a muitos, com uma pequena mentalidade e falta de respeito por quem paga impostos todos os meses.“No projecto Ar Cool, que será apresentado esta sexta-feira, a primeira medida desta ministra, é referido que o ar condicionado será mantido nos 25 graus durante o Verão seguindo as boas práticas internacionais.”
Como tal, a ministra, manda-os também despedirem-se das gravatas para não terem tanto calor. Pode ser que, com um vestuário casual, estejam todos mais dispostos a trabalhar e com mais humildade. Só falta tirar-lhes da porta os grandes carros em que andam e expandir estas medidas.
“Desta forma, a ministra Assunção Cristas pretende contribuir para a descida dos gastos com a electricidade e para a redução da pegada ecológica do ministério. “
O que só mostra coerência e bom senso, para com o seu departamento e para com o que ele defende e apoia. Embora muita gente ache estas medidas ridículas, desnecessárias e sem qualquer fundamento, o que mostra que muitas pessoas andam pouco despertas e não compreenderam ainda o rumos de todos os impostos que pagam e uma das grandes causas da crise que atravessam.
PCP- Um partido do passado, presente e...futuro?
O Partido Comunista Português (PCP), é um partido político de esquerda cuja organização é baseada no centralismo democrático, característica dos partidos marxistas-leninistas.
Fundado em 1921, o PCP é um dos partidos mais antigos e com mais história e que, ainda hoje continua activo. Teve um papel fundamental na oposição ao regime ditatorial conduzido durante muitos anos por António de Oliveira Salazar. Naquela altura, o PCP, apesar de clandestino e ilegalizado, era o partido mais bem organizado e mais forte na oposição, o que fez com que os seus membros vivessem clandestinamente sob a ameaça de serem presos, torturados ou mesmo assassinados pela PIDE.
Após o fim da ditadura, em 1974, com a revolução dos cravos, o partido tornou-se numa principal força política do novo regime democrático, principalmente na classe dos trabalhadores, e continua popular em vastos sectores da sociedade Portuguesa, nomeadamente nas áreas rurais do Alentejo e Ribatejo e áreas industrializadas como Lisboa e Setúbal, onde lidera vários municípios.
Desde 1976 o Partido Comunista Português ganha todas as eleições autárquicas, legislativas, europeias ou presidenciais no concelho de Avis.
Avis é uma vila portuguesa no Distrito de Portalegre, região Alentejo e sub-região do Alto Alentejo, É constituída por 8 freguesias. A questão que se coloca, é o porquê de tanta insistência e preferência da população deste concelho habitado na sua totalidade por 5007 habitantes, por este partido?
Nos anos quentes que se seguiram ao 25 de Abril, quando, no concelho se lutava por um pedaço de Terra para cultivar e lutar contra a fome, os comunistas foram os únicos que ficaram do lado dos trabalhadores instalando em Avis uma das mais importantes Unidades Cooperativas de Produção do país, A COOPERATIVA PRIMEIRO DE MAIO, que levou a cabo nesta região grandes plantações. Com a instalação desta cooperativa, praticamente não havia desemprego no concelho e foi graças a ela que surgiu o primeiro supermercado, e, por consequência mais postos de trabalho surgiram. Por arrastamento, surgiram também as primeiras creches, que acolhiam os filhos dos que trabalhavam na cooperativa. Trabalhadores esses que, no momento, constituem a maior parte da população e dos eleitores do concelho. Esta cooperativa já não existe, mas tudo o que ela arrastou consigo, todo o progresso que trouxe ao concelho, ficaram decerto marcados na memória da terra.
Mas, segundo os responsáveis comunistas, não é só no passado e nas memórias das gentes mais velhas da terra que se encontram as explicações para as vitórias eleitorais. O contacto com o povo e os eleitores é essencial, o facto de todas as reuniões, comícios e festas serem abertos ao público e para o público, a maneira como os comunistas realizam a campanha eleitoral constituem factos que jogam a favor da vitória do partido.
O partido comunista sempre levou avante os seus ideais e sempre teve um peso enorme no concelho de gente mais velha, mas será que os jovens, a nova geração de eleitores, se deixa “encantar” pelas memórias e histórias dos seus avós, os trabalhadores da já inexistente cooperativa?
Avis foi foi e é um concelho comunista. Mas o que será que o futuro traz a esta população? O que pensam os jovens sobre os ideais deste partido?
Fundado em 1921, o PCP é um dos partidos mais antigos e com mais história e que, ainda hoje continua activo. Teve um papel fundamental na oposição ao regime ditatorial conduzido durante muitos anos por António de Oliveira Salazar. Naquela altura, o PCP, apesar de clandestino e ilegalizado, era o partido mais bem organizado e mais forte na oposição, o que fez com que os seus membros vivessem clandestinamente sob a ameaça de serem presos, torturados ou mesmo assassinados pela PIDE.
Após o fim da ditadura, em 1974, com a revolução dos cravos, o partido tornou-se numa principal força política do novo regime democrático, principalmente na classe dos trabalhadores, e continua popular em vastos sectores da sociedade Portuguesa, nomeadamente nas áreas rurais do Alentejo e Ribatejo e áreas industrializadas como Lisboa e Setúbal, onde lidera vários municípios.
Desde 1976 o Partido Comunista Português ganha todas as eleições autárquicas, legislativas, europeias ou presidenciais no concelho de Avis.
Avis é uma vila portuguesa no Distrito de Portalegre, região Alentejo e sub-região do Alto Alentejo, É constituída por 8 freguesias. A questão que se coloca, é o porquê de tanta insistência e preferência da população deste concelho habitado na sua totalidade por 5007 habitantes, por este partido?
Nos anos quentes que se seguiram ao 25 de Abril, quando, no concelho se lutava por um pedaço de Terra para cultivar e lutar contra a fome, os comunistas foram os únicos que ficaram do lado dos trabalhadores instalando em Avis uma das mais importantes Unidades Cooperativas de Produção do país, A COOPERATIVA PRIMEIRO DE MAIO, que levou a cabo nesta região grandes plantações. Com a instalação desta cooperativa, praticamente não havia desemprego no concelho e foi graças a ela que surgiu o primeiro supermercado, e, por consequência mais postos de trabalho surgiram. Por arrastamento, surgiram também as primeiras creches, que acolhiam os filhos dos que trabalhavam na cooperativa. Trabalhadores esses que, no momento, constituem a maior parte da população e dos eleitores do concelho. Esta cooperativa já não existe, mas tudo o que ela arrastou consigo, todo o progresso que trouxe ao concelho, ficaram decerto marcados na memória da terra.
Mas, segundo os responsáveis comunistas, não é só no passado e nas memórias das gentes mais velhas da terra que se encontram as explicações para as vitórias eleitorais. O contacto com o povo e os eleitores é essencial, o facto de todas as reuniões, comícios e festas serem abertos ao público e para o público, a maneira como os comunistas realizam a campanha eleitoral constituem factos que jogam a favor da vitória do partido.
O partido comunista sempre levou avante os seus ideais e sempre teve um peso enorme no concelho de gente mais velha, mas será que os jovens, a nova geração de eleitores, se deixa “encantar” pelas memórias e histórias dos seus avós, os trabalhadores da já inexistente cooperativa?
Avis foi foi e é um concelho comunista. Mas o que será que o futuro traz a esta população? O que pensam os jovens sobre os ideais deste partido?
Uma coisa é certa, o título já ninguém lho tira: Avis é sem dúvida, o concelho mais vermelho de Portugal.
Protesto de 15.OUT
Manifesto português do protesto de hoje, que vai ocorrer em 900 cidades do Mundo.
"PROTESTO APARTIDÁRIO, LAICO E PACÍFICO
- Pela Democracia participativa.
- Pela transparência nas decisões políticas.
- Pelo fim da precariedade de vida.
MANIFESTO:
Somos “gerações à rasca”, pessoas que trabalham, precárias, desempregadas ou em vias de despedimento, estudantes, migrantes e reformadas, insatisfeitas com as nossas condições de vida. Hoje vimos para a rua, na Europa e no Mundo, de forma não violenta, expressar a nossa indignação e protesto face ao actual modelo de governação política, económica e social. Um modelo que não nos serve, que nos oprime e não nos representa.
A actual governação assenta numa falsa democracia em que as decisões estão restritas às salas fechadas dos parlamentos, gabinetes ministeriais e instâncias internacionais. Um sistema sem qualquer tipo de controlo cidadão, refém de um modelo económico-financeiro, sem preocupações sociais ou ambientais e que fomenta as desigualdades, a pobreza e a perda de direitos à escala global. Democracia não é isto!
Queremos uma Democracia participativa, onde as pessoas possam intervir activa e efectivamente nas decisões. Uma Democracia em que o exercício dos cargos públicos seja baseado na integridade e defesa do interesse e bem-estar comuns.
Queremos uma Democracia onde os mais ricos não sejam protegidos por regimes de excepção. Queremos um sistema fiscal progressivo e transparente, onde a riqueza seja justamente distribuída e a segurança social não seja descapitalizada; onde todas as pessoas contribuam de forma justa e imparcial e os direitos e deveres dos cidadãos estejam assegurados.
Queremos uma Democracia onde quem comete abuso de poder e crimes económicos e financeiros seja efectivamente responsabilizado por um sistema judicial independente, menos burocrático e sem dualidade de critérios. Uma Democracia onde políticas estruturantes não sejam adoptadas sem esclarecimento e participação activa das pessoas. Não tomamos a crise como inevitável. Exigimos saber de que forma chegámos a esta recessão, a quem devemos o quê e sob que condições.
As pessoas não são descartáveis, nem podem estar dependentes da especulação de mercados bolsistas e de interesses financeiros que as reduzem à condição de mercadorias. O princípio constitucional conquistado a 25 de Abril de 1974 e consagrado em todo o mundo democrático de que a economia se deve subordinar aos interesses gerais da sociedade é totalmente pervertido pela imposição de medidas, como as do programa da troika, que conduzem à perda de direitos laborais, ao desmantelamento da saúde, do ensino público e da cultura com argumentos economicistas.
Os recursos naturais como a água, bem como os sectores estratégicos, são bens públicos não privatizáveis. Uma Democracia abandona o seu futuro quando o trabalho, educação, saúde, habitação, cultura e bem-estar são tidos apenas como regalias de alguns ou privatizados sem que daí advenha qualquer benefício para as pessoas.
A qualidade de uma Democracia mede-se pela forma como trata as pessoas que a integram.
Isto não tem que ser assim! Em Portugal e no Mundo, dia 15 de Outubro dizemos basta!
A Democracia sai à rua. E nós saímos com ela.
15H - MANIFESTAÇÃO
Concentração no Marquês de Pombal
19H - ASSEMBLEIA POPULAR
São Bento - Assembleia da República
00H - VIGÍLIA"
https://www.facebook.com/event.php?eid=265304693503393
"PROTESTO APARTIDÁRIO, LAICO E PACÍFICO
- Pela Democracia participativa.
- Pela transparência nas decisões políticas.
- Pelo fim da precariedade de vida.
MANIFESTO:
Somos “gerações à rasca”, pessoas que trabalham, precárias, desempregadas ou em vias de despedimento, estudantes, migrantes e reformadas, insatisfeitas com as nossas condições de vida. Hoje vimos para a rua, na Europa e no Mundo, de forma não violenta, expressar a nossa indignação e protesto face ao actual modelo de governação política, económica e social. Um modelo que não nos serve, que nos oprime e não nos representa.
A actual governação assenta numa falsa democracia em que as decisões estão restritas às salas fechadas dos parlamentos, gabinetes ministeriais e instâncias internacionais. Um sistema sem qualquer tipo de controlo cidadão, refém de um modelo económico-financeiro, sem preocupações sociais ou ambientais e que fomenta as desigualdades, a pobreza e a perda de direitos à escala global. Democracia não é isto!
Queremos uma Democracia participativa, onde as pessoas possam intervir activa e efectivamente nas decisões. Uma Democracia em que o exercício dos cargos públicos seja baseado na integridade e defesa do interesse e bem-estar comuns.
Queremos uma Democracia onde os mais ricos não sejam protegidos por regimes de excepção. Queremos um sistema fiscal progressivo e transparente, onde a riqueza seja justamente distribuída e a segurança social não seja descapitalizada; onde todas as pessoas contribuam de forma justa e imparcial e os direitos e deveres dos cidadãos estejam assegurados.
Queremos uma Democracia onde quem comete abuso de poder e crimes económicos e financeiros seja efectivamente responsabilizado por um sistema judicial independente, menos burocrático e sem dualidade de critérios. Uma Democracia onde políticas estruturantes não sejam adoptadas sem esclarecimento e participação activa das pessoas. Não tomamos a crise como inevitável. Exigimos saber de que forma chegámos a esta recessão, a quem devemos o quê e sob que condições.
As pessoas não são descartáveis, nem podem estar dependentes da especulação de mercados bolsistas e de interesses financeiros que as reduzem à condição de mercadorias. O princípio constitucional conquistado a 25 de Abril de 1974 e consagrado em todo o mundo democrático de que a economia se deve subordinar aos interesses gerais da sociedade é totalmente pervertido pela imposição de medidas, como as do programa da troika, que conduzem à perda de direitos laborais, ao desmantelamento da saúde, do ensino público e da cultura com argumentos economicistas.
Os recursos naturais como a água, bem como os sectores estratégicos, são bens públicos não privatizáveis. Uma Democracia abandona o seu futuro quando o trabalho, educação, saúde, habitação, cultura e bem-estar são tidos apenas como regalias de alguns ou privatizados sem que daí advenha qualquer benefício para as pessoas.
A qualidade de uma Democracia mede-se pela forma como trata as pessoas que a integram.
Isto não tem que ser assim! Em Portugal e no Mundo, dia 15 de Outubro dizemos basta!
A Democracia sai à rua. E nós saímos com ela.
15H - MANIFESTAÇÃO
Concentração no Marquês de Pombal
19H - ASSEMBLEIA POPULAR
São Bento - Assembleia da República
00H - VIGÍLIA"
https://www.facebook.com/event.php?eid=265304693503393
quinta-feira, 13 de outubro de 2011
Poço sem fundo
Soube agora que grande parte dos portugueses vai ser sujeito a esforços gigantescos, começando pelos salários, com dois subsídios a desaparecerem, continuando pelos cortes nas pensões, e ainda mais
meia-hora de trabalho diário para alguns.
As últimas eleições não foram há muito tempo. Nelas, verificou-se uma passagem de poderes de PS para PSD/CDS. O PS vinha sendo criticado pelos cortes que tinha feito, bem como por outras razões. Muda-se o governo, o povo vota em massa na direita, e o que vêmos: mais do mesmo, com uma única diferença: as medidas tomadas são muito mais violentas. É bom recordar, que, dentro do conjunto de dois partidos que agora governam, eleitos pelo povo, encontram-se algumas pessoas bem conhecidas: uma, por exemplo, há algum tempo, decidiu comprar dois submarinos por uma modesta quantia. Tudo, claro, para defender Portugal dos possíveis ataques inimigos. Com esse dinheiro podia-se ter feito muita coisa positiva: criar postos de trabalho, desenvolver a economia, a indústria...
Salazar bem dizia: Deus, Pátria, Família. Família vai haver menos, pois os possíveis «novos pais» não vão ter dinheiro para sustentar os filhos. A Pátria está falida. Resta-nos orar a Deus, esperando que a Alemanha nos conceda mais uma tonelada de dinheiro que nos salve durante mais um mês (ou não).
O pior é que estas medidas não são a solução. Tem-se visto na Grécia: quantos mais cortes, mais a economia se afunda, mais o país empobrece. Tenho medo que isso aconteça a Portugal. Talvez seja hora de mudar para ideiais políticos do outro lado da assembleia.
Para mim, como aluno do 12º ano, estes cortes significam definitivamente o fim da viagem de finalistas. E para vocês?
Claro que eu tenho perfeita noção de que vivo em muito melhores condições do que a maioria dos portugueses. Esses não se vão preocupar com a viagem de finalistas: nunca sequer pensaram em fazê-la. Esses vão-se preocupar com o pão de cada dia, pois cada vez mais pessoas em Portugal (milhares, ou até milhões) passam fome.
meia-hora de trabalho diário para alguns.
As últimas eleições não foram há muito tempo. Nelas, verificou-se uma passagem de poderes de PS para PSD/CDS. O PS vinha sendo criticado pelos cortes que tinha feito, bem como por outras razões. Muda-se o governo, o povo vota em massa na direita, e o que vêmos: mais do mesmo, com uma única diferença: as medidas tomadas são muito mais violentas. É bom recordar, que, dentro do conjunto de dois partidos que agora governam, eleitos pelo povo, encontram-se algumas pessoas bem conhecidas: uma, por exemplo, há algum tempo, decidiu comprar dois submarinos por uma modesta quantia. Tudo, claro, para defender Portugal dos possíveis ataques inimigos. Com esse dinheiro podia-se ter feito muita coisa positiva: criar postos de trabalho, desenvolver a economia, a indústria...
Salazar bem dizia: Deus, Pátria, Família. Família vai haver menos, pois os possíveis «novos pais» não vão ter dinheiro para sustentar os filhos. A Pátria está falida. Resta-nos orar a Deus, esperando que a Alemanha nos conceda mais uma tonelada de dinheiro que nos salve durante mais um mês (ou não).
O pior é que estas medidas não são a solução. Tem-se visto na Grécia: quantos mais cortes, mais a economia se afunda, mais o país empobrece. Tenho medo que isso aconteça a Portugal. Talvez seja hora de mudar para ideiais políticos do outro lado da assembleia.
Para mim, como aluno do 12º ano, estes cortes significam definitivamente o fim da viagem de finalistas. E para vocês?
Claro que eu tenho perfeita noção de que vivo em muito melhores condições do que a maioria dos portugueses. Esses não se vão preocupar com a viagem de finalistas: nunca sequer pensaram em fazê-la. Esses vão-se preocupar com o pão de cada dia, pois cada vez mais pessoas em Portugal (milhares, ou até milhões) passam fome.
Zeitgeist, um movimento social diferente.
Numa época definida pelas dificuldades financeiras, pelos contrastes sociais, pelas agressões constantes entre nações e pelo constante atrito entre religiões e ideais políticos, acabei por me perguntar se não haveria alguma alternativa a todo o complexo sistema que rege a humanidade. Após uma pequena pesquisa encontrei um movimento que me despertou a atenção, o Movimento Zeitgeist.
Zeitgeist é um termo alemão que significa espírito de época, espírito de tempo ou sinal dos tempos. Este não é um movimento político, não reconhece nações, governos, raças, religiões, credos ou classes. É sim um movimento social e global cujo o objectivo é rever a sociedade de hoje de acordo com os conhecimentos actuais, não só fomentando a consciência quanto às possibilidades tecnológicas e sociais existentes, para as quais muitos foram condicionados a pensar serem "impossíveis" ou contra a "natureza humana", mas também providenciar um caminho para ultrapassar estes elementos perpetuados por um sistema de sociedade obsoleto.
Esta ideologia encontra-se nos documentários dirigidos, produzidos, escritos e narrados por Peter Joseph (diretor americano de filmes não-comerciais e activista) onde podemos assistir a uma exploração bem fundamentada (na minha opinião) sobre os problemas sociais, financeiros e religiosos que actualmente assolam a humanidade.
A todos os interessados deixo aqui o link do movimento em Portugal (http://www.zeitgeistportugal.org) e ainda o link do ultimo documentário lançado (http://www.youtube.com/watch?v=prild_Ga9QE)
Geoge Wright-O fugitivo que residia em Portugal
Passados 40 anos George Wright foi finalmente capturado pelas autoridades portuguesas em parceria com as autoridades norte-americanas.Este homem que residia à mais de 20 anos em Portugal numa localidade perto de Sintra, tendo antes vivido em África mais propriamente na Guiné-Bissau, esteve envolvido na fuga de uma prisão em New Jersey onde estaria preso por homicidio e esteve envolvido no sequestro de um avião em 1972,conseguindo escapar em ambos os casos.
George Wright ou José Luis Jorge dos Santos, como é conhecido pela sua família atual, conseguiu fugir ás autoridades norte-americanas (umas das mais bem preparadas do mundo), indo para a Guinè-Bissau onde chegou a conviver com um ex-embaixador norte-americano. Atualmente residia em Portugal nos arredores Sintra com a sua mulher e os seus filhos.
Após a sua captura muitas são as opiniões à cerca da sua extradição.Bom, na minha opinão sou a favor da permanência em Portugal, pois apesar dos erros todos cometidos por este homem de 68 anos, grande parte da sua vida foi passada em Portugal tendo até formado família, familía essa que não sabia destes seus erros do passado, sendo também esta família o sinal do seu arrependimento em relação ao passado. Falta agora saber se as autoridades norte-americanas irão ceder aos pedidos portugueses para o cumprimento da pena em Portugal.
George Wright ou José Luis Jorge dos Santos, como é conhecido pela sua família atual, conseguiu fugir ás autoridades norte-americanas (umas das mais bem preparadas do mundo), indo para a Guinè-Bissau onde chegou a conviver com um ex-embaixador norte-americano. Atualmente residia em Portugal nos arredores Sintra com a sua mulher e os seus filhos.
Após a sua captura muitas são as opiniões à cerca da sua extradição.Bom, na minha opinão sou a favor da permanência em Portugal, pois apesar dos erros todos cometidos por este homem de 68 anos, grande parte da sua vida foi passada em Portugal tendo até formado família, familía essa que não sabia destes seus erros do passado, sendo também esta família o sinal do seu arrependimento em relação ao passado. Falta agora saber se as autoridades norte-americanas irão ceder aos pedidos portugueses para o cumprimento da pena em Portugal.
quinta-feira, 6 de outubro de 2011
O Jardim que passou a Selva
É com muito desagrado que observo a situação no nosso arquipélago madeirense. Mais uma vez a maioria do povo da Madeira demonstra a sua falta de inteligência, querendo eleger repetidamente, e por maioria absoluta, o homem que há mais tempo governa na Europa. Este homem que diz o que mais lhe convém e, na maior parte das vezes, de forma mal-educada, num regime em que a democracia só está no papel.
Se os problemas que ele causa afectassem apenas os seus eleitores, tudo bem. Mas agora descobriram-se vários «buracos» orçamentais que põem em causa a recuperação financeira do país, causando sérias dificuldades às pessoas com menos recursos do continente, que provavelmente nunca pisaram os solos madeirenses.
Perguntou-se ao excelentíssimo Presidente do Governo Regional da Madeira o que ele achava de toda esta situação. Respondeu o senhor que era tudo necessário, e que tinha salvaguardado os interesses do povo madeirense (que vive numa das regiões mais pobres de Portugal).
Pena é que no continente vivem mais pessoas que na Madeira, que irão sofrer graves consequências devido à arrogância, teimosia e falta de noção da realidade de um político que está contra quase todos os outros políticos, até os do seu próprio partido.
Se os problemas que ele causa afectassem apenas os seus eleitores, tudo bem. Mas agora descobriram-se vários «buracos» orçamentais que põem em causa a recuperação financeira do país, causando sérias dificuldades às pessoas com menos recursos do continente, que provavelmente nunca pisaram os solos madeirenses.
Perguntou-se ao excelentíssimo Presidente do Governo Regional da Madeira o que ele achava de toda esta situação. Respondeu o senhor que era tudo necessário, e que tinha salvaguardado os interesses do povo madeirense (que vive numa das regiões mais pobres de Portugal).
Pena é que no continente vivem mais pessoas que na Madeira, que irão sofrer graves consequências devido à arrogância, teimosia e falta de noção da realidade de um político que está contra quase todos os outros políticos, até os do seu próprio partido.
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Ética e Política
O que a ti e a mim agora nos importa apurar é se a ética e a política terão alguma coisa a ver uma com a outra e o modo como se relacionam entre si. Quanto à finalidade, ambas parecem fundamentalmente aparentadas: não se tratará, em ambos os casos, do problema de viver bem? A ética e a arte de escolher o que mais nos convém para vivermos o melhor possível; o objetivo da política é organizar o melhor possível a convivência social, de modo a que cada uma possa escolher o que lhe convém. Como ninguém vive isolado (...), quem quer que tenha a preocupação ética de viver bem não pode alhear-se olimpicamente da política. Seria como fazermos questão de estar confortavelmente instalados numa casa, sem nada querermos saber das telhas partidas, dos ratos, da falta de calefação das paredes carcomidas que podem fazer com que o prédio caia enquanto dormimos ...
Contudo, também há diferenças importantes entre ética e política. Para começar, a ética ocupa-se do que a própria pessoa (tu, eu ou qualquer outra pessoa) faz com a sua liberdade, ao passo que a política tenta coordenar da maneira mais benéfica para o conjunto aquilo que muitos fazem com as suas liberdades. Em Ética, o importante é querer bem (...). Para a política, em contrapartida, o que contam são os resultados das ações, sejam estas feitas lá pelo que for, e o político tentará fazer pressão através dos meios ao seu alcance - incluindo a força - no sentido de obter certos resultados e de evitar outros.
domingo, 2 de outubro de 2011
Wangari Maathai, Nobel da Paz de 2004
Wangari Maathai, Nobel da Paz em 2004 pelo seu trabalho em nome do desenvolvimento sustentável, paz e democracia. Morreu domingo passado (25/09/11) aos 71 anos com cancro.
Porquê o interesse por esta personalidade?
Wangari Muta Maathai sobressaiu ainda na década de 70 através do combate ecológico no seu país. O seu trabalho foi, contudo, reconhecido em 2004 quando a Academia Nobel resolveu distingui-la pela sua “abordagem holística para o desenvolvimento duradouro, que reúne a democracia, os direitos humanos e em particular os da mulher”.
Maathai chefiou, ainda, a Cruz Vermelha queniana nos anos 70 e entregou-se igualmente a combater o regime autoritário do presidente do Quénia naquela época, um percurso que fez com que tivesse tido vários episódios com as forças de segurança e algumas passagens pela prisão.
Espero que fique lembrada sempre com uma pessoa cheia de princípios e de força, também que acima de tudo inspire muita gente. E assim, porque são estas pessoas que fazem do nosso mundo um mundo mais justo e bonito, não podem ser esquecidas.
Aqui fica uma lembrança de um exemplar Nobel da Paz.
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