quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

"Tejo: Quercus contesta componente rodoviária da terceira ponte "

“Quercus anuncia que vai apresentar queixa à Comissão Europeia devido à decisão de se avançar com a Terceira Travessia sobre o Tejo e critica o Governo por "insistir num erro" ao estimular a entrada de carros em Lisboa.
A Declaração de Impacte Ambiental favorável condicionada, hoje emitida pelo Ministério do Ambiente, dá "luz verde" ao projecto, mas os ambientalistas não poupam críticas à decisão que "implica o incumprimento de legislação comunitária".
A Quercus alega que ao incluir uma componente rodoviária, a Terceira Travessia vai violar as regras comunitárias a nível do ruído e qualidade do ar e põe em causa os objectivos de redução de emissões de gases com efeito de estufa.
"Ao decidir incluir a componente rodoviária o Governo demonstra uma total incoerência e falta de visão estratégica, agindo de forma desconcertada em termos de políticas públicas", questionam os ambientalistas em comunicado, acrescentando que a aposta na rodovia é "um investimento público mal pensado".
A associação ecologista contesta a abertura em simultâneo da componente ferroviária e rodoviária, que considera não estimular o uso dos transportes públicos e colocar em risco a viabilidade da exploração da ferrovia e de outros modos de transportes colectivo, como a ligação fluvial ao Barreiro.
Por outro lado, os ambientalistas questionam uma decisão que parece "tomada à partida", já que o Estudo de Impacte Ambiental não contempla sequer alternativas, e apontam um "acumular de processos de avaliação de impacte ambiental que não respeitam os objectivos da legislação que os enquadra (com particular destaque para os associados a grandes obras públicas)".
A Quercus defende que a Terceira Travessia, que ligará Chelas (Lisboa) ao Barreiro, deve ser construída de forma faseada e dando prioridade à componente ferroviária, admitindo o acesso rodoviário apenas a partir de 2018.”
IN EXPRESSO, LUSA

Desta vez estou um pouco baralhada. Não sei se hei-de ficar do lado do partido ambientalista ou se hei-de pensar que desta vez o nosso governo teve uma boa ideia.
Apesar de saber que no momento (económico) em que o nosso país está as melhores soluções passam pela dinamização da economia, e este projecto pode ajudar na sua dinamização, penso também que este não é o género de solução que o país (cidadãos) quer que o governo lhe traga. Mais, a construção desta ponte pode ser um pequeno arranque para a solução dos nossos problemas, problemas estes urgentes de resolver, mas a construção de uma ponde demoraria uns 4 anos não? Logo, pegando aqui, não é uma solução rápida que é o que se quer na resolução de um problema urgente…
Concordo um pouco com a Quercus quando se diz que a construção desta ponte com a vertente rodoviária não estimula o uso de transportes públicos (como é o caso da própria componente rodoviária da ponte e da ligação fluvial ao Barreiro) mas penso que se este é um dos grandes entraves, postos pela Quercus, acho também que esta associação devia exigir sim mais do governo para a elaboração de mais projectos que visem o “desenvolvimento” da protecção do ambiente ,como por exemplo, a maior utilização das energias renováveis e a maior sensibilização da sociedade para este problema , também muito importante, e formas de ela própria dar a sua ajuda para o resolver.

Talvez desta vez a ideia do governo não tenha sido assim tão mal pensada e talvez a Quercus e o país se tenham precipitado de mais em relação à boa intenção do governo.

1 comentário:

João Simas disse...

A questão é pertinente. Fazer mais uma ponte para aumentar o tráfego automóvel e a poluição?
Há alternativas? Como é que se insere no desenvolvimento do país?