Todo o indivíduo necessariamente trabalha no sentido de fazer com que o rendimento anual da sociedade seja o maior possível. Na verdade, ele geralmente não tem intenção de promover o interesse público, nem sabe o quanto o promove. Ao preferir dar sustento mais à actividade doméstica que à exterior, ele tem em vista apenas sua própria segurança; e, ao dirigir essa actividade de maneira que sua produção seja de maior valor possível, ele tem em vista apenas o seu próprio lucro, e neste caso, como em muitos outros, ele é guiado por uma mão invisível a promover um fim que não fazia parte de sua intenção. E o facto de este fim não fazer parte da sua intenção nem sempre é o pior para a sociedade. Ao buscar seu próprio interesse, frequentemente ele promove o da sociedade de maneira mais eficiente do que quando realmente tem a intenção de promovê-lo.
Adam Smith, A Riqueza das Nações, Livro IV,capítulo 2
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