quinta-feira, 22 de janeiro de 2009

Psico-economia

Como todos sabemos, na actualidade, Portugal e o mundo em geral estão a ser atingidos por uma grave crise económica que tudo afecta; afecta as empresas, o comércio, os bancos e as nossas cabeças.
A economia funciona como um sistema onde esta tudo interligado, ou seja, as dificuldades das empresas levam a despedimentos que por sua vez levam à perda de poder de compra e a mais dificuldades para as empresas. Para mim um dos aspectos mais negros desta crise é o pessimismo que gerou. As pessoas não têm confiança e por isso compram menos, ou seja, ajudam à estagnação da economia e não à sua recuperação.
Neste gigantesco sistema que é a economia, o nosso controlo sobre a maioria dos factores que a influenciam é muito limitado. Há no entanto um que é dos mais importantes e que nós podemos controlar - as nossas cabeças, que estão neste momento invadidas por uma onda de pessimismo. A nossa cabeça e o único ponto que podemos controlar neste sistema e para mim é por ele que tem que começar a recuperação.
É indiscutível que esta crise tem várias consequências negativas mas se em vez de vermos apenas o lado negativo, olhássemos para as oportunidades desta crise, tivéssemos um espírito empreendedor e inovador, provavelmente esta crise seria bem mais curta visto que pessoas mais confiantes consomem e empreendem mais, melhorando a economia. Em síntese, somos nós que consumindo e tendo iniciativas somos motor da economia. Se tivermos uma atitude positiva, pode ser que por aí que comece o fim da crise.

2 comentários:

João Simas disse...

Como diriam alguns economistas clássicos o problema é o da confiança.Se o banco não confia nas empresas, as empresas não investem, os bancos não têm lucros, as empresas também não, não geram empregos, os que poderiam receber um salário não podem consumir, se não consomem as empresas não produzem, não geram empregos ..., os estados não recebem impostos, não podem construir infra-estruturas, não podem apoiar empresas, estas ...

Susana disse...

É um ciclo vicioso que não se sabe quando vai parar.
Quanto ao pessimismo e à falta de confiança das pessoas face à crise que se vive, é muito mais grave do que isso... Quantas vezes não se ouviu já falar em milionários que ao perderem a sua fortuna se suicidaram? E homens e mulheres que ao se aperceberem que não conseguem mais sustentar a família e estão endividados, se suicidam?
De facto a crise não afecta só as carteiras de todos, também afecta as pessoas a níveis psicológicos.