quinta-feira, 29 de janeiro de 2009

Descubra as diferenças
















Em declarações ao Diário de Notícias , o inspector-chefe Olegário Sousa reconheceu que o caso Madeleine McCann tem sido uma «investigação muito cara, talvez a mais cara feita até agora relativamente ao desaparecimento de uma pessoa, neste caso de uma criança».
Nunca nos esquecendo que a Inglaterra é uma das maiores fontes para a única de duas rubricas superavitárias, da balança de pagamentos portuguesa, ou seja, o turismo, devemos perguntar-nos se todo este esforço, dinheiro e alarido que se gerou em torno deste caso não terá servido apenas para mostrar à Inglaterra (e a todos os países que vêm em Portugal um pequeno “paraíso”) que aqui os seus turistas se podem continuar a sentir seguros. Apesar deste incidente, Portugal reagiu prontamente ao primeiro sinal de alarme. Nas televisões o caso da pequena Maddie foi durante MESES o ponto alto dos telejornais, a cara da menina espalhou-se não só pelos centros públicos da zona, mas por todo o país, por todo o mundo… Foi feito o possível e o impossível para encontrar esta criança. E muito bem! Apesar de não se ter conseguido saber o que foi feito da criança fizeram-se esforços, grandes esforços para que a verdade viesse ao de cima. Agora vem a minha questão. Madeleine McCann foi a única criança que desapareceu em Portugal desde que eu nasci? É que desde que me lembro vejo o telejornal mas não está gravado na minha memória nada deste género a não ser uma tal Joana (que a mãe ao que parece depois de espancada pela policia lá admitiu que tinha matado e escondido o cadáver que tanto quanto me lembro nunca apareceu) e de um tal Rui Pedro (que nem vou comentar porque ainda me mete mais perplexa que o caso anterior), fora estas duas crianças não me lembro mesmo de mais nenhuma que tenha dado que falar, bem, já que estou quase a fazer 18 anos não é mau de todo neste espaço de tempo terem desaparecido só 3 crianças em Portugal. Há uma coisa que me fez acordar para a realidade, na internet correm quase diariamente mensagens de pais aflitos com o desaparecimento dos seus filhos a quem ninguém dá atenção…
Com isto tudo queria apenas dizer o seguinte: Em Portugal há direitos que integram a Declaração Universal dos Direitos do Homem que não são respeitados. Só neste campo e pelas ideias que tentei transmitir neste texto não vejo onde ficaram o direito à segurança e à igualdade. Todas as crianças são iguais, todas as pessoas têm o mesmo preço, não percebo porque é que só, parece-me, pelo facto de ser inglesa tem de valer mais.
Mais uma vez digo, é este o Portugal que temos!
Viciado, egocentrico,vendido e mais que tudo desigual …

1 comentário:

João Simas disse...

Apesar de tudo, Portugal não é dos países mais perigosos, e menos perigoso até que outros da União Europeia.
É difícil saber se se poderia ter feito mais. Mas a Polícia Judiciária investiu muitos recursos. E não é das piores da Europa.
Aqui também o tempo é importante. Logo no início, antes que desapareçam as provas e as pessoas. E depois há necessidade de dar tempo às investigações. Só nos filmes é que se descobre tudo!