sábado, 10 de janeiro de 2009

Orçamento de Estado de 2009

Confirma-se que Portugal entrou em recessão.
Segundo as previsões de 2008, o crescimento do PIB seria de 1,3%, mas na passada terça-feira o Banco de Portugal divulgou que a economia portuguesa vai contrair-se 0,8%, alterando, simultaneamente, as previsões do défice. Inicialmente, previu-se uma défice de 2,2% mas, segundo o Primeiro Ministro, o défice provavelmente chegará aos 3%.
Deste modo, o governo foi “obrigado” a rever o Orçamento de Estado de 2009, pois devido às despesas provenientes do plano anti-crise, as despesas previstas serão superiores.
Para solucionar o problema, Portugal decidiu seguir o plano de combate à crise que se aprovou no Conselho Europeu para os Estados-membros.
O Banco Central Europeu afirma que a crise levará a um abrandamento global da economia e, consequentemente, à quebra do consumo, não esquecendo o desemprego que este ano se encontra com uma taxa de 7,8%.
Na oposição, Manuela Ferreira Leite diz que há medidas positivas no plano, mas que o mais importante é pagar as dívidas do Estado às empresas e baixar a taxa social única.
Quanto ao CDS-PP, a solução seria apoiar as pequenas e médias empresas e o investimento público e baixar os impostos, enquanto o PCP defende que se deviam prever medidas contra as offshores e reforçar o orçamento comunitário destinado a apoiar as economias mais frágeis.
Também o Bloco de Esquerda exige do Estado um controle do “ziguezague de capitais” que se tem gerado nos últimos anos, e de que os crimes no BCP e no BPN são os exemplos mais conhecidos. Segundo Luís Fazenda "as offshores não têm gerado qualquer efeito positivo no crescimento da riqueza, mas têm contribuído, isso sim, para o crescimento do Produto Criminal Bruto".

1 comentário:

João Simas disse...

A crise internacional “baralhou” todas as previsões. Há quem pergunte por que é que não se olhou para os sinais.
As soluções são técnicas mas também ideológicas. Há sempre uns que defendem a baixa dos impostos e outros a sua manutenção para que seja o Estado a fazer investimentos.
O tema merece acompanhamento.