quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

Obstáculos nos passeios

Apesar de hoje em dia as pessoas estarem habituadas a viver sempre dependentes dos seus veículos confortáveis, ainda há quem use, com bastante frequência, as pernas. Um exemplo dessas pessoas, sou eu.

Pensava que os passeios eram destinados para as pessoas circularem. Mas, com as várias experiências pedestres que tive oportunidade de vivenciar, concluí que essa ideia estava errada. Os passeios servem para nós, para os carros, para os postes de electricidade, para os anúncios e para sinais, entre outros exemplos normais.

Mesmo que um passeio esteja construído em linha recta, a probabilidade de o fazermos no mesmo sentido, é quase nula, visto que com tantos "objectos estranhos" a ocuparem espaço e,portanto, a impedir a nossa passagem, teremos de o fazer em zigue-zague.

Outro aspecto que, por acaso, me chamou a atenção, foi a limpeza dos passeios e das estradas. Se formos comparar, verificamos que: enquanto nas estradas o chão se encontra limpinho para os pneus não se sujarem, e sempre que há obras ou resíduos provenientes de acidentes, os responsáveis pela limpeza das mesmas quase que voam para as ir limpar, o que é compreensível para evitarem futuros acidentes, se for o caso de óleo derramado ou vidros partidos; nos passeios, para além dos pequenos obstáculos, ainda nos aguardam alguns presentes caninos, lixo (em que a culpa é das pessoas), certos materiais que, provavelmente, os responsáveis pelas obras públicas se esqueceram de levar, sem esquecer que quando há obras, por vezes temos que andar nas estradas para passar, entre outros casos interessantes.

Quanto ao comprimento dos passeios, não sei se foi para tornar as cidades mais bonitas mas, o facto é que há passeios para irem dez pessoas em linha, e outros em que só meia pessoa é que consegue andar em cima dele.

Por vezes, também lá vem um ramo ou outro das árvores que não são cortadas há um certo tempo e, portanto, vão-nos fazendo festinhas ao longo do percurso.

No fim deste enunciado de aspectos, coloco a questão: como é que é possível as pessoas incapacitadas ou com maiores dificuldades de mobilidade, circularem nestes?




2 comentários:

João Simas disse...

É um tema interessante que leva a perguntar por que é que os automóveis têm sido privilegiados em relação aos peões e por que é que há mais gente a andar de automóvel em cidades como Évora do que numa qualquer cidade da mesma dimensão em muitos países do Norte da Europa, como por exemplo a Holanda ou o Reino Unido, onde se pagam taxas para trazer o automóvel para Londres.
Outra questão, a principal neste texto, é a falta de respeito pelos cidadãos que têm todo o direito a andar a pé.
Também noutros países (por exemplo, a França, as pessoas têm muito mais cães do que Portugal), mas os donos dos animais responsabilizam-se pela limpeza dos dejectos.

rita disse...

É verdade. Eu que ando muitas vezes a pé, aliás, grande parte do meu dia é feito a andar, acho muito mal os obstáculos visiveis e não visiveis nos passeios.
E o professor acaba por ter também muita razão, os automóveis são previlegiados em relação aos peões o que é ridiculo, já que os automoveis não são mais do que simples objectos.
Já o temanho dos passeios é um problema, também, muitas vezes torna-se impossivel passarem duas pessoas ao mesmo tempo num passeio e correm se muitos riscos.