Na sociedade portuguesa atual, o povo deposita nos
seus representantes a sua confiança esperando em troca ter os seus interesses
salvaguardados, por isso estes são a nossa “imagem”.
Na Europa os nossos representantes passam a “imagem”
dos portugueses aos eurodeputados e as instituições europeias e inclusive as
outras nações. Consideramos, por isso importante que qualquer cidadão que
assuma a liderança de um cargo público deve estar ciente do seu percurso de
vida, aos níveis sociais, económicos e até políticos. É inadmissível termos
políticos que nos propõem a moralidade da legislação e que na verdade são os
primeiros a cometer os “delitos”.
Podemos verificar que atualmente a população desacredita
no poder da política e isso pode ser facilmente observado através do elevado
nível de abstenção e no apoio aos partidos extremistas, quer de direita quer de
esquerda. Não podemos de forma alguma, impedir ninguém de se candidatar, porque
isso fará parte da consciência da pessoa, mas alertarmos para o facto das bases
de qualquer partido estarem ao critério da posição que esse poderá vir a tomar.
Os escândalos vão sempre existir e não é isso que define um político “bom de um
“mau.
Está estipulado na Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão, no artigo
15º, que “A sociedade tem o direito de pedir contas a todo o agente público
pela sua administração”, havendo assim uma transparência do bom funcionamento
do regime que defende os interesses da Nação acima de tudo, através das
prestações de “contas” pelo que fez, pelas decisões e pelo que não fez. Estamos
assim, perante uma melhor regulação dos atos políticos e um maior envolvimento
na vida política, talvez seja isto que lhe confira o juízo valorativo...
A Instituição que regula as cartas públicas deveria
ter maior rigor e isenção ao nível da burocracia e com isso não queremos invadir
a privacidade de ninguém apenas consideramos fundamental que quem decide
assumir um cargo público tem de ter consciência dos seus atos, para o próprio
país puder confiar nele o seu poder. Será muito mais fácil atrair à população para a mesa
de voto se os políticos prepostos apresentarem condições de integridade e
confiança.
Posto isto, é nestes políticos a quem entregamos o
poder que queremos para nossos representantes no pais e no estrangeiro?
" Não podemos continuar a caminhar como sonâmbulos até à beira da falência da história”. – Al Gore
The Independent; 17/04/2013
Mariana e Raquel
2 comentários:
Concordo plenamente com vocês. É inadmissível a falta de cidadania que os nossos representantes têm. São cidadãos a eleger cidadãos e é de extrema importância que os candidatos tomem consciência que ao dar a cara por um partido e ao tomarem poder eles têm de se mostrar como um exemplo a seguir para que o povo acredite e confie nos seus próprios representantes e se sinta seguro na sua representação no estrangeiro. Um país que não confia nos seus políticos é um país em crise social, é um desastre e certamente o futuro da pátria avizinha-se negro. A abstenção é de facto um problema muito grave e é com tamanha seriedade que os governantes necessitam de encarar este problema. Caso contrário venham mais Salgueiros Maia para colocar o país no rumo correto.
"A sociedade tem o direito de pedir contas a todo o agente público pela sua administração" É um direito mas deve ser também assumido por cada cidadão como um dever. Só uma sociedade com uma opinião pública (o que é diferente de opinião publicada) e com cidadãos ativos pode obstar a certos tipos de corrupção. Ainda não chegámos à situação da França e de outros países europeus, onde a extrema-direita xenófoba e racista tem ocupado lugares em crescendo. Talvez porque ainda haja partidos com assento parlamentar e sindicatos organizados, mas poderemos lá chegar se a sociedade civil não atuar mais.
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