terça-feira, 9 de dezembro de 2008

Privatização das empresas portuguesas




Desde o final dos anos oitenta que o problema da privatização das empresas se faz forte na economia portuguesa.
A verdade, é que a privatização de (grandes) empresas como a EDP, a Portugal Telecom ou mesmo a Brisa tem feito com que a divida portuguesa tenha descido. Mas os números estão longe de ser como os anunciados, a desorganização portuguesa continua a ser a ordem do dia o que faz com que nada mude.
Há medida que as empresas são privatizadas, o estado recebe apenas o que foi acordado durante os anos estipulados, e depois a maior parte dos lucros(já que essas empresas, estão na sua maioria em mãos de estrangeiros) revertem para o estrangeiro, fazendo com que a Balança de Pagamentos(documento onde se registam as trocas de bens, serviços e capitais entre uma economia e o Resto do mundo) agrave ainda mais, sendo isso um obstaculo para o (já fraco) desenvolvimento do país.
As mentiras, da privatização das empresas, vão se acumulando cada vez mais, como o suposto facto dos preços baixaram e os salários aumentarem, mas será isso verdade?
Não, essa é uma das grandes mentiras da politica economica portuguesa, no caso da energia os valores aumentaram entre 1.1% e 17.8% e os salários portuguesas são 2,4 vezes menores do que a média do salário minimo da união europeia.
Um estudo, recentemente realizado, diz que o efeito no défice nos proximos dez anos se as empresas não tivessem sido privatizadas era muito positivo, mas claro, Portugal é um país de momentos,aproveita o dinheiro para gastar em por vezes em coisas (realmente)desnecessárias, como por exemplo os fundos dados a portugal nos mais de dez anos seguintes á sua entrada na UE, foram deitados fora, enquanto paises que tinham o indice de desenvolvimento inferior ao portugues já ultrapassaram todas as crises.
Voltando ao assunto da minha critica, eu penso não ser solução a privatização de empresas ainda para mais a grandes grupos economicos estrangeiros, pois assim o estado perde controlo politico-economico e Portugal deixa de contar com os lucros produzidos no seu proprio país, para passar a ver o seu proprio dinheiro a sair das fronteiras sem qualquer contra-partida.
Não podemos dizer que isto é injusto, porque não é. Portugal apenas é um país sem ideias fixas de verdadeiro investimento, compra com medo de comprar, enquanto outros países investem nas tecnologias ficando, então, sem dificuldades ou receios das suas compras.
Nunca ninguém, se perguntou realmente porque é que os chineses tomaram conta do nosso país? A resposta está dada...


"Não sei se não estaremos a exagerar. Além de privatizar empresas comerciais e industriais, estamos a privatizar serviços públicos que fazem parte da cultura do Estado social. O Estado não deve ser um empresário, mas há serviços públicos que devem continuar a ser da sua responsabilidade" Vital Moreira, professor universitário. Constitucionalista

3 comentários:

benjamim disse...

Ao contrário da minha amiga Rita eu tenho uma opnião que diverge um pouco da dela.
O estado português deve sim continuar a privatizar alguns serviços que detem, mas só serviços onde tenha prejuizo e que não implique directamente na vida social da população.
O estado português deve criar mais empresas vocacionadas para o lucro que criem postos de trabalho, mas reforço a ídeia estas empresas têem que lucrar, têem que ser um exemplo e sem dúvida têem que dinamizar a nossa economia que tão pouco cresce, podendo mesmo entrar em recessão técnica no próximo ano.

Tiago P. Nunes disse...

Concordo parcialmente contigo só algumas empresas deviam de ser privatizadas, as empresas que possuem de facto um poder elevado para a economia como a EDP, que controla todo o mercado eléctrico, nunca deveria ter sido privatizada, não sou radical ao ponto de dizer que devíamos de nacionalizar todas as grandes empresas que dessem lucro e deixar as outras (já que isso foi o que a URSS fez e pelos vistos não se deu bem). Concordo com as privatizações mas tenho que dizer que algumas levaram e levam o pais para uma crise que poderia ser evitada ou talvez atenuada se os políticos tivessem tomado as decisões certas.

João Simas disse...

Privatização ou estatização são opções políticas.
Gerir bem ou gerir mal pode acontecer em empresas públicas ou privadas. É matéria de discussão.
O pragmatismo pode também levar à nacionalização, como tem acontecido ultimamente em alguns países, entre os quais Portugal (vide BPN).