domingo, 14 de dezembro de 2008

A falta de cultura em Portugal

A falta de cultura em Portugal

A falta de cultura é uma das grandes lacunas do nosso país.
Infelizmente, hoje em dia, ainda há pessoas que não sabem ler nem escrever, pessoas que concluem apenas a 4ª classe e pessoas que até podem ter uma escolaridade mais elevada, mas que a sua cultura geral não abrange saber o primeiro Rei de Portugal, quanto mais os reis que se seguem, passa mais por saberem qual é o melhor jogador da selecção Portuguesa de futebol.
E a nossa sociedade é assim, por causa dos maus hábitos que as crianças adquirem desde pequenas.
Como é que as crianças de hoje em dia ocupam o seu tempo livre? Não é a ler um bom livro, que lhes dará cultura, desenvolverá a sua capacidade de leitura e de escrita. Não! As crianças ocupam o seu tempo a jogar computador, playstation, a ver televisão…!
A televisão até pode ser um meio educativo, através de documentários, programas culturais, notícias da actualidade. Mas não é esse tipo de programas que os jovens portugueses vêem, mas sim desenhos animados cheios de efeitos especiais em que o argumento é semelhante em quase todos eles e as cenas de violência também. Depois os pais queixam-se que os meninos são violentos.
Os meninos vão para a escola e são mal-educados para com os professores, se são repreendidos pelos professores, no dia seguinte ou no mesmo os pais estão na escola a queixarem-se porque o professore não tinha nada que repreender o menino.
E podia estar a citar milhares de exemplos que demonstram a falta de cultura, educação e disciplina dos Portugueses.
A sociedade faz o País.
Vemos o caso dos países nórdicos em que este tipo de situação é raro ou mesmo inexistente, e são países ricos, desenvolvidos e com cultura.
O problema maior de Portugal está essencialmente na cultura.
Enquanto a sociedade portuguesa se reger por maus hábitos o país não evolui.
Há que criar bons hábitos.

Maria Pinto


Texto informativo sobre o analfabetismo em portugal retirado de um site da internet como complemento ao texto por mim elaborado:

http://www.liberdade-educacao.org/doc_avaliacao/dezporcento.htm

“Dez em cada 100 portugueses são analfabetos e apenas um terço completou o 1.º ciclo do Ensino Básico. Os resultados do Censos 2001 revelam também que são as regiões do Sul do País que registam a maior taxa de analfabetismo.
Embora a taxa de analfabetismo tenha diminuído ligeiramente desde o último censos (1991), actualmente, 9 em cada 100 portugueses, com 10 anos ou mais, não sabem ler nem escrever, conforme os resultados definitivos do Censos 2001. O sexo feminino continua a ser o mais penalizado, enquanto que, a nível geográfico, os distritos do Sul do País são os que registam uma maior taxa de analfabetismo.Se em 1991, os números do analfabetismo em Portugal se fixavam nos 11%, passados dez anos, a percentagem baixou 1%. Apesar de registar uma melhoria, o Alentejo continua a ser a região com o maior número de pessoas sem saber ler e escrever (15,9%), seguido da Região Autónoma da Madeira (12,7%). Em 1991, 20 em cada 100 alentejanos não sabiam ler nem escrever, o mesmo acontecendo com 15 em cada 100 madeirenses.Pelo contrário, Lisboa é a região com menor taxa de analfabetismo (5,7%) e também aquela em que se verificou uma menor oscilação relativamente aos últimos censos.Tal como em 1991, as mulheres continuam a registar a maior taxa de analfabetismo em todas as regiões do País, com especial incidência no Alentejo, na Madeira e na Zona Centro. Há uma década, 7,7% dos homens residentes em Portugal não sabiam ler nem escrever, sendo que nas mulheres a taxa quase duplicava, fixando-se nos 14,1%. A proporção entre os sexos mantém-se no último recenseamento, ainda que os números tenham baixado: 6,3 % dos homens e 11,5% das mulheres são analfabetos. Um terço dos portugueses completaram o 1.º ciclo
Relativamente aos números da escolaridade, o Censos 2001 revela que pouco mais de um terço dos portugueses (37,8%) concluíram o 1.º ciclo do Ensino Básico e 18,8% terminou os 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico. Quanto ao Ensino Secundário, apenas 15 em cada 100 portugueses o completaram. Já no Ensino Superior, os dados do inquérito concluem que, em dez anos, Portugal duplicou a proporção da população com este nível de instrução.Assim, em 2001, 8,6% da população portuguesa com 21 anos ou mais tinham completado o Ensino Superior, contra apenas 4% em 1991.Treze em cada 100 portugueses com o Ensino Superior fez um curso na área do Comércio e Administração, 12,8% escolheram a Saúde, 12,1% frequentaram a área da Formação de Professores e de Ciências da Educação e 12% optou por Letras e Ciências Religiosas.O Censos 2001 conclui ainda que a maior parte das mulheres com Ensino Superior completou cursos na área da Formação de Professores e Ciências da Educação, dados que vêm confirmar a feminização da profissão de docente.As mulheres estão também em maior número nos cursos de Saúde, Letras e Ciências Religiosas, Artes, Ciências Sociais e de Comportamento, Jornalismo e Informação, Ciências da Vida, Ciências Físicas, Matemática e Estatística, Serviços Sociais e Protecção do Ambiente.”

2 comentários:

Anónimo disse...

Concordo com a opinião defendida pela Maria, de facto cada vez mais os jovens portugueses são ignorantes. É pena ser esta a realidade com que nos deparamos, no entanto, não nos podemos comparar só com os piores.
A taxa de alfabetização tem vindo a diminuir com o aumento da escolaridade obrigatória e talvez o valor que representa o número de portugueses analfabetos corresponde a pessoas de maior idade, e tendo em conta que a nossa população é envelhecida, justifica-se esse valor.
Quanto à falta de cultura nos jovens portugueses é verdade que cada vez mais a tendência não é chegar a casa e ler um bom livro, mas sim chegar a casa e ver programas televisivos não educacionais. Neste aspecto, culpo a educação que lhes é dada, as crianças tendem a seguir os exemplos dos pais.

João Simas disse...

Devemos distinguir cultura de instrução.
O nosso país entrou muito rapida e recentemente na sociedade de consumo sem ter ainda resolvido o problema do analfabetismo. Ao contrário de outros países, muitas famílias em Portugal passaram da transmissão oral da cultura para a era da televisão (e agora da informática, sem terem passado pelo livro.
Por outro lado há quem confunda democracia com ausência de regras, o que é o contrário do regime democrático que prevê o respeito pela lei.
Infelizmente aqueles que são educados sem respeito pelas leis nem pelos outros, vão mais tarde pagar por isso e o país em conjunto, por não se desenvolver como os que têm melhor educação.