quarta-feira, 10 de dezembro de 2008


No passado dia 3 de Dezembro os professores de todo o país realizaram mais um protesto contra as medidas do ministério da educação, desta vez em forma de greve.
Os principais motivos de descontentamento devem-se ao modelo de avaliação a que estão sujeitos, ao estatuto da carreira docente e a outros, de cariz menor.
Segundo fontes do Governo, a adesão à greve foi de 61% e que a paralisação obrigou ao fecho de 30% das escolas.
Em contraste, a Plataforma Sindical de Professores afirma que esta foi a maior paralisação de sempre no sector com uma adesão acima dos 94%, o que significa que 132 dos 140 mil professores aderiram ao protesto.
É altura para perguntar, afinal de que lado está a razão? Será possível estarem 132 mil pessoas erradas contra uma única certa? É que chegamos a um impasse e os professores já não recuarão a não ser que a Ministra suspenda o actual modelo de avaliação. Os professores só pedem dignidade e seriedade, o que este modelo não consegue pois permite que professores de áreas como línguas vão avaliar professores de matemática. Parece-me assim um pouco ou tanto injusto e com certeza não serei a única achar.
Nós alunos, também acabamos por levar por tabela. Ora se os professores são obrigados a fazer trabalho burocrático e se estão atulhados de papéis até ao pescoço, como é que arranjam tempo para preparar aulas e com que cabeça irão dar aulas? O cansaço é muito, o mau ambiente idem aspas, a desmotivação ainda maior e continuamos sem encontrar quem vá privilegiar destas medidas que, segundo a Senhora Ministra são para o bem de todos.
Resta-me assim mostrar a minha solidariedade para com os professores e esperar que os deixem fazer aquilo que eles mais gostam: ensinar-nos e formar-nos para, um dia mais tarde possamos ser o seu orgulho!

1 comentário:

João Simas disse...

Por ser professor não vou adiantar muito.
Mas os problemas do ensino afectam toda a sociedade.
É ou não importante investir no ensino e nos seus profissionais? Pode quer mudar-se tudo em pouco espaço de tempo.
Convinha ver também dados estatísticos comparativos. Por exemplo, dados da OCDE, em "Education at a glance" : http://www.estatisticas.gpeari.mctes.pt/archive/doc/41262163.pdf