Comecemos então por analisar a população portuguesa…. Nos
últimos anos houve um aumento da população idosa, devido ao aumento da
esperança de vida e da diminuição da taxa de natalidade, e ainda devido a
emigração dos jovens (Portugal é, no contexto europeu, o país com maior
emigração). Todos estes factores, consequentemente, influenciam o comportamento
da população.
Numa recente notícia do jornal
Diário de Notícias foi referenciado que, quase metade dos estudantes
universitários acreditam que quando chegar a altura de estes irem trabalhar,
estarão fora de Portugal.
No ano passado, 128 mil pessoas deixaram o país: cerca de 54 mil saíram com a
intenção de ficar pelo menos um ano e 74 mil por menos tempo do que isso.
Dentre os que saíram permanentemente, metade eram jovens.
Porque será que os jovens que frequentam o Ensino Superior
depositam, em grande percentagem, a confiança em relação ao seu futuro profissional
no Estrangeiro? Porque os dados estatísticos divulgados nos Media são, evidentemente, pouco
animadores.
O desemprego jovem em Portugal, em Setembro desceu
ligeiramente dos 35,6% para 35,2%. Há um ano atrás, o desemprego atingia 36,3%
dos jovens portugueses até aos 25 anos. Apesar desta ligeira descida, pode
considerar-se sortudo o recém-licenciado que encontra emprego na sua área de
formação com alguma facilidade.
Assim, a redução da população jovem tem um grande peso para
o país a todos os níveis, nomeadamente a nível demográfico. Ou seja, segundo a
ordem natural da vida, quando um jovem garante um emprego estável com um
salário fixo, tenciona organizar a sua vida a nível pessoal. Mas, na realidade,
em Portugal, existem cada vez mais jovens que têm a sua vida pessoal um tanto
ou quanto confusa. Refiro-me com isto ao Casamento. Os dados apontam para uma
diminuição do número de casamentos por ano no nosso País. Claro que se a vida
pessoal se encontra um pouco confusa e pouco sustentável para nós próprios,
muito menos estará estável para criar uma família. Em 2005 nasciam em
média 300 bebés por dia, na actualidade nascem apenas 227, perfazendo um total
anual de 82 787 bebés (INE).
E surpreende-nos o facto de a nossa população estar
envelhecida porquê? Tudo isto está interligado, e a diminuição da população
activa e produtiva traz consequências para o País também a nível económico, e a
origem do problema está na maioria das entidades patronais que ora procuram “mão-de-obra”
barata, como os recém-licenciados, como pessoal com experiência profissional.
Acredito que, se a situação não
mudar radicalmente, para além de termos uma população envelhecida, teremos
também uma diminuição da população nacional.
1 comentário:
Os portugueses têm que ser mais exigentes e com maior formação.
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