quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Presidenciais?? Para quê?...


Como todos sabem, ou deveriam saber, as eleições presidenciais portuguesas realizar-se-ão no dia 23 de Janeiro de 2011, com os candidatos Aníbal Cavaco, Fernando Nobre, Defensor Moura, Francisco Lopes, Manuel Alegre e José Pinto Coelho. As últimas sondagens efectuadas dão a vitória à primeira volta, ou seja, com maioria absoluta, ao candidato e actual Presidente da República Portuguesa, Cavaco Silva.


Actualmente, os meios de comunicação estão repletos de notícias e informação sobre as presidenciais, especulando sobre quem irá ganhar e o que isso trará ao país de melhor, ou pelo contrário. Para além disso vimos a televisão tomada de assalto pelas próprias campanhas dos candidatos, pelos seus tempos de antena, entrevistas, debates, visitas, comícios… Após isto, quais são os benefícios para a população portuguesa que está no meio de uma crise económica e possivelmente política? É tudo esta ostentação que lhes vai arranjar trabalho, que lhes vai dar dinheiro para alimentar a família? Eu penso que não – e acho que não sou o único -, mas mesmo assim gastam-se mais de 5 milhões de Euros em campanha, no conjunto.


Portanto, o mais provável é a população em geral encontrar-se em maiores dilemas do que quem será o próximo Presidente da República. Eu não posso sentir-me indiferente com este assunto porque realmente para o que é que se está a votar? Para um “prestigiado” fantoche? Para uma figura meramente representativa, cujos poderes são reduzidos e controlados? Para uma mascote do parlamente com uma trela? Sinceramente não sei. Por dizer isto não significa que seja a favor da supressão do cargo de Presidente da República, até pelo contrário, defendo uma reforma aos estatutos e poderes do Presidente da República, para que este seja mais que uma figura de ostensão nacional.


Acredito que num regime semi-presidencialista é onde os poderes constituintes de uma nação se encontram mais equilibrados e onde não existem cargos “fantasma” ou excessivamente subordinados.




Resumindo:


Presidenciais?? Para quê?





Aqui podem confirmar as restrições que o Presidente tem:


http://pt.wikipedia.org/wiki/Presidente_da_Rep%C3%BAblica_Portuguesa

3 comentários:

Carolina disse...

Tiago gostei do teu texto, mas devo dizer-te que, após ter lido o discurso presente na página online de Cavaco Silva, este disse no mesmo ter gasto metade do orçamento permito por lei, na sua campanha eleitoral (se reparares não vês um único cartaz dele espalhado por Portugal, ao contrário dos outros candidatos).

António disse...

Tiago, também gostei do teu texto e acho que apelas a uma coisa muito importante que é o facto de as campanhas eleitorais distraírem as populações daquilo que realmente importa. Na minha opinião quando se vota nestas eleições, há que ver o que é que cada candidato poderia realizar, em sentido prático, quando chegar ao poder. Na minha opinião, o Professor Cavaco Silva já lá esteve alguns anos e teve inúmeras responsabilidades nas políticas tomadas e no estado a que as contas públicas chegaram. Lembro que as leias passam pelas suas mãos antes de saírem em Diário da República. Manuel Alegre, GARANTE nos seus cartazes, o Estado Social. Não vejo como, se o seu próprio partido aplica agora as medidas de austeridade que o PSD disse que deviam ser tomadas anteriormente, (antes das eleições legislativas). Esta é a minha opinião quanto a estes dois candidatos que se dizem os principais concorrentes.

Tiago disse...

Eu percebo o vosso ponto de vista. eu com este texto não quero apoiar nenhum candidato, só quero uma alteração aos poderes que o Presidente da República tem, ganhe quem ganhar.
Cavaco Silva só aparece no link por ser o actual Presidente, não por eu o apoiar.
Também acho que nenhum dos candidatos actuais esteja isento de culpas, quer seja por culpa própria ou pelo seu partido; eu acho que já é mais do que altura que Portugal tenha uns governantes capazes de fazer o seu trabalho em condições, mas também tenho a noção que no plano actual de politicos em actividade as opções que temos são poucas ou nenhumas.