terça-feira, 25 de janeiro de 2011

Francisco Lopes.

Acerca das eleições de dia 23 de Janeiro, não consigo esconder o meu descontentamento que se deve primeiro, à reeleição do Prof. Cavaco Silva, segundo, à enorme abstinência, e terceiro, às gravíssimas falhas técnicas que impediram algumas pessoas de exercer o seu direito de sufrágio.
Tendo em conta as funções que o Presidente da República deve desempenhar, funções que não vou voltar a referir pois já foram aqui ditas, os candidatos que mais me agradaram foram Francisco Lopes e Fernando Nobre.


Destes dois candidatos, saliento ainda a minha preferência para com o candidato Francisco Lopes, que me pareceu ser bastante coerente nos seus discursos, e acima disso, parece-me ser um cidadão com um percurso de vida honesto.


Apoiado pelo Partido Comunista Português, natural de Vinhó no concelho de Arganil, Francisco José Almeida Lopes nasceu em 1955, é electricista (tem o curso industrial de montador electricista) e é funcionário do PCP.


Segundo o Website http://www.franciscolopes.pt/:


- Participou na actividade associativa do movimento estudantil no Instituto Industrial de Lisboa (actual ISEL) nos anos lectivos de 72/73 e 73/74.
- Activista do Movimento Democrático, no plano estudantil e na base de Moscavide, participou no III Congresso da Oposição Democrática em Aveiro, no Encontro da CDE em Santa Cruz e na acção política eleitoral de Outubro de 1973.
- Foi membro da União dos Estudantes Comunistas (UEC) em 1973 e 1974 e é membro do PCP desde 1974.
- Trabalhou na Applied Magnetics, onde foi membro da Comissão de Trabalhadores e da célula do PCP da empresa. Participou na acção sindical no âmbito do Sindicato dos Electricistas do Distrito de Lisboa.
- Membro do Comité Central do PCP desde o IX Congresso (1979).
- Eleito membro suplente do Secretariado do Comité Central do PCP no XII Congresso (1988).
- Membro da Comissão Política e do Secretariado do Comité Central desde o XIII Congresso (1990), responsável pela Área do Movimento Operário, Sindical e das Questões Laborais e pelas Questões da Organização Partidária.

Francisco Lopes tinha como objectivos com a sua candidatura a Presidente da República reavivar os ideais de “liberdade, de igualdade e justiça social, de fraternidade, de participação política e soberania nacional”, declaração que o próprio fez no dia 10 de Setembro de 2010 na apresentação da declaração de candidatura.*


O Candidato afirma no mesmo discurso que é necessária “uma profunda ruptura e uma efectiva mudança em relação às orientações políticas seguidas nas últimas décadas”, ou seja, defende que é necessário que o país comece a revezar a ideologia de direita que se encontra altamente viciada. Aspecto com o qual concordo plenamente, sendo uma das razões que faz deste Candidato o meu preferido.


Francisco Lopes realça ainda que é extremamente importante que o Presidente da República interfira de forma “inequívoca na concretização do compromisso que assume de «defender, cumprir e fazer cumprir a Constituição da República Portuguesa».” Assim, é imprescindível que o Presidente use os seus poderes para “determinar a mudança, para influenciar um rumo de desenvolvimento, justiça e progresso social para Portugal.” Estes aspectos referidos são indispensáveis ao desempenho deste cargo de tão elevado prestígio.


O candidato comunista salienta ainda, como seria de esperar, o problema proveniente das classes dominantes que afundam cada vez mais o país, através do excessivo capitalismo que causa dificuldades aos que menos capacidades têm para as reparar. Os problemas salientados por F.Lopes são: o “corte no investimento público, privatizações, desagregação da Administração Pública, ataque ao Serviço Nacional de Saúde e à escola pública, congelamento e redução de salários e pensões, corte no subsídio de desemprego e em outras prestações sociais, desemprego, precariedade, violação de direitos, maiores lucros para o capital monopolista (…)” entre outros.


Concluindo esta minha reflexão, deixo bem assente que o candidato Francisco Lopes teria sido a minha escolha caso pudesse exercer o meu voto; mas, visto que tal ainda não é possível, ficou aqui explícita a minha preferência, bem como os motivos que me conduziram à mesma. É um Candidato exemplar, virtuoso, íntegro; que tem noção das funções que o Presidente da República, e que provavelmente poderia de facto fazer a diferença ao ser eleito.

* Todas as referências feitas entre aspas, são palavras do próprio candidato Francisco Lopes.






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