terça-feira, 18 de janeiro de 2011

CAVACO SILVA - Candidato à Presidência da República

Aníbal António Cavaco Silva (Boliqueime, Loulé, 15 de Julho de 1939) é um economista e político português e, desde 2006, o décimo nono Presidente da República Portuguesa. Partido: PSD (Partido Social Democrata). Centro Direita.

Único líder partidário a conquistar duas maiorias absolutas consecutivas, o que o tornou no Primeiro-Ministro português que mais tempo permaneceu em funções em democracia (1985-1995), Cavaco Silva deixou, nos seus mandatos como governante, uma marca de determinação e firmeza na aplicação de um vasto conjunto de reformas estruturais, que promoveram a democratização e a liberalização da sociedade e da economia portuguesas. Como Primeiro-Ministro, tem o seu nome associado ao período da mais duradoura estabilidade política registado em Portugal nas últimas décadas e a um ciclo de grandes transformações económicas e sociais e de modernização do País.

Primeiro filho de Teodoro Gonçalves da Silva e de Maria do Nascimento Cavaco, cresceu em Boliqueime, onde o pai se dedicava à exploração de frutos secos e ao comércio de combustíveis. Em Faro fez o Ciclo Preparatório, na Escola Técnica Elementar Serpa Pinto e depois o Curso Geral do Comércio, na Escola Comercial e Industrial de Faro, após o qual, em 1956, veio para Lisboa, onde completou o Curso de Contabilidade do Instituto Comercial de Lisboa (actual ISCAL), em 1959. Em paralelo, frequentou as disciplinas exigidas para admissão ao Instituto Superior de Ciências Económicas e Financeiras (actual ISEG). A meio do curso seria chamado a cumprir o Serviço Militar Obrigatório, tendo feito a recruta na Escola Prática de Cavalaria de Santarém, e sido colocado como aspirante miliciano na Repartição de Contabilidade dos Pupilos do Exército. Em 1963, depois de casar com Maria Alves da Silva, foi enviado para Moçambique, até 1965. Em 1964 terminou a licenciatura em Finanças, com a mais alta classificação do seu ano.

A experiência política deste candidato é imensa!
Com a vitória da Aliança Democrática, foi convidado a exercer funções como Ministro das Finanças e Plano (1980-1981) do VI Governo Constitucional. Em Fevereiro de 1981 é eleito, pela Assembleia da República, presidente do Conselho Nacional do Plano (órgão que antecedeu o Conselho Económico e Social), e que dava pareceres sobre as Grandes Opções do Plano.
Militante do Partido Social Democrata desde a sua fundação, vai ao VIII Congresso onde encabeça uma lista candidata ao Conselho Nacional. No mesmo ano é eleito presidente da Assembleia Distrital da Área Metropolitana de Lisboa do PSD.
Na Primavera de 1985 é nomeado membro da Comissão Instaladora do Centro Regional do Porto da Universidade Católica Portuguesa, pouco antes da política lhe ditar o afastamento do ensino (na Universidade Nova de Lisboa e na Universidade Católica Portuguesa), por uma década.
Depois da demissão de Carlos Mota Pinto em 1985 (dos cargos de Vice-Primeiro-Ministro e presidente do PSD) é convocado um Congresso Nacional no Casino da Figueira da Foz. Inesperadamente, Mota Pinto morre, vítima de um ataque cardíaco, e o congresso parece disputar-se entre João Salgueiro e Rui Machete. Porém, contra às previsões, é Cavaco Silva quem acaba eleito líder do partido. O falhanço das negociações com o Partido Socialista levam à rotura do Bloco Central, que havia sido constituído em 1983. Como consequência, Ramalho Eanes dissolve o Parlamento. Nas eleições legislativas de 1985, que se seguiram, o PSD obtém o melhor resultado de sempre (29,8% dos votos) dando início a um governo minoritário (o X Governo, chefiado por Cavaco Silva).
Nas eleições de Julho de 1987 os portugueses atribuem a primeira maioria absoluta a uma força política não coligada (com 50,2% dos votos para o PSD), que se havia de repetir nas eleições legislativas de 1991. Dessas vitórias resultaram, respectivamente, a constituição dos XI e XII Governos Constitucionais, apostados em conduzir reformas estruturais conducentes à economia social de mercado. Nesses anos fez-se uma reforma fiscal, que introduziu o IRS e o IRC, privatizaram-se empresas públicas, reformaram-se as leis laborais e agrárias e liberalizou-se a comunicação social, de que resultou a abertura da televisão à iniciativa privada e mais liberdade de informação. O país conheceu um crescimento económico apreciável, acima da média europeia, o que fez subir a popularidade de Cavaco Silva. A par de profundas melhorias na rede viária nacional, com vista a melhorar a coesão territorial do país, reabilitou-se de boa parte do património cultural público e deu-se o impulso a seis novos projectos: a renovação urbana em Lisboa Oriental e a organização da Expo 98, a construção da Ponte Vasco da Gama, a introdução do caminho de ferro na Ponte 25 de Abril, a construção da Barragem do Alqueva, a introdução do gás natural e a projecção do novo Aeroporto da Madeira.
No que diz respeito aos Caminhos de Ferro, em 1988, é aprovado o “Plano de Modernização dos Caminhos de Ferro 1988-94”, que aposta quase que exclusivamente nos sistemas ferroviários das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto e também nos principais eixos de longo curso, sobretudo no eixo Braga – Faro. É inaugurada a nova travessia ferroviária do Douro pela Ponte de S. João e aprovado em concelho de ministros o atravessamento ferroviário na ponte 25 de Abril.
Tendo-se afastado da vida política activa entre 1995 e 2005, período durante o qual retomou a sua actividade académica, Aníbal Cavaco Silva manteve, todavia, uma marcante participação cívica, nomeadamente através de intervenções pontuais sobre questões nacionais e internacionais, caracterizadas por elevados padrões de rigor, exigência e credibilidade, que
sempre constituíram marca da sua actuação pública, enquanto académico e como homem político.
Aníbal Cavaco Silva tomou posse como Presidente da República Portuguesa em 9 de Março de 2006. Fora eleito, à primeira volta, no escrutínio presidencial de 22 de Janeiro desse ano, ao qual se apresentou com uma candidatura pessoal e independente.
Considerando que os desafios que Portugal já então enfrentava exigiam uma magistratura presidencial que favorecesse consensos alargados em torno da realização de importantes objectivos nacionais, o Prof. Aníbal Cavaco Silva empenhou-se, desde o início do seu mandato, em contribuir para a criação de um clima de estabilidade política e de cooperação estratégica entre os vários poderes.

As posições políticas adoptadas por Cavaco acerca de ideias como por exemplo a abstenção; as vulnerabilidades sociais; instituições de solidariedade social bem como a força solidária e acção social; freguesias e proximidades; os laços familiares; e também o mundo rural, estão para consulta: http://cavacosilva.pt/?categoryId=170 .

A campanha deste candidato (que é apoiado pelo PSD e CDS-PP), incide essencialmente sobre a Inclusão Social, o Ambiente, os Jovens e a Educação.

Jovens: A minha candidatura será um espaço onde os jovens podem fazer ouvir a sua voz. Os jovens são a força da mudança. Os jovens são os artífices do futuro melhor que nós queremos construir. A minha mandatária para a juventude, a Maestrina Joana Carneiro, é bem um exemplo daquilo que podem fazer os nossos jovens. Congratulo-me com a decisão da JSD de apoiar a minha candidatura. Como já afirmei, aqueles que decidirem apoiar-me sabem com o que podem contar.
Educação: Tenho-me empenhado em chamar a atenção para o papel decisivo da educação das crianças e jovens na construção do futuro que desejamos para Portugal. Temos muito a fazer para reduzir o atraso de qualificação dos nossos jovens, em comparação com a maioria dos países da União Europeia.
Inclusão Social: Vivemos tempos muito duros que poderemos enfrentar se soubermos ser solidários com os que mais sofrem e se soubermos aproveitar as capacidades e os talentos dos que podem produzir e inovar. Todos são precisos, todas as classes sociais, todas as profissões, todos os que com o seu trabalho contribuem para a riqueza do País. A coesão nacional tem de ser também coesão social. Desde a primeira hora do meu mandato, tenho dado todo o apoio às instituições de solidariedade e aos grupos de voluntariado, tenho sublinhado a importância de dar voz àqueles que a não têm, de incluir os excluídos, de atender às necessidades básicas dos que mais precisam. Um país é feito de pessoas. Por isso, é nos Portugueses, em todos eles, que têm de se concentrar as prioridades da agenda social e política verdadeiramente orientada pelos valores da justiça e da coesão.
Ambiente: A sociedade civil possui uma consciência cada vez mais enraizada sobre a necessidade de preservar o ambiente, como o demonstrou a notável campanha “Limpar Portugal”, que reuniu cerca de 100.000 voluntários em defesa de uma das nossas maiores riquezas, a floresta. Os Portugueses anseiam por limpar Portugal, aspiram a um País mais são, mais limpo, não querem viver numa atmosfera carregada e irrespirável, numa paisagem cercada de lixo e desperdício.”


O Discurso de Apresentação de Cavaco Silva transmite uma grande mensagem de esperança, com uma linguagem bastante acessível, e de frases curtas e objectivas; ( http://cavacosilva.pt/?categoryId=151 ) e esclarece a sua posição política em relação aos temas que falei anteriormente.

Remeto-vos também para um outro documento, que vem confirmar as características que enumerei relativamente à linguagem de Cavaco e à mensagem que este transmite. É “O Manifesto”. http://cavacosilva.pt/?categoryId=519 (podem fazer download da versaõ em PDF)

Esta pesquisa que fiz acerca dos candidatos presidenciais, ajudou-me a formar uma melhor opinião. E, na minha opinião, este é o candidato que melhor relaciona o seu programa com as reais funções de um Presidente da República. Tem uma grande experiência política, e é “gostado” pela maioria dos portugueses!

(para esta publicação, utilizei e trancrevi excertos de páginas do site http://cavacosilva.pt e da wikipédia)

Filipa Sobral

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