17/10/2008
Apesar do forte crescimento da economia mundial ter produzido milhões de empregos desde os anos 90, a desigualdade de salários aumentou de maneira dramática na maioria das regiões do mundo - e deve continuar a crescer no actual quadro de crise.
É a conclusão do novo relatório publicado esta quinta-feira pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Intitulado "Relatório sobre o trabalho no mundo 2008: desigualdade salarial na era das finanças globais", o estudo assinala, além disso, que uma parte importante dos custos da crise financeira e económica recairá sobre centenas de milhões de pessoas que não beneficiaram do crescimento ocorrido nos últimos anos.
"O relatório mostra de maneira clara que a diferença entre famílias ricas e pobres aumentou desde 1990", disse Raymond Torres, director do Instituto e responsável pelo estudo. "Isto reflecte o impacto da globalização financeira e a escassa habilidade das políticas domésticas para melhorar os rendimentos da classe média e dos grupos de salários baixos. A actual crise financeira piorará a situação, a menos que se adoptem reformas estruturais de longo prazo".
O relatório é pragmático: assinala que, embora certo grau de diferença salarial contribua para premiar o empenho no trabalho, o talento ou a inovação, o mesmo pode ser contraproducente e prejudicial para a maioria das economia quando é muito grande. "Quando o aumento na desigualdade de vencimentos é excessivo, representa perigo para o tecido social, assim como para a eficiência económica". E vai mais longe: "A actual desaceleração da economia mundial afecta de maneira desproporcional os mais pobres".
Segundo o relatório, este fosso traz problemas laterais associados, que se traduzirão em taxas de delinquência mais altas, menor expectativa de vida e, no caso dos países pobres, má nutrição e um aumento na probabilidade de abandono escolar e trabalho infantil.
"Em muitos países existe já uma percepção generalizada de que a globalização não actua em benefício da maioria da população", diz o relatório. "Portanto, o desafio político é garantir incentivos apropriados para trabalhar, aprender e mudar e, ao mesmo tempo, evitar desigualdades salariais que são socialmente danosas e economicamente ineficientes".
Refletindo sobre o em assunto
e ponderando os seus pós e contras, considero que com os efeitos da
globalização no mundo a sociedade está cada vez mais restringida e submetida ao
que uma minoria de aglomerações económicas e políticas opinam sobre a forma “ideal”de
governar, mas muitas vezes apenas beneficiando alguns dos que têm mais posses,
refiro-me aos países subdesenvolvidos, fomentando a desigualdade e indo de
encontro a opções de regimes totalitários em que uns têm capacidades para
governar e outros apenas para serem governados e obedecerem ao que lhe é
imposto por não terem um ponto de fuga para recusarem a situação devido à falta
de meios económicos. Porque na minha opinião o mundo cada vez mais se está a
guiar pela “lei do mais forte”, e o poder da palavra cada vez menos se faz
ouvir. Outro aspeto que considero relevante refletir é pelo facto de notar que
com a mundialização dos costumes e culturas, no futuro, as pessoas tendem a
começar a deixar de ter “identidade própria”, a não investirem na sua
capacidade imaginativa e de terem um pensamento próprio acerca dos
variadíssimos temas ou problemas, ou seja, não investem no seu sentido critico
e assim facilmente se “deixam levar” por quem tiver as intenções de os
controlar, persuadir ou enganar. Por exemplo a camada jovem da sociedade tende
a vestir a roupa x ou y porque todos os amigos usam, ou a fazer as mesmas
atividades de tempo livre apenas por imitação do que vigora como “moda”.O caso
da sociedade estar dependente das tecnologias também me causa preocupação
porque cada vez mais parece estar a formar-se cidadãos “escravos” de meios tecnológicos
como se fossem uma necessidade básica inerente à sobrevivência como beber água
ou dormir, podendo provocar assim graves problemas de saúde como o
sedentarismo, depressões causadas por longos períodos de solidão, falta de
descanso, posições impróprias do corpo como por exemplo causar hipercifose
dorsal e cervical — aumento da curvatura da coluna nessas regiões, dores de
cabeça, irritação nos olhos, ou até mesmo segundo algumas teorias cancro provocado
pelos telemóveis que emitem energia de radiofrequência (ondas de rádio), uma
forma de radiação eletromagnética. Tal como a competitividade entre as potências,
causa uma excessiva rivalidade causando distúrbios de obsessão levando a
guerras severas entre povos e assim sucessivamente, levando a um futuro em que
o assassinato esteja cada vez mais presente e comece quase a ser encarado como
se fosse um ato banal e comum.
Nesta perspetiva, acho que
globalização precisa de ser bem administrada para que possamos aproveitar os
seus benefícios e amenizar os seus malefícios. Seria importante no futuro poder
construir, na sociedade civil, uma consciência dos riscos e potencialidades que
os processos de globalização podem trazer para o conjunto dos cidadãos e para
cada um dos grupos sociais em particular, para que os cidadãos que geralmente não
têm voz sejam capazes de reivindicar por uma governação melhor e mais justa e
contribuir ativamente na condução do curso da globalização.
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