quinta-feira, 30 de abril de 2015

"Menina de 12 anos violada pelo padrasto vai poder abortar"

Durante esta semana saiu uma noticia que me deixou um pouco chocada, confesso. Um padrasto violava uma menina, com doze anos, à cerca de 2 anos (começando a sofrer abusos desde os 10 anos). A criança estava institucionalizada, no entanto foi passar uns dias a casa com autorização do tribunal e durante esses dias, aconteciam diariamente os abusos sexuais por parte do padrasto, à criança. O próprio admitiu o crime, no primeiro interrogatório, disse que tinham relações quase todos os dias e mostrou-se feliz por saber que estava à espera de um filho, disposto a assumir a paternidade. E para piorar isto tudo, estes atos aconteciam com a mãe da criança, em casa.
Admito também que tenho que me conter nas palavras que poderei utilizar neste post, no entanto tenho a certeza que algo não está bem. Como é que uma mãe, não repara no que se esta a passar em casa? E na instituição? A criança voltou depois para a instituição e havendo lá psicologos, proprios para saber como correram as coisas nos poucos dias que tiveram em casa dos pais, não detetaram nada? E como é que esta criança, que já não é nenhuma criança, sem ser de corpo, se estará a sentir? Provavelmente, uma parte dela está aliviada, porque finalmente acabaram estes atos bárbaros sobre ela, mas por outro lado, deve-se sentir mal e a pensar porque é que lhe aconteceu a ela(?).
De acordo com outra informação, a criança já está a ser seguida por psicologos e se a mãe autorizar, ela poderá fazer o aborto. Será que a mãe aqui, deveria ter poder de opinião? Já que vivia na mesma casa, que um homem que fazia maldades à sua filha, e ela nem dava conta?

"De acordo com a Lei 16/2007, a interrupção voluntária da gravidez é legal em Portugal desde:


  • Constitua o único meio de remover perigo de morte ou de grave e irreversível lesão para o corpo ou para a saúde física ou psíquica da mulher grávida;
  • Se mostre indicado para evitar perigo de morte ou de grave e duradoura lesão para o corpo ou para a saúde física ou psíquica da mulher grávida, e seja realizada nas primeiras 12 semanas (3 meses) de gravidez;
  • Haja seguros motivos para prever que o nascituro venha a sofrer, de forma incurável, de grave doença ou malformação congénita, e for realizada nas primeiras 24 semanas (6 meses) de gravidez, excepcionando-se as situações de fetos inviáveis, caso em que a interrupção poderá ser praticada a todo o tempo;
  • A gravidez tenha resultado de crime contra a liberdade e autodeterminação sexual e a interrupção for realizada nas primeiras 16 semanas (4 meses) de gravidez;
  • Por opção da mulher, nas primeiras 10 (2 meses e 2 semanas) semanas de gravidez." in.apf

Conforme o que diz a lei, só até aos 4 meses, é que se pode interromper a gravidez em casos como, o de esta menina mas no entanto, se não por em causa a saúde e a vida dela, concordo completamente na excepção que o hospital esta a abrir, para a rapariga fazer o aborto. Primeiro porque foi violada, segundo porque o psicológico dela deve estar um caos e terceiro, com 12 anos não tem capacidade de sustentar e criar um filho sozinha. Que se faça justiça e metam esse homem atrás das grades, com a pena máxima de 25 anos. 

Os danos físicos passam, mas os danos psicológicos permanecem até ao fim da vida. 

Fontes:
  • http://www.noticiasaominuto.com/pais/383408/menina-de-12-anos-violada-pelo-padrasto-vai-interromper-gravidez
  • http://observador.pt/2015/04/30/menina-de-12-anos-violada-pelo-padrasto-vai-poder-abortar/
  • http://www.apf.pt/?area=001&mid=004&sid=006

Até quando?

 O Parlamento Europeu aprovou um novo mecanismo único de supervisão bancária que a partir de setembro de 2015 pretenderá abranger 150 dos maiores bancos europeus. O pacote legislativo de reformas, aprovado em 2013 pretendia atribuir as condições necessárias, para a supervisão ao organismo que é o Banco Central Europeu, com a alteração do regulamento, dotando assim esta instituição com mais poder de regulação, com vista a um maior controlo, a uma maior eficiência e mais democrático no papel que compete ao supervisor. Este passo histórico foi, realmente dado, tendo em conta o sonho de tornar a Europa una, como nas palavras de Durão Barroso: “Uma mais profunda união económica e monetária.” O que nos leva a questionar cada supervisão nacional...

No caso português, o Banco de Portugal é a entidade reguladora bancária, exercendo uma supervisão vertical e a CMVM (Comissão do Mercado de Valores Mobiliários) nos âmbitos bancário e financeiro respetivamente. Foi ontem votado o relatório final da comissão de inquérito ao caso BES, anteriormente foi o caso BPN e BPP, estes colapsos financeiros que são danosos para a eficiência do sistema financeiro português, com uma opinião unânime, que a supervisão bancária poderia ter sido mais eficiente na resposta e no tempo de resposta, o que acaba por ser uma verdade, verificando a cronologia dos factos...
 No relatório que a Assembleia da República apresentou sobre o BPN (1ªcomissão) um dos pontos fulcrais das conclusões era o reforço da supervisão em termos de enforcement e torná-lo pró - ativo na identificação de problemas e respetivas soluções. Visto que o problema, que levou à opinião pública, o conhecimento das irregularidades muito anteriores, à data do conhecimento substancial dos números reais, são provas que a supervisão não foi realmente bem conseguida, com uma falta de fiscalização real das contas e fundos, assim como nos pedidos de auditorias, é mais evidente no caso BPN, porém no caso BES, temos o problema principal da resposta tardia, devido a uma falta de comunicação entre supervisores, acabando por ser ineficaz, contribuindo para a perda dos fundos de milhares de cidadãos que acabam por confiar nas instituições bancárias, que acabam por lhe prometer fidelidade, sobretudo não graças à sua crença, mas sim a uma gestão danosa, à qual os limites não responderam de forma adequada aos problemas.

 O caso supracitado, o caso BES, que acaba por ser um tema que ainda é “cedo” para se retirarem conclusões definitivas, ou opiniões bem fundamentadas ou argumentadas, é já evidente que a má fiscalização e uma resposta ineficaz continuam a prejudicar o bolso dos contribuintes. Mas e é importante referir que é de louvar que se tornou mais minuciosa que a supervisão e fiscalização que vigorava em 2008 quando o BPN e o BPP colapsaram, porém acabou por não ser mais pró – activo...


 Será que quando este projeto entrar, verdadeiramente em vigor, nos bancos portugueses é a melhor solução? Porque quem acaba por ser prejudicado, sempre com qualquer gestão ruinosa das contas públicas a quem confiámos, o nosso dinheiro ou voto, seremos nós, na pessoa de cada um que é o aglomerado povo.
Raquel Cetra e Mariana Morgadinho

quarta-feira, 29 de abril de 2015

"Globalização prejudica a maioria da população"

17/10/2008

Apesar do forte crescimento da economia mundial ter produzido milhões de empregos desde os anos 90, a desigualdade de salários aumentou de maneira dramática na maioria das regiões do mundo - e deve continuar a crescer no actual quadro de crise.
 
É a conclusão do novo relatório publicado esta quinta-feira pela Organização Internacional do Trabalho (OIT). Intitulado "Relatório sobre o trabalho no mundo 2008: desigualdade salarial na era das finanças globais", o estudo assinala, além disso, que uma parte importante dos custos da crise financeira e económica recairá sobre centenas de milhões de pessoas que não beneficiaram do crescimento ocorrido nos últimos anos.
"O relatório mostra de maneira clara que a diferença entre famílias ricas e pobres aumentou desde 1990", disse Raymond Torres, director do Instituto e responsável pelo estudo. "Isto reflecte o impacto da globalização financeira e a escassa habilidade das políticas domésticas para melhorar os rendimentos da classe média e dos grupos de salários baixos. A actual crise financeira piorará a situação, a menos que se adoptem reformas estruturais de longo prazo".
O relatório é pragmático: assinala que, embora certo grau de diferença salarial contribua para premiar o empenho no trabalho, o talento ou a inovação, o mesmo pode ser contraproducente e prejudicial para a maioria das economia quando é muito grande. "Quando o aumento na desigualdade de vencimentos é excessivo, representa perigo para o tecido social, assim como para a eficiência económica". E vai mais longe: "A actual desaceleração da economia mundial afecta de maneira desproporcional os mais pobres".
Segundo o relatório, este fosso traz problemas laterais associados, que se traduzirão em taxas de delinquência mais altas, menor expectativa de vida e, no caso dos países pobres, má nutrição e um aumento na probabilidade de abandono escolar e trabalho infantil.
"Em muitos países existe já uma percepção generalizada de que a globalização não actua em benefício da maioria da população", diz o relatório. "Portanto, o desafio político é garantir incentivos apropriados para trabalhar, aprender e mudar e, ao mesmo tempo, evitar desigualdades salariais que são socialmente danosas e economicamente ineficientes".

Refletindo sobre o em assunto e ponderando os seus pós e contras, considero que com os efeitos da globalização no mundo a sociedade está cada vez mais restringida e submetida ao que uma minoria de aglomerações económicas e políticas opinam sobre a forma “ideal”de governar, mas muitas vezes apenas beneficiando alguns dos que têm mais posses, refiro-me aos países subdesenvolvidos, fomentando a desigualdade e indo de encontro a opções de regimes totalitários em que uns têm capacidades para governar e outros apenas para serem governados e obedecerem ao que lhe é imposto por não terem um ponto de fuga para recusarem a situação devido à falta de meios económicos. Porque na minha opinião o mundo cada vez mais se está a guiar pela “lei do mais forte”, e o poder da palavra cada vez menos se faz ouvir. Outro aspeto que considero relevante refletir é pelo facto de notar que com a mundialização dos costumes e culturas, no futuro, as pessoas tendem a começar a deixar de ter “identidade própria”, a não investirem na sua capacidade imaginativa e de terem um pensamento próprio acerca dos variadíssimos temas ou problemas, ou seja, não investem no seu sentido critico e assim facilmente se “deixam levar” por quem tiver as intenções de os controlar, persuadir ou enganar. Por exemplo a camada jovem da sociedade tende a vestir a roupa x ou y porque todos os amigos usam, ou a fazer as mesmas atividades de tempo livre apenas por imitação do que vigora como “moda”.O caso da sociedade estar dependente das tecnologias também me causa preocupação porque cada vez mais parece estar a formar-se cidadãos “escravos” de meios tecnológicos como se fossem uma necessidade básica inerente à sobrevivência como beber água ou dormir, podendo provocar assim graves problemas de saúde como o sedentarismo, depressões causadas por longos períodos de solidão, falta de descanso, posições impróprias do corpo como por exemplo causar hipercifose dorsal e cervical — aumento da curvatura da coluna nessas regiões, dores de cabeça, irritação nos olhos, ou até mesmo segundo algumas teorias cancro provocado pelos telemóveis que emitem energia de radiofrequência (ondas de rádio), uma forma de radiação eletromagnética. Tal como a competitividade entre as potências, causa uma excessiva rivalidade causando distúrbios de obsessão levando a guerras severas entre povos e assim sucessivamente, levando a um futuro em que o assassinato esteja cada vez mais presente e comece quase a ser encarado como se fosse um ato banal e comum.
Nesta perspetiva, acho que globalização precisa de ser bem administrada para que possamos aproveitar os seus benefícios e amenizar os seus malefícios. Seria importante no futuro poder construir, na sociedade civil, uma consciência dos riscos e potencialidades que os processos de globalização podem trazer para o conjunto dos cidadãos e para cada um dos grupos sociais em particular, para que os cidadãos que geralmente não têm voz sejam capazes de reivindicar por uma governação melhor e mais justa e contribuir ativamente na condução do curso da globalização.

terça-feira, 28 de abril de 2015

Quatro pessoas mortas a tiro num café


“Quatro pessoas da mesma família foram assassinadas esta terça-feira a tiro quando se encontravam num café de Estela, na Póvoa de Varzim.
As quatro vítimas mortais são familiares do presumível homicida, Paulo Silva: os ex-sogros, Maria de Fátima e Domingos Lima, com cerca de 70 anos, a ex-mulher, Sílvia Lima, de 42 anos, e o enteado Renato, de 23 anos.”

O homicida era ex-marido de uma das vítimas e tinha dois filhos em conjunto com ela que se mantiveram vivos.
É relatado por uma vizinha das vítimas que este caso pode dever-se a partilhas e dinheiro.

É cada vez mais frequente haver casos de homicídio por dinheiro. O dinheiro tem-se vindo cada vez mais a tornar motivo de discussão e de atos deploráveis no ser humano.
É triste ver casos como este seja por dinheiro ou não. A verdade é que temos nas nossas mãos uma geração cada vez mais perturbada, os problemas são cada vez maiores, sejam financeiros ou de outro tipo. O que vai criando desde pequenos sérias perturbações que podem levar a grandes conflitos. Claro que nada disso se justifica atos monstruosos como este.
Como é que é possível um homem com dois filhos matar a ex-mulher e os restantes familiares de maneira tão fria e macabra? Estamos a entrar numa decadência cada vez maior e que acho que é obrigação do nosso país começar a tomar precauções para que isto comece a reduzir, somos bastante benevolentes em relação a muita coisa o que pode fazer com que o grave perca a dimensão.

Temos que mudar o nosso país, talvez assim possamos evitar certas situações.

segunda-feira, 27 de abril de 2015

EUA na luta contra ataques informáticos

No decorrer de vários ataques cibernautas, os EUA decidiram avançar com uma nova estratégia para combater este crime.
Segundo o jornal americano The New York Times, Ashton Carter (secretário da defesa), revelou que a ciberguerra e os consecutivos ataques são uma preocupação para o governo de Obama, levando a que ao fim de várias promessas para solucionar este problema, fosse apresentado um relatório que tem em conta as 'ciberarmas' que vão ser utilizadas contra os países que atacam os Estados Unidos. São os países apontados por este relatório a Coreia do Norte, Irão, Rússia e China.Ficou bem claro nesta nova estratégia que as empresas tem de ter os seu próprios métodos de segurança, no entanto, caso haja um ataque que afete 2% dos sistemas norte-americanos os EUA podem intervir através de uma resposta do Pentágono e do Ciber Comando militar.Numa primeira instância, os EUA, devem defender-se, se a defesa não for o suficiente poderá ser iniciado um ataque ás redes e sistemas adversários.


sexta-feira, 24 de abril de 2015

Fundamentalismos





À data que redijo esta reflexão comemoramos, em Portugal, novamente a conquista da liberdade: a liberdade de pensar, de agir, de escolher e de viver. Precisamente por isso, não posso deixar de pensar nas ameaças que essa liberdade enfrenta atualmente. Se pensarmos em termos históricos, os Estados Totalitários são uma herança de ontem, pelo que, deveríamos ter a memória fresca daquela que foi e será sempre a maior catástrofe da humanidade: a falta de humanidade. Em Portugal ainda são vivas inúmeras pessoas que viveram o Antigo Regime.
Se nos pomos a pensar na quantidade de vidas que se extinguiram com o objetivo de conquistar esse conceito que, hoje tantas vezes, vimos ameaçado arranjamos uma dor de cabeça séria. E porquê? A minha geração tem a liberdade como um dado adquirido, alguém a conquistou para nós, como tal, nunca tivemos de pensar muito nela. Todavia, hoje escolho pensar naquela que é para mim uma das ameaças mais assustadoras e complexas dos dias de hoje: quando pessoas livres escolhem o caminho do fundamentalismo, da ditadura e da escravidão. Estou, portanto, a pensar em todos aqueles jovens europeus que abandonam a liberdade em nome de uma religião e de uma causa politica que não reconhece o direito ao mundo ocidental, isto é, à diferença de um modo de vida diferente, não reconhece direitos a crianças, a mulheres e a todo aquele que não pense exatamente como está definido que se deve pensar. Não quero considerar esta questão em termos de bons ou maus, antes sim à luz da complexidade que nos apresenta.
Hitler foi eleito democraticamente numa Alemanha em ruínas, Salazar num Portugal atrasado e debilitado. Fazendo o paralelismo, em que ruínas se apresenta o mundo ocidental que o único caminho que estes jovens reconhecem é o da guerra e do caos? Serão os responsáveis o desemprego, a falta de valores, a corrupção, a identidade em crise e a falência da educação europeia? Ou será este o preço a pagar por uma certa inconsciência ocidental a lidar com aquela zona do globo quando esta ainda não apresentava ameaças de maior? Ou será ainda uma conjunção de todas estas coisas? Certo é que a liberdade em que vivemos nos obriga a equacionar todas estas questões sobre pena de a perdermos. Parece um contra senso, a liberdade “obrigar-nos” a seja aquilo que for. No entanto, ser livre é ser obrigado a um pensamento constantemente vivo, constantemente reflexivo, constantemente crítico. O preço a pagar, sabemo-lo demasiado bem porque aconteceu, como já aqui disse, “ontem”.
 Assim, a nossa responsabilidade não pode ser abandonada com a desculpa de que é fruto da liberdade apenas escolher, ou seja, não podemos ver esta problemática sob a ótica do “é uma escolha deles não nossa”. Precisamente porque sabemos os perigos de determinadas escolhas é que temos a responsabilidade de pensar neste movimento tão atual quanto preocupante de adesão a grupos radicais e terroristas. Este é um desafio que temos todos de aceitar. Não estamos a falar de um mero confronto de culturas ou civilizações. Estamos sim a tentar compreender onde estamos a falhar. Estamos a tentar decidir que futuro teremos. Estamos a tentar evitar erros cometidos no passado e somos todos responsáveis por todos. Não basta ter medo de qual será o próximo ataque terrorista (onde e quando) ou qual será o próximo jovem a fugir para a Síria. É urgente ir ao fundo desta questão e tentar arranjar soluções para que não se repita a maior catástrofe que conhecemos ou poderemos conhecer: a falta de humanidade.

quinta-feira, 23 de abril de 2015

Líderes europeus preparam-se para mandar embora a maioria dos refugiados

     A cimeira de urgência dos líderes europeus vai oferecer cinco mil lugares para refugiados na União EuropeiaEste número será para apenas uma pequena minoria , desde 2013, a Alemanha ofereceu 30 mil destes chamados "lugares de reinstalação", que se destinam a refugiados noutros locais (a maioria estarão em campos fora da Europa) que são depois levados para um terceiro país. 
Estes cinco mil vão ser uma gota de água no fluxo em direção ao continente uma vez que este ano já há mais de 36 mil sobreviventes que chegaram a Itália, Grécia e Malta, e no ano passado sobreviveram à travessia do Mediterrâneo mais cerca de 220 mil pessoas.  
    A grande maioria dos migrantes será mandada de volta aos seus países  através de um programa de regresso rápido coordenado pela Frontex (agência que controla as agências da União Europeia). 
Esta cimeira extraordinária foi decidida depois de um naufrágio ter provocado a morte de mais de 800 pessoas que foi considerado o pior desastre de sempre no Mediterrâneo. 
    A  luta contra os traficantes que operam os barcos e navios que levam os migrantes até à União Europeia será uma prioridade para a União Europeia. Estes traficantes têm estado no centro das atenções por métodos cada vez mais brutais, violentos e perigosos como deixar navios em piloto automático e abandonar os barcos a meio da travessia, ou após uma operação de socorro disparar tiros para o ar para afastar os salvadores e recuperar o barco (isto para além dos relatos de violência generalizada sobre os migrantes, como intimidação, violação, espancamentos). 
    Na minha opinião pessoal,  esta missão poderá levar a sérias dificuldades legais e não só. Uma vez que o grupo que controla a costa da Líbia já se tinha manifestado, mesmo antes da cimeira, declarando que iria “confrontar” qualquer ação unilateral da Europa para atacar locais usados pelos traficantes de pessoas.



Migrantes resgatados de naufrágio chegam à Sicília



quarta-feira, 15 de abril de 2015

Evolução das relações entre Cuba e EUA



A relação dos Estados Unidos com Cuba teve início a 27 de maio de 1902, mas os problemas começam a 1950 com um grupo revolucionário chefiado por Fidel Castro.
No contexto da Guerra Fria, o regime Cubano revelou-se uma referência de comunismo quando estabeleceu relações com a União Soviética em 1960.
Os demais investimentos americanos feitos em cuba foram espoliados pelos irmãos Castro, deixando cuba dependente da URSS.
Desta forma, cortaram relações a 3 de janeiro de 1961 após o triunfo da revolução cubana e de Fidel Castro.
Após a queda do regime soviético em 1989 , cuba viu-se a braços  com a  Lei Torricelli (1992) e à Lei Helms-Burton (1996) que impediam qualquer tipo de contacto por parte dos americanos com a economia cubana.
Em 2000 , houve uma quebra no que dizia respeito a parcerias de cuba com outros países inclusivamente os EUA.
Com a renuncia de Fidel castro, contraditoriamente ao mesmo, o seu irmão mostrou alguns sinais de uma possível abertura que ao que tudo indica será um caminho moderado com noção dos limites para uma melhoria da relação dos EUA com cuba.
No final do ano passado, a abertura de relações politicas entre os mesmo veio acompanhado de uma negociação para libertarem o americano preso em cuba e três cubanos presos nos EUA vendo assim prespetiva de uma nova fase entres estes.

Como tal este acontecimento tem uma importância histórica pois foram declaradas publicamente as suas intenções para a sua reaproximação na passada semana.

terça-feira, 14 de abril de 2015

Álcool só para maiores de 18 anos


A legislação que vigora atualmente dita que as bebidas chamadas destiladas, como o vinho e a cerveja, podem ser consumidas a partir dos 16 anos. Já as bebidas espirituosas (bebidas brancas) podem ser consumidas a partir da maioridade.
As notícias que saíram hoje dão conta da intenção de mudar esta legislação, passando a ser proibida a venda de todo o tipo de bebidas alcoólicas a menores de 18 anos.
Existem dois pontos que estão a levantar polémica relativamente a esta questão: o cumprimento da lei e a influência económica.
A maioria das pessoas, onde me incluo, acredita que esta nova lei não irá ser cumprida, tal como a lei atual não o está a ser. Há certamente alguém que, para além dos infratores da lei, contribui para o estado a que chegou a juventude portuguesa: os pais e os comerciantes.
 Na minha opinião pessoal, os pais são os principais culpados dos adolescentes (e até mesmo antes da adolescência) chegarem a pontos extremos aquando do consumo de álcool. Não é muito difícil sair à rua e encontrar jovens de 13 anos manifestamente alcoolizados e outros a atingir mesmo o coma alcoólico. O alerta para os efeitos do álcool deveria começar em casa e não nas escolas. A ideia de que a educação das crianças e jovens apenas provém do que se apreende nas escolas está a ter cada vez mais influência na sociedade de hoje em dia. Apesar das escolas fazerem alertas para o consumo de álcool e drogas, esse alerta nunca é suficientemente forte para combater a mentalidade da juventude de hoje. Simples gestos em casa, como a proibição de sair até x horas ou a redução da quantia que os pais dão aos filhos para sair à noite, podiam prevenir piores cenários. É certo que um amigo ou outro acaba por fazer o favor de pagar uma bebida ao amigo que não tem dinheiro para tal, mas aí destaco o papel que os comerciantes têm nesta questão.

Envolvidos com o segundo ponto que referi, a influência económica, estão os comerciantes. A crise, na minha opinião, está a afetar também esta questão. Os comerciantes querem é vender para obter lucro, portanto a tarefa de comprar álcool é muito mais fácil para aqueles que o querem consumir mesmo estando proibidos pela lei.
Para mim, este controlo que se admite fazer quando a nova lei entrar em vigor, afirmando que os pais dos menores que estão a consumir serão contactados, não vai estar em ação muito mais do que dois a três meses. Assim sendo, mudem as leis que mudarem, a mentalidade irá continuar a ser a mesma e com tendência a piorar.

domingo, 12 de abril de 2015

Malvada vida efémera!

Recentemente, Misao Okawa e Gertrude Weaver as duas mulheres mais velhas do mundo faleceram com a pesada idade de 116 anos. As inúmeras noticias nos tablóides foram previsíveis.
É da natureza de um ser vivo, a morte. Então porquê o fascínio pela eternidade? Ambição? Curiosidade? A vida é efémera e nada nos garante que a eternidade, se existisse, fosse um paraíso. A curiosidade de viver no futuro, a oportunidade de fazermos o imaginável e o facto de termos quem mais amamos ao nosso lado para toda a nossa vida, serão decerto as respostas mais habituais a esta questão. Depois de tudo ser feito, depois de tudo ser dito, depois de tudo acontecer, o que seria de nós? Como é que isso nos afetaria psicologicamente? Tornaria-nos a eternidade, mais civilizados e seres mais aperfeiçoados ou exatamente o oposto?
A eternidade é um tema que mexe não só com assuntos médicos e científicos altamente desenvolvidos mas também sociais e económicos. Seria necessária uma boa base social baseada em valores como a igualdade, o respeito e a tolerância (entre outros) para que se pudesse viver, não no futuro (finito), mas na eternidade, valores esses defendidos por grandes e importantes instituições atuais que ao fim de tantos anos de fundação ainda não conseguiram presentemente atingir plenamente os objetivos para que foram criadas. Tudo parte do foro individual de cada um (quer queiramos ou não), todos temos a nossa maneira de pensar e agir, a eternidade seria uma utopia na qual todos pensaríamos e agiríamos da mesma forma. Seria preciso também que o mundo estivesse preparado para satisfazer a nossa eternidade, e não está. O mundo está "programado" de uma maneira e nós como produto dele, nunca conseguiríamos transformá-lo conforme os nossos desejos e ambições de seres pequenos e quase insignificantes. A escassez e o acesso aos bens essenciais seriam desastrosas, os problemas ambientais agravar-se-iam e a nossa vida eterna estaria comprometida, se não o está já na actualidade, como é do conhecimento de todos. Teria futuro, a eternidade? 

quinta-feira, 9 de abril de 2015

Pai mata filho bebé

"Pai discutiu com a companheira ao telefone e avisou que iria matar o filho na tarde desta passada quarta-feira,em Linda-a-Velha, em Oeiras. Fonte da PSP explicou que tudo aconteceu depois do homem discutir com a companheira ao telefone. Esta ter-lhe-á exigido que este saísse de casa, avisando-o que não queria mais viver com ele. Nessa altura, o pai avisou que iria matar a criança. Foi então a mãe que ligou para a esquadra local da PSP e deu conta da ameaça. A polícia enviou de imediato agentes para o local, mas já não foi a tempo de impedir o homicídio. Quando os bombeiros chegaram, alertados pela PSP, o “bebé estava com uma faca de cozinha espetada lateralmente no peito, deitado na cama”, adiantou o comandante dos Bombeiros Voluntários do Dafundo, Carlos Jaime. “Foram feitas manobras de reanimação durante alguns minutos, mas já não havia nada a fazer. Pedimos ao INEM para enviar uma viatura médica de emergência e reanimação e a médica declarou o óbito”, acrescentou Carlos Jaime. O comandante explicou que teve de “mandar para casa a bombeira e o bombeiro, com filhos menores, por estarem visivelmente perturbados com o que viram”.O INEM foi alertado pelas 16h42, confirmou fonte daquele instituto. Para o local seguiu a viatura médica de emergência e reanimação do Hospital São Francisco Xavier e uma ambulância dos Bombeiros Voluntários do Dafundo. Depois do crime, o pai voltou a telefonar à companheira dando-lhe conta de que já tinha matado o bebé. Foi depois a um café junto a casa. "Ele bebeu um vinho do porto", conta o funcionário da Pastelaria Pérola, Luís Marinho, que o serviu. O empregado diz que serviu o cliente, que aparecia de vez em quando no estabelecimento. "Só quando pagou a conta é que notei que tinha a mão toda ensanguentada", relata Luís Marinho. Enquanto pagava, o homem, que terá pouco mais de 30 anos, pediu várias vezes o telefone, insistindo que precisava de fazer uma chamada. Acabou, contudo, por sair da pastelaria sem telefonar a ninguém, aparentemente por se ter apercebido da proximidade da polícia. O homem foi detido próximo de casa por agentes da PSP. Foi aliás o suspeito que chamou a atenção da polícia, esbracejando no ar com vestígios de sangue nas mãos, na direcção dos agentes. Não resistiu à detenção e confessou logo o que tinha feito. Está neste momento detido na esquadra de Carnaxide. Já a companheira encontra-se na esquadra de Miraflores a receber tratamento psicológico. Para a esquadra, o INEM mobilizou a unidade móvel de intervenção psicológica de emergência.O casal reatara a relação há cerca de um ano depois de, face a diversos episódios de violência doméstica, a mulher ter fugido de Coimbra, onde viviam. Já em Lisboa voltaram a juntar-se, tendo o bebé, um menino, nascido enquanto viviam juntos. O suspeito submeteu-se há poucos meses a um tratamento de desintoxicação para resolver problemas relacionados com o consumo de álcool e de drogas, acrescentou ainda fonte policial. Inspectores da Judiciária estão ainda a realizar perícias no local no sentido de conseguirem mais informações sobre o sucedido."
Reforço a informação que depois do crime suspeito fez vídeo de bebé com faca espetada e envia-o para a mãe do bebé, sua esposa. E que médicos confirmam que criança terá sofrido bastante. Na minha opinião um momento e uma confissão de grande inumanidade,pois andamos à milhares de anos a tentar ficar ligeiramente melhor face a estes comportamentos, de facto à espécies animais que liquidam as suas crias, mas em situações de sobrevivência para consequentemente lhe dar melhores condições de vida, não se percebe como seres racionais se assemelham. Sabe-se que à priori à pessoas que têm relações tão perturbadas, que não se conseguem vincular aos filhos, chegando a sacrifica-los em função de agredir e prejudicar alguém, por isso acho que não foi um ato de loucura ou que tenha alguma  psicopatologia associada que o desencadeie, pois o suspeito tem consciência da ilicitude do que fez. Apesar do que se sabe sobre a vida do casal com vários problemas, algumas separações e vicissitudes, e o consumo de álcool e de outras substâncias pelo suspeito podem ser apenas uma "desculpa" para atenuar a gravidade do crime . Sob esta perspectiva chego à conclusão que existe efetivamente pessoas maldosas, e que em certa parte o que nos faz evoluir é o amor.Como é que a natureza humana leva a fazer estes atos de tamanha frieza e cobardia a um ser frágil e indefeso? Após de cumprir a pena, ao que tudo indica este homem aos 50 anos está em liberdade. Onde está a justiça? Leva-me a pensar que o nosso sistema penal não se adequa a este crime. Sou contra a pena de morte mas acho que se torna urgente alertar a sociedade para a defesa dos direitos da criança e que as penas devem ser revistas porque existe uma grande distância em quem está a exercer a justiça e quem vive diretamente os problemas no terreno. Um pai que não ame um filho, não é através do Direito que esse pai vai modificar o seu sentimento.  E além disso, os filhos não deveriam de "servir" de objeto nem de meio intermediário entre os problemas do casal, quando se trata de separações ou divórcios porque no fundo quem mais sofre e sai prejudicado são os próprios filhos.