terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Hate?

(presidente americano Barack Obama e presidente chinês Hu Jintao)

A Campanha UNHATE primou pela criatividade e pela polémica. Confronta as diferenças, e estimula a tolerância às mesmas!
A Benneton volta a dar que falar numa ação de marketing, continuando a apostar em "beijos impossíveis".
A campanha com estas montagens fotográficas faz parte da fundação UNHATE que tem por objetivo "contribuir para a criação de uma nova cultura de tolerância e de diálogo, independentemente das diferenças".

(Papa Bento XVI e Ahmed Mohamed el Tayeb)

Das seis montagens fotográficas foi a do Papa Bento XVI a beijar o imã que gerou polémica. O porta voz do Vaticano veio apelidar a campanha de manipuladora e um desrespeito à figura do Santo Padre, afirmando que a campanha "se trata do uso inaceitável da imagem do Santo Padre, manipulada e instrumentalizada na marca de uma campanha publicitária com fins comerciais".
O fundo erónico da questão é... Não era suposto esta campanha apelar à tolerância?

Terá esta jogada de marketing esquecido o cariz apaziguador que a movia, quando envolveu a igreja e a política, ou foi por pensar tanto na igualdade que se decidiu juntar imagens de fundo antagónico para sobressair de todas as outras publicidades, essas sim, apenas com fins comerciais?

Assim, fica no ar o caráter desta propaganda... Terá sido um ato provocatório ou a única maneira de chamar a atenção?

A Unhate Foundation irá recolher balas usadas em zonas de conflitos por todo o mundo, com o intuito de construir um monumento contra o ódio no formato de uma pomba gigante com o material dessas balas.

Hate?

1 comentário:

Tiago L. disse...

É uma questão na forma de um lápis afiado nas duas pontas.
Por um lado, sim é bom dar um pouco de "castigo" e atiçar um pouco a política e a religião que ainda hoje, em alguns casos, funcionam como uma certa barreira á homossexualidade (o exemplo de o casamento homossexual ser legal no estado de Nova Iorque, mas em outros estados não).
E com uma mensagem tão importante como esta, há que procurar a extinção do preconceito e ir mesmo ao função da questão e criar um pouco de controvérsia.
Por outro lado, irá sempre alguém tão terrivelmente ofendido que parece que não tem mais nada do que fazer do que reclamar (até ficava surpreendido se não houvesse nenhuma "posta de pescada" por parte do Vaticano, em que prejudica a imagem do Santo Padre uma campanha com esta mensagem, enquanto que o nome do Santo Padre foi um dos nomes mencionados no escândalo de pedofilia que envolveu um padre e 200 menores, em que o Papa nem sequer levou este padre a julgamento...)

PS: Desculpa lá que te tenha calhado na "meia" o meu "blá, blá", mas achei a notícia bastante interessante.