Que somos nós senão o que fazemos?
Que somos nós senão o breve traço
da vida que deixamos passo a passo
e é já sombra de sombra onde morremos?
Que somos nós se não permanecemos
no por nós transformado neste espaço?
Que serei eu senão só o que faço
e é tão pouco no tempo em que não temos
para viver senão o tempo de
transformar neste tempo e neste espaço
a vida em que não somos mais que
o sol do que fazemos. Porque o mais
é já sombra de sombra e o breve traço
de quem passamos para nunca mais.
Manuel Alegre
José Benjamim, Tiago Nunes e Vera Pereira
1 comentário:
Um texto vosso, a propósito do poema, fazia falta.
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