No seguimento do comunicado tornado público no dia 12 de agosto de 2014, pelo Ministério da Educação e Ciência (MEC), em que é anunciada a redução global de 1,5% no orçamento das instituições de ensino superior para o ano de 2015, veio pelo presente a Federação Nacional de Associações de Estudantes do Ensino Superior Politécnico (FNAEESP) pronunciar-se sobre o mesmo dizendo que "Ao longo dos últimos anos a educação, e o ensino superior em particular, tem sido um dos setores mais afetados pelos cortes orçamentais que ano após ano vão assolando a economia portuguesa. Só nos últimos 3 anos o ensino superior perdeu 260 milhões de euros de investimento do Estado, colocando verdadeiramente em “xeque” a gestão e sustentabilidade das instituições de ensino superior (...) Na prática, os sucessivos cortes orçamentais para as instituições de ensino superior têm implicado um aumento da ponderação da propina paga pelos estudantes e, consequentemente, um aumento do número de indivíduos a abandonar o ensino superior por falta de condições financeiras." A partir destas informações é caso para parar e refletir, sobre qual será o futuro dos jovens portugueses? Como vão conquistar a sua independência? Como vão ter dinheiro para se sustentar? Portugal tem cortado no investimento dirigido ao Ensino Superior: Em 2009, a maioria dos países europeus encontrava-se em recessão, mas todos eles mantiveram ou aumentaram o investimento em educação, à excepção de Portugal e da Roménia. A mim parece-me que estamos a voltar ao antigamente, como era na altura dos nossos avós, antes do estado novo... Só estudava quem tinha posses, quem derivava de famílias nobres e com algum reconhecimento social. Os "outros", tinha que ganhar a vida logo desde os 10,11,12 anos de idade em trabalhos rurais ou em actividades como sapateiros, carpinteiros etc muito pouco remuneradas que mal dava para pagar o pão de cada dia. Ponho em dúvida se hoje em dia não haverá um retrocesso, e que o nosso futuro (alunos) seja tão negro como o que relatei. A verdade é que hoje, na escola dita publica, já tudo tem um preço bastante elevado como por exemplo o valor de material escolar nomeadamente manuais, ou um aluno ser submetido a um teste sumativo proposto pelo professor e ainda ter que pagar a folha de teste, ou até aqueles alunos que residem em localidades longe da escola terem que pagar do passe dos transportes públicos um valor dispendioso no orçamento familiar, ou por exemplo o valor cada vez maior exigido para as propinas entre muitas outras coisas fundamentais para o dito normal funcionamento do ensino que o estado cobra. Dito isto, pergunto onde está a ser posto em prática o Artigo 26.º dos direitos humanos "1. Toda a pessoa tem direito à educação. A educação deve ser gratuita, pelo menos a correspondente ao ensino elementar fundamental. O ensino elementar é obrigatório. O ensino técnico e profissional deve ser generalizado; o acesso aos estudos superiores deve estar aberto a todos em plena igualdade, em função do seu mérito.?"
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1 comentário:
O problema de Portugal é que durante várias gerações a maioria não teve direito ao ensino ou apenas a níveis muito básicos. Houve um esforço enorme desde o 25 de Abril que não deveria ser posto em causa, porque ainda há muitos com falta de habilitações.
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