sexta-feira, 29 de maio de 2015

É nisto que o nosso país falha...

Duas enfermeiras foram obrigadas a provar que realmente estavam amamentar, tendo sido ludibriadas numa consulta que supostamente seria uma consulta com o objetivo de garantir a “proteção e vigilância da saúde e segurança das grávidas e lactantes”. Porém essa consulta tinha o propósito de verificar se elas estavam de facto amamentar. Pois segundo a lei portuguesa, as mulheres no mercado laboral têm o direito a uma dispensa de 2 horas por dia no máximo para amamentar, divido em dois regimes de 1 hora cada, patente no artigo 47º do Código de Trabalho. 



É inadmissível pedir alguém que justifique e que comprove se têm mesmo a regalia de usufruir dos direitos estipulado no Código de trabalho. Estes direitos e deveres foram definidos de forma a melhor a condição de trabalho a todos os níveis e deveriam ser obedecidas. Nenhuma identidade patronal deveria de forma alguma abusar o seu poder e restringir os direitos dos seus trabalhadores.

Esta notícia foi abafada pelo medo e a revolta trocada pelo silêncio do comodismo, pois as pessoas tendem a convencerem-se de que estas situações não irão acontecer-lhe no seu serviço laboral, e mesmo algumas estão acostumadas a estas injustiças por parte das identidades patronais, por medo de serem despedidas.  


Este assunto em momento algum pode ser esquecido, é da voz e a dignidade do povo de que se trata. Esperemos que o despertar das mentalidades, comece com a afirmação de que injustiças assim, não podem passar impunes, num estado livre e de direito como é o nosso.

2 comentários:

Unknown disse...

Mariana e Raquel Cetra

João Simas disse...

O país é constituído por pessoas. O "país falha" se as pessoas não exigirem os seus direitos. A situação relatada é de uma gestão pouco democrática e, além disso, obsoleta e pouco eficaz. Felizmente já vai havendo algumas empresas e organismos do Estado que compreende que se as pessoas forem respeitadas até trabalham melhor.