quinta-feira, 7 de abril de 2011

2 já foram e o terceiro?


À luz da realidade árabe actual, várias revoltas e muito descontentamento, já dois regimes políticos de dois países diferentes caíram e com eles as politicas opressoras, Egipto e Tunísia. O processo de libertação desses países foi relativamente rápido, quando comparado com o actual processo líbio, por que existia uma organização entre os rebeldes e os governos/lideres desses governos não possuíam um controlo total sobre a população, sentiam-se bastante ameaçados pelo seu povo e não possuíam uma grande capacidade de resposta à revolta.
Na Líbia esse processo de libertação aprecia que nunca mais termina, é necessário também realçar que em nenhum dos outros casos foi necessária a intervenção por parte da ONU e da NATO, como está a ser necessário na Líbia. Os motivos relacionados com essa demora no processo de destituição do governo e de Kadhafi e a instauração de uma república (aparentemente), são a falta de organização e de comunicação entre as forças rebeldes, que parecem que actuam sem qual quer tipo de ordens e fazem aquilo que melhor acham individualmente, em vez de existir uma união das forças rebeldes, uma maior comunicação, o cumprimento exacto de ordens, quando essas existirem, e acima de tudo existir uma coordenação de ataques se querem realmente serem livres. Este é um dos factores que mais condiciona o processo da revolução, apesar dos esforços das potências internacionais, como a França e os EUA, e de várias organizações, entre elas a ONU e a NATO são as de maior relevância, que através de várias operações militares, como os bombardeamentos e raides aéreos, com a zona de exclusão aérea, os congelamentos às contas bancárias do líder líbio e o apoio logístico e militar dado aos rebeldes.
Outro dos factores que condiciona bastante o processo de democratização na Líbia é o facto de Kadhafi possuir um regime extremamente opressivo, militarizado e absoluto. Dentro deste factor podemos destacar, como exemplo, a utilização de escudos humanos (ainda que não admitida oficialmente) na protecção de certos pontos estratégicos e os vários avanços da força aérea líbia contra civis. Devido à ideologia do regime liderado por Kadhafi, um fim parece não estar próximo, até porque os avanços das tropas do regime continuam a acontecer, recuperando assim terreno, e as investidas rebeldes parecem ser de curta duração. Chega até a ser legítimo afirmar que o que Kadhafi possui em demasia é aquilo que os rebeldes mais precisam, organização e coordenação.
No fundo não se pode esperar que as forças internacionais façam milagres e por isso cabe ao povo líbio e aos rebeldes organizarem-se e lutarem pela liberdade que tanto pretendem.
DOIS REGIMES JÁ CAÍRAM E O TERCEIRO? …
CABE AO FUTURO DECIDIR, MAS JÁ SE PODE VER UMA LUZ AO FUNDO DO TÚNEL...
AGORA, SERÁ VERDE OU TRICOLOR?

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