Ontem, no primeiro dia de Fevereiro de 2012, morreram mais de 70 pessoas num estádio de futebol. A tragédia ocorreu em Port Said, no Norte do Egipto. Tudo começou quando o árbitro deu por terminada uma partida de futebol. Emoções à solta, associadas à falta de protecção policial, permitiu que acontecesse algo que, a meu ver, não faz sentido num mundo moderno.
Um jogo de futebol é só um jogo de futebol. É verdade que existem grandes rivalidades entre adeptos, incluindo em Portugal; é verdade que, por vezes, devido a más arbitragens, ocorrem injustiças; é verdade que o ser humano tem tendência em ripostar quando é provocado; mas nenhuma destas razões justifica uma chacina tão grande.
Quando termina um campeonato, começa outro. Um clube que hoje está no auge, amanhã pode ir à falência. Mas uma vida humana, uma vez perdida, não pode recuperada. Isto que aconteceu foi tão estranho, que dificilmente foi uma coincidência. O mais provável é que todo o acontecimento tenha sido planeado, e que tenha ocorrido, não por motivos desportivos, mas sim por motivos políticos. A primavera árabe faz-se sentir de muitas formas...
Partidários de Mubarak? Provavelmente. Não é por acaso que morreram tantas pessoas, mesmo num confronto destes. Foram encontrados adeptos mortos nos balneários das equipas. No nosso país, rivalidades sempre existiram, mas nunca morreram pessoas desta forma.
Já se fala da intervenção do exército, e como se sabe, isso representou o início de muitas ditaduras militares no mundo. O próprio Manuel José, treinador de uma das equipas que disputaram o jogo (Al-Ahly), foi fechado num quartel, por motivos de segurança.
Já agora, o campeonato egípcio foi suspenso, por tempo indeterminado, e a Liga Portuguesa decidiu cumprir um minuto de silêncio nos jogos deste fim-se semana, em honra das vítimas deste massacre.
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
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