A Amnistia Internacional de Portugal é uma organização cuja visão é a de um mundo igual e com direitos.
“A missão da Amnistia Internacional de Portugal é cumprir a sua visão, promovendo investigação e acção destinadas à prevenção e combate dos graves abusos à integridade física e mental, à liberdade de consciência e de expressão, sobre o direito à não discriminação, no contexto de uma promoção de todos os Direitos Humanos, de forma eficiente, fiável e influente”.
Um dos países avaliados no relatório anual da Amnistia Internacional de Portugal foi o Zimbabué.
No ano passado realizaram-se novas eleições presidenciais no Zimbabué com os seguintes principais candidatos: Robert Mugabe (partido dominante), Morgan Tsvangirai (Movimento para a Mudança Democrática - MMD) e Simba Makoni.
A Comissão Eleitoral do país (CEZ), após um mês das eleições, continuava sem divulgar os resultados das mesmas, gerando conflitos e violência com os apoiantes do Movimento pela Mudança Democrática (MMD).
Mais de um mês depois, a primeira contagem revelou que nenhum dos candidatos obteve mais do que 50% dos votos, obrigando a uma nova contagem. Nesta contagem, curiosamente, em apenas dois dias, a Comissão Eleitoral anunciou que Mugabe assume a presidência novamente.
Numa democracia, não é correcto nem ético agir, através de violência, contra os opositores do partido dominante. Cada um é livre de escolher o partido que quer e que acha mais conveniente para a melhoria da situação política, ou até mesmo económica e social do seu país.
A acção feita contra os “não apoiantes” do partido dominante mostra a evolução das mentalidades do partido; obrigam os cidadãos a tomarem decisões contrárias às desejadas e que sejam favoráveis aos que se encontram no poder.